Histórias da Educação Infantil Brasileira - Moysés Kuhlmann Júnior
Por: Carolina234 • 16/3/2018 • 1.273 Palavras (6 Páginas) • 450 Visualizações
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infantil deixa de ter sua destinação exclusiva para filhos de pobres e passam a ter legitimidade social.
A partir dos anos 90 alguns educadores criticam o fato de cuidar das crianças pequenas, como se o cuidar estivesse completamente distante do ato de educar. O fato do cuidar, trocar fraldas, alimentar, é visto como atividades ligadas ao doméstico, ocasionando a desqualificação do profissional que se sentem desvalorizados e acabam optando por educar em instituições de ensino fundamental, onde as crianças já estão maiores. Nos dias de hoje, esta ideia ainda é muito difundida, as mulheres ainda são a maioria nos cursos de formação para educação voltada para as crianças menores.
O autor também relata sobre alguns educadores que utilizam uma disciplina arbitrária, autoritária, se preocupando apenas com o controle do aluno para que ele seja obediente à autoridade. Como exemplo no texto, tem o relato de cenas em que “As crianças são obrigadas a permanecer sentadas em tornar das mesinhas da pré-escola, com suas cabeças deitadas sobre o braço; ou as crianças comiam em mesas para adultos, para não sujar o ambiente pedagógico”.
Sobre os embates entre concepções educacionais – jogos e brincadeiras, na Conferência Nacional de Proteção à Infância, realizada no Rio de Janeiro em 1933, Anísio Teixeira destacou a necessidade de a criança ser vista sob a perspectiva de outros ângulos, não só o da saúde física, visto que seu desenvolvimento e a formação de seus hábitos estariam ligados também às habilidades mentais, socialização e importância dos brinquedos ((Brites, 1999).
Moysés relata a respeito de um texto que defendia a existência de materiais adequados para a educação das crianças nas creches. Esses materiais, como, caixa de areia, bolas, blocos, livros de pano, cubos, pianos, entre outros, contribuiriam grandemente para o desenvolvimento das habilidades das crianças. A recreação, as atividades lúdicas são fundamentais também para esse desenvolvimento, pois quando a criança entra em contato com o ambiente e objetos dispostos nesse mesmo ambiente, ela se torna mais objetiva e observadora; aprende a manipular os objetos, desenvolve o equilíbrio e a habilidade neuromuscular” (Vieira, 1986).
A história da educação infantil passou por muitas transformações e ainda tem muito a ser construída, nós, que somos educadores e futuros, somos parte desta história, e devemos contribuir positivamente na luta para a construção de uma educação de qualidade para as crianças do nosso país, futuro da nação brasileira.
Referência Bibliográfica
KUHLMANN, Moysés. Histórias da educação infantil brasileira. Revista brasileira da educação, p.1-15. São Paulo, 2000.
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