BULLYING NO AMBIENTE ESCOLAR: Propondo práticas educativas
Por: Jose.Nascimento • 17/6/2018 • 5.367 Palavras (22 Páginas) • 443 Visualizações
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Dessa forma esse projeto, vem atuar de forma a refletir sobre essa problemática, visando subsidiar uma discussão ampla sobre esse assunto e oportunizando práticas e medidas educativas que auxiliem no combate a violência gerada pelo bullying, ações que visem a participação de toda a comunidade escolar.
Pretende-se debater sobre as situações de violência que acontecem no ambiente escolar, caracterizada como bullying, além de propor atividades que favorecerão a valorização do respeito ao próximo, os valores humanos, os direitos e deveres de todos, e preconizar o respeito a diversidade, salientando que todos são marcados por diferenças.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Antes mesmo de tratamos, sobre a questão do bullying na sala de aula é imprescindível que se trate a respeito da diversidade que encontramos no contexto escolar, sejam elas relacionadas a raça, gênero, credo, opção sexual, e sobretudo essas diferenças se tornam mais evidentes na escola devido a diferenças encontradas nos seres humanos.
A diversidade humana se caracteriza por diferentes realidades: social e cultural, e essa singularidades se encontra bem marcada, na escola sobretudo porque é nesse espaço que ocorre as relações interpessoais.
A diversidade é um princípio fundamental, e não um incidente isolado a ser tratado de forma isolada e residual. A diversidade é um fato da vida. Uma escola sem diversidade seria uma instituição asséptica, artificial, desprovida da identidade que se dá pelo reconhecimento da diferença, a marca registrada de cada uma das pessoas que a compõem. E essas marcas são tão diversas quanto somos pessoas diferentes. Sem diversidade, sem reconhecimento e tratamento subsequente, a escola é órfã de um dos valores fundamentais na educação e formação das pessoas: a tolerância. (CARVALHO, 2012, s/p)
Portanto, o sistema escolar tem uma pluralidade de culturas, e todas se relacionam no mesmo espaço, denotando a importância do trabalho coletivo nas instituições escolares.
É possível definir a diversidade com base na colocação de Santos (2008, p.45) quando afirma que diversidade significa: “Qualidade ou condição do que é diverso, diferença, dessemelhança. Divergência, contradição (entre ideias, etc.). Multiplicidade de coisas diversas: existência de seres e entidades não idênticos, ou dessemelhantes, oposição.”
Assim o autor pontua que o ser humano é marcado por suas diferenças, e isso deve estar relacionado a aceitação da própria sociedade em aceitar essas diferenças e respeitar cada cidadão a sua forma.
Todavia, a escola tem o papel de trabalhar essas questões voltadas a diversidade humana, e como sugere Lima (2012) é preciso romper os obstáculos e aceitar o novo e muitos conceitos precisam ser revistos para que não julguemos de forma inadequada e possamos contribuir para a inserção dessa pessoas que se dizem diferentes dentro da sociedade.
A não aceitação das diferenças nos seres humanos, podem promover certos tipos de violência e situações de julgamentos discriminatórios, essas situações de violência são conhecidas mundialmente como bullying, um tema que atualmente tem feito parte dos discursos sobre educação, e tem gerado importantes questionamentos no sentido de haver uma solução para essa problemática, já que tem afetado o sistema escolar e as relações interpessoais dentro da escola.
Dessa forma é possível conceituar o bullying levando em consideração a colocação de Fante (2005, p.28) “bullying é um subconjunto de comportamentos agressivos que envolvem intimidações, insultos, assédios, exclusões e discriminações de todo gênero”. Esse tipo de atitude demonstra uma violência contra uma pessoas partir de julgamentos pessoais, a autora afirma que ocorre sem motivo aparente e tem por finalidade maltratar, humilhar e intimidar o outro.
Esse tipo de comportamento afeta veementemente a relação dos alunos com a escola e pode afetar inclusive o desempenho acadêmico do aluno, Pois segundo pesquisa feita por Pinheiro (2006) o Bullying tem afetado crianças de todas as idades, e os ataques costuma se referir ao gênero sexual, fazendo com que a vítima seja constrangida em frente ao grupo escolar.
Desse modo, Fante (2005) busca definir o termo bullying, com o objetivo de tentar compreende-lo:
“[...] bullying é um conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetitivas que ocorrem sem motivação evidente, adotado por um ou mais alunos contra outro (s), causando dor, angústia e sofrimento. Insultos, intimidações, apelidos cruéis, gozações que magoam profundamente, acusações injustas, atuação de grupos que hostilizam, ridicularizam e infernizam a vida de outros alunos levando-os à exclusão, além de danos físicos, morais e materiais, são algumas das manifestações do "comportamento bullying" (FANTE, 2005, p. 28 e 29).
As atitude de bullying se tornam mais presente, em situações corriqueiras, e despercebidamente constrangem e discriminam a vítima com brincadeiras, xingamentos, humilhação e dentro do sistema escolar, esse tipo de atitude prejudica sobremaneira o rendimento escolar do aluno, causando grandes transtornos para a vida dessa pessoa.
Diante disso, fica claro a importância de se discutir o bullying em detrimento aos transtornos que essas atitudes acarretam para a vítima, por isso a que se ter um olhar atento e diferenciado em situações em que a violência contra o ser humano pode acontecer.
Sobre isso, Lopes (2005) considera que o bullying pode ocorre de três forma diferentes.
O bullying direto, que engloba a imposição de apelidos, assédios, agressões físicas, ameaças, roubos e ofensas verbais; bullying indireto, o qual envolve atitudes de indiferença, isolamento e difamação e o cyberbullying, que ocorre através da intimidação eletrônica por celulares ou internet, em que os alunos utilizam de mensagens e e-mails difamatórios, ameaçadores, assediadores e discriminatórios que provocam agressões entre os mesmos. Convém ressaltar que os envolvidos com o bullying estão propensos a diversas implicações que interferem de forma negativa nas atividades sociais, por serem submetidos a tais formas de violência. (LOPES, 2005, p.166)
Levando em conta essas considerações, é possível dizer que o bullying interfere sobremaneira nas relações interpessoais no espaço escolar, gerando grandes problemas ao processo de ensino aprendizagem, pois como afirma Lopes (2005) o bullying é uma violência persistente que aprisiona
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