Bullyng No Ambiente Escolar

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CAPITULO 1

COMPREENDENDO AS CARACTERISTICAS DO BULLYING

O Bullying é um fenômeno que acontece frequentemente no nosso cotidiano, seja nas redes sociais, no ambiente de trabalho e principalmente no ambiente escolar. O Bullying é tão antigo quanto à escola, mas não é toda escola que aceita que no seu ambiente escolar aconteça o bullying.

O termo bullying é derivado de uma palavra inglesa – bullying, que traduzida significa valentão, tirano. Esse termo, normalmente, ocorre nas relações interpessoais, em que há uma relação desigual de poder, uma vez que, um lado da relação será caracterizado por alguém que está em condições de exercer o seu poder, através da intimidação, humilhação, atitudes agressivas sobre outra pessoa ou até mesmo um grupo mais fraco. (LEÃO, 2010, p. 122)

A palavra Bullying, corresponde a um conjunto de atitudes de violência física, psicológica, de caráter intencional e repetitivo, praticado por um Bully (agressor) contra uma ou mais vítimas que se encontram impossibilitadas de se defender, seja por uma questão circunstancial ou por uma desigualdade subjetiva de poder.

Segundo Calhau (2011, p.11) “Bullies”, como são chamados aqueles que praticam o Bullying, demonstram desde crianças suas habilidades de intimidação e seu poder de agressão verbal e moral, e com o passar do tempo crescem e praticam violência doméstica e o assédio moral fora das escolas, e começa a ser desenvolver no trabalho, na casa e nas ruas. Podemos perceber que existem vários tipos de brincadeiras, e o bullying é totalmente diferente de uma brincadeira inocente, ele agride o indivíduo violando assim a sua integridade física e psicológica, e ameaçando assim o direito a educação, ao desenvolvimento, a saúde, e a sobrevivência das vítimas que se sentem indefesas e traz o rebaixamento da autoestima.

“Não se tratam aqui de pequenas brincadeiras próprias da infância, mas de casos de violência física e/ou moral, muitas vezes, de forma velada, praticados por agressores contra vítimas. No caso do bullying escolar, as agressões podem ocorrer dentro de salas de aula, corredores, pátios de escolas ou até nos arredores. Elas são, na maioria das vezes, realizadas de forma repetitiva e com desequilíbrio de poder. Essas agressões morais ou até física podem causar danos psicológicos à criança e ao adolescente facilitando, posteriormente, a entrada destes ao mundo do crime”. (CALHAU, 2011, p. 6).

Na maior parte dos casos o agressor é o mais popular do grupo, sendo geralmente o líder e mantendo em torno de si um grupo de colegas que atuam como auxiliares nas suas agressões e nos seus comportamentos anti-sociais, apresentando prazer em humilhar e causar danos para os outros alunos ou então induzir e indicar aos demais do grupo o alvo o qual eles devem agredir. Isso não quer dizer ou significar que ele não sofra nenhum dano psicológico referente a suas atitudes, por isso devemos reconhecer e procurar sanar tais atitudes levando em consideração que o fenômeno está ligado diretamente com o baixo rendimento escolar, ou a evasão escolar dando o aluno menos prazer a escola.

Existem duas classificações principais entre os doutrinadores que tratam do tema. Para uma, podemos dividir os participantes do bullying em quatro pequenos grupos: agressores, vítimas, espectadores passivos e vítimas, agressoras. (CALHAU, 2011, p. 8).

Podemos dividir os participantes do bullying em três partes: agressores, vitimas e espectadores. E entre elas definir o que cada um pode apresentar em seus diferentes tipos.

VÍTIMA

Como é possível perceber a vítima do bullying sente-se isolada e desprotegida perante outras pessoas, visto que a maioria que está a sua volta não à enxerga, ou finge que não vê. Estas pessoas se sentem impotentes para modificar a situação.

As vítimas, muitas vezes, sofrem caladas, carregando o trauma das situações de constrangimento que vivenciaram para o resto de suas vidas, gerando consequências na fase adulta como problemas de interação e relacionamento com outros sujeitos. (LEÃO, 2010, p. 123).

As vítimas, geralmente, não sabem se defender, ou sua ética pessoal, crença, não permite que use os mesmos tipos de ataque contra o agressor ou faça o mesmo jogo, ou então não consegue ter atitudes incisivas que dêem um limite aos agressores. Muitas vezes, deixa-se derrotar pelos agressores, ou até mesmos acaba acreditando que tudo aquilo que é falado é verdade e acaba sofrendo à cada dia que se passa. A maioria dos alvos do bullying são aqueles alunos considerados pela turma como diferentes ou até “esquisitos”.

As vítimas são eleitas. Elas não precisam fazer nada para serem escolhidas. Os agressores simplesmente as elegem no meio de um grupo para serem alvos de seus ataques, essas agressões s, então, não têm um motivo especial, uma origem. (CALHAU, 2011, p. 9).

Vítima típica, são aqueles alunos que apresentam pouca habilidade de socialização, e repetidamente sofre consequências do comportamento agressivos de outros alunos, possui aspectos frágil, são tímidas ou até mesmo reservadas, quase nunca reagem aos comportamentos agressivos dirigidos contra elas mesmo.

Segundo Fante (2005, p. 71) vítima típica refere-se ao indivíduo que sofre repetidas vezes a agressão e não resolve a situação por não conseguir se impor. Na maioria das vezes as pessoas que são agredidas sempre tentam de isolar, ou até mesmo começam a andar pelo interior da escola atrás de alguém como coordenador, pedagogo, professor ou diretor, onde estão procurando se esconder ou encontrar alguém que a defenda caso os agressores voltem a te procurar e se martirizar.

Vítima Provocadora, É o tipo de aluno que atrai tais tipos de provocações que levam a ter reações agressivas contra a qual não consegui lidar. Estão sempre tentando uma forma para se defender brigando ou debatendo com os seus agressores, mas dificilmente consegue obter resultados positivos.

De acordo com Silva (2010, p. 40), “Nesse grupo geralmente encontramos crianças ou adolescentes hiperativos e impulsivos e/ou imaturos, que criam, sem intenção explícita, um ambiente tenso na escola”.

Vítima Agressora, Segundo Silva (2006, p. 2, 3) “reproduz os maus-tratos sofridos. Como forma de compensação procura uma outra vítima mais frágil e comete contra esta todas as agressões sofridas na escola, ou em casa, transformando o bullying em um ciclo vicioso”.

AGRESSORES