DISCPLINAS NORTEADORAS – Organização e Metodologia do Ensino

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4º Passo

Ao brincar a criança explora o mundo, experimenta os objetos, as sensações, e assim, vai interagindo com outras crianças e adultos, e assim, “internaliza os conhecimentos de sua cultura e desenvolve as relações sociais, aprendendo a se conhecer melhor a conhecer os outros”. (Machado e Pascoal, 2008, p. 53).

Portanto, a escola e os professores devem proporcionar um espaço favorável para que ao brincar a criança tenha sua liberdade criadora e desta forma se desenvolva, descubra o mundo e aprenda de forma prazerosa. Portanto o Brincar favorece a autoestima, a interação com seus pares e, sobretudo, a linguagem interrogativa, propiciando situações de aprendizagem que desafiam seus saberes estabelecidos e destes fazem elementos para novos esquemas de cognição. (ANTUNES, 2004, p. 32-33).

É através do brincar que o professor poderá iniciar a criança em sua construção sobre regras, assim como, desenvolver na criança a compreensão sobre esperar a vez do outro, a importância de prestar atenção e claro, da paciência.

Ao brincar a criança representa papéis sociais e ao brincar coletivamente, além do desenvolvimento de sua oralidade, também aprende a conviver em sociedade, sendo conduzida a organizar e reorganizar seus pensamentos continuamente, “por meio da brincadeira, ela paulatinamente, deixa de ser o centro das atenções, socializando-se e, com o tempo, aprende a se colocar no lugar do outro.” (Machado e Paschoal, 2008, p.53)

Além das brincadeiras o professor poderá usufruir de jogos como dominó, quebra-cabeça e jogo da memória como recursos para desenvolvimento do raciocino rápido ou mesmo integrados aos projetos desenvolvidos no decorrer do ano. De acordo com Silva (2008, p.45) os jogos e as brincadeiras são carregados de comportamentos simbólicos e se constituem de exercícios de reelaboração e construção de conhecimentos e aprendizagens.

Enfim, o professor deverá trabalhar de forma indissociável os atos de cuidar, educar e brincar, através de práticas pedagógicas que favoreçam o desenvolvimento integral da criança, tornando o espaço da educação infantil um ambiente prazeroso e importante à criança.·.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Podemos concluir que a educação infantil atualmente já conseguiu grandes avanços perante a sociedade, porém, muito ainda há de ser construído. Dentre elas a superação da visão da educação infantil como um espaço para o cuidado das crianças pobres enquanto as mães trabalhavam abriram grandes possibilidades a criança, pois ela passa a ser compreendida como um sujeito de direitos, direitos ao cuidado, direito a educação e o direito de brincar.

Assim, podemos perceber que uma educação infantil que integra o cuidar, o educar e o brincar em uma tríade indissociável, favorecem para um desenvolvimento integral da criança, permitindo a ela maior e melhor participação na sociedade, permitindo que ela construa sua própria identidade e desenvolva sua autonomia.

Além de aprimorar seus conhecimentos, uma prática pedagógica que integra o cuidar, o educar e o brincar se torna um recurso infinito de possibilidades ao professor e principalmente a criança. Possibilitando a mesma uma formação social mais completa, permitindo que a criança solte a imaginação e explore o mundo a sua volta.

Enfim, ao explorar os recursos de um bom trabalho pedagógico que permita a criança se expressar e explorar o mundo a sua volta através da tríade cuidar, educar e brincar a criança realmente ria se constituir como um sujeito de direitos, ao mesmo tempo; irá encontrar os recursos básicos para se constituir como um ser histórico e social.

REFERÊNCIAS

ANGOTTI, Maristela. Educação infantil: para que, para quem e por quê? Campinas: Alínea, 2006.

ANTUNES, Celso. Educação infantil: prioridade imprescindível. Petrópolis: Vozes, 2004.

AROEIRA, Maria Luísa Campos. Didática de pré-escola: vida da criança: brincar e aprender. SP: FTD, 1996.

AZEVEDO, Heloísa Helena; SILVA, Lúcia Isabel da C. A concepção de infância e o significado da educação infantil. Espaços da Escola, Ijuí, n. 34, p. 33-40, out./dez. 1999.

BRASIL. Senado Federal Lei nº4. 024, de 20 de Dezembro de 1961. Fixa a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em. Acesso em 20 de março de 2013.

BRASIL, Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 30. Ed. São Paulo: Saraiva 2002.

BRASIL. Lei nº 8069, de 13 de julho de 1990. Fixa o Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília, 1990. Disponível em Acesso em 21 de julho de 2013.

BRASIL. Lei 9394/96 (LDB). Fixa a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília. 1996. Disponível em Acesso em 24 de março de 2013.

Brasil. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI) Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental – Brasília: MEC/SEF, 1998. Vol.1.

Dicionário Priberram da Lingua Portuguesa, 2010. Disponível em Acesso em 20 de março de 2013.

FRIEDMANN, Adriana. O que é infância? Pátio Educação Infantil, nº6, p. 10-13, dez. 2004.

MACHADO, Maria C. Gomes; PASCHOAL, Jaqueline Delgado. As brincadeiras da criança na proposta de Jardim de Infancia de Rui Barbosa. In Batista, Cleide V. Missini; Moreno, Gilmara Lupion; Pascoal, Jaqueline Delgado. As crianças e suas infâncias: o Brincar em Diferentes Contextos. Humanidades, 2008.

OLIVEIRA, Zilma Ramos de. Educação infantil: fundamentos e métodos. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2007.

Silva, Anilde Tombolato T. da; Infâncias e rememoração. In Batista, Cleide V. Missini; Moreno, Gilmara Lupion; Pascoal, Jaqueline Delgado. As crianças e suas infâncias: o Brincar em Diferentes Contextos. Humanidades, 2008