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Fundamentação Teórica ( Capítulo 1 – Surgimento da Matemática )

Por:   •  6/6/2018  •  1.558 Palavras (7 Páginas)  •  327 Visualizações

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do matemático alemão, Michel Stifel, que se inicia a utilização dos sinais de mais (+) e menos (-), como utilizados atualmente. Os desenvolvimentos da matemática estão consolidados na obra do francês, François Viete, denominada “Álgebra Speciosa”, onde consta a significação geral dos símbolos matemáticos.

1.2 ) História da Etnomatemática

Em 1950, como será visto no decorrer desta pesquisa foi o ano em que iniciou processos de mudanças no ensino da matemática e Raymond Wilder,( Raymond Louis Wilder (Palmer (Massachusetts), de 1896 - 1982) foi um matemático estadunidense), em uma conferência chamada The cultural basis of Mathematics no Congresso Internacional de Matemáticos, foi a pessoa que pensou na Matemática como cultura. Durante várias décadas, Wilder continuou a desenvolver suas idéias através de artigos e livros, entre eles o Mathematic as a Cultural System, publicado em 1981. A intenção era usar a noção de cultura matemática como forma para entender a evolução das ideias matemáticas sob uma ótica histórica. Como exemplo podemos citar os gregos antigos. Entre eles havia duas culturas matemáticas: a dos mathematokói e a dos logistikói. A Mathematiké era estudada nas academias por membros da aristocracia grega e, como tal, abominava as aplicações (coisa de escravos e trabalhadores braçais), era uma matemática teórica, a mesma que nos deu os Elementos de Euclides. A Logistiké era uma matemática prática, usada pelos comerciantes e pelo povo em geral, e era geralmente aprendida nas escolas de pedagogos que funcionavam na praça da feira. Através deste exemplo pode-se perceber o absurdo de se falar em uma única "matemática grega", devemos falar em "matemáticas gregas".

Dado histórico, a palavra etnomatemática, surge na década de 70, tendo como base as críticas sociais sobre o ensino tradicional da Matemática, foram feitas várias análises sobre a matemática e seus diferentes contextos culturais. A origem da palavra vem da junção dos termos techné, mátema e etno.

D’Ambrósio, considerado o pai da matemática acrescenta que:

“Tem seu comportamento alimentado pela aquisição de conhecimento, de fazer ( es ) e saber ( es ) que lhes permitam sobrevier e transcender através de maneiras, de modos, de técnicas, de artes ( techné ou ‘ticas’) de explicar, de conhecer, de entender, de lidar com, de conviver com ( nátema ) a realidade natural e sociocultural ( etno ) na qual ele, homem, está inserido. ( D’AMBRÓSIO, 2005, P.99–120 ).

Baseado na linha de pensamento do autor, para melhor entender sobre etnomatemática, salienta-se que, etnomatemática não é nenhum método de ensino, não se trata de uma nova ciência, mas sim de uma proposta educacional que utiliza de estímulos e desenvolvimento da criatividade, que faz com que se crie novas maneiras de relações interculturais. “É um programa que visa explicar os processos de geração,organização e transmissão de conhecimentos em diversos sistemas culturais e as forças interativas que agem nos e entre os três processos.” (D’AMBRÓSIO, 2001 ).

A matemática que é vivenciada, pelos vendedores em situação de rua; pelo artesão; donas de casa; pelo pescador; pelo pedreiro e costureira; a geometria na cultura indígena e em outras classes sociais é completamente distina entre si em função do contexto cultural e social na qual estão inseridas. Mas, pra ampliar a compreensão da realidade e de mundo dessas pessoas é fundamental interagir todas as práticas do cotidiano. Caso não seja possível, então, a Matemática se apresenta apenas como uma forma de resolver questões de ordem prática e sem sentido para algumas classe sociais.

Para melhor fundamentar esta vertente, as ações pedagógicas devem ser construídas de acordo com o contexto sociocultural de quem de pretende educar. Os conteúdos deve ser baseado de acordo com a cultura e realidade social, baseado em suas necessidades e aspirações pessoais. E sobre tudo:

Basear-se em propostas que valorizem o contexto sociocultural do educando, partindo de sua realidade, de indagações sobre ela, para a partir daí definir o conteúdo a ser trabalhado, bem como uma das formas de leitura de mundo. ( MONTEIRO e POMPEU JR, 2003, P.38).

Os estudos de atividades fora do contexto escolar, aproxima o educando do conhecimento prático, e não perde o caratês acadêmico ou escolar no ensino da Matemática. A etnomatemática está alocada neste contexto que faz com que se estabeleça uma relação consistente e construtiva entre teoria e prática, justamente por contemplar experiências cotidianas a serem refletidas e analisadas, com esta relação estabelecida acreditasse que pode haver um excesso de teorias superficiais estudadas em sala de aula, e que gera insucesso dos alunos.

Dado ao atual fracasso escolar em relação a matemática, levando em consideração a atual situação sócio-política da sociedade, é primordial buscar mudanças nas propostas curriculares, fazendo com que venham acompanhar os avanços tecnológicos, bem como a consciência de que a escola é um ambiente voltado para o convívio e sensibilidade, condições

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