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ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: PRINCÍPIOS E PROCESSOS

Por:   •  24/4/2018  •  2.644 Palavras (11 Páginas)  •  400 Visualizações

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A principal meta da Alfabetização e do Letramento em sala de aula é a aproximação dos alunos nos conhecimentos da leitura e da escrita com o mundo letrado.

O professor por sua vez, mais livre para preparar suas atividades, observando as fases da escrita que está seu aluno, buscará também caminhos diferentes (e através de uma proposta lúdica) que considerar mais apropriado para que sua turma avance neste processo.

Sobre a história da alfabetização no Brasil, Faraco (2012) faz um importante entorno a partir das pesquisas iniciadas nos anos 70 e 80, demonstrando a importância de uma prática transformadora relacionando os resultados de sua pesquisa ao trabalho de Paulo Freire e como ensinar a ler e a escrever, alunos das camadas populares, sendo que estes apresentam pouco contato com a cultura escrita.

Faraco demonstra em seus estudos que a criança, com a mesma facilidade que aprende a sua língua primeira (em casa) aprende outras (se houver por exemplo, a necessidade de seus pais mudarem de país). Dessa maneira também irá aprender a ler e a escrever a partir da oferta de subsídios que o docente apresentar. A consciência fonológica depende dessa prática que não deve estar infundada na oferta de objetos sem significados, fora do contexto real da criança.

Nos estudos de FARACO (2012) a aprendizagem da leitura e da escrita dentro do processo de alfabetização vem orientado pelo argumento também de que a prática pedagógica ampliará os meios pelos quais os alunos dominarão esses conceitos de maneira sociointeracional significativa e através da promoção das inúmeras possibilidades de participarem (os alunos) de atividades mediadas pelo professor que objetivem a interação com o texto em sala de aula.

A linguagem constitui-se em uma parte substancial da teoria do mundo de qualquer ser humano e, obviamente, exerce um papel central na leitura.

O autor aponta ainda outros problemas para alfabetizar crianças lembrando que o universo das práticas sociais ainda é muito pouco para que aprendam o sistema alfabético da escrita. Faraco (2012) lembra do ensino da leitura e da escrita a partir do uso da cartilha e o processo artificial dos conteúdos. Faz uma análise dos métodos analíticos e sintéticos como sendo, na época, os procedimentos adequados para que o aluno aprendesse a ler e a escrever.

Em contraste à estrutura aparente, o significado da linguagem, seja falada ou escrita, pode ser chamada de estrutura profunda. O termo é adequado. Os significados não repousam sobre a superfície da linguagem, mas bem mais profundamente, nas mentes dos usuários desta: na mente daquele que fala ou escreve e na mente do ouvinte ou leitor.

Por isso que o autor em seus relatos alerta para o fato de que “é fundamental entendermos bem o fenômeno da variação linguística” (FARACO, 2012, p. 44). Embora se saiba que essas variáveis podem instigar à diversidade, o que, o docente e a consciência de seu trabalho, deverá organizar sua prática para que não elas não venham a ser motivo de desconforto na aprendizagem, gerando a indisciplina. A variação linguística deve servir para ampliar a aprendizagem da leitura e da escrita não contribuir com a exclusão.

O autor comenta sobre os meios de ensino da linguagem escrita fazendo um breve estudo sobre a história da alfabetização onde a origem e a estrutura da linguagem apesar dos enunciados que comprovam os extremos complexo e difícil caminho da aprendizagem, Faraco comenta que “ela não é um tesouro, uma mera coleção de sons, palavras e enunciados (2012, p. 54).

2. ALFABETIZAÇÃO: PROPOSTAS E PRÁTICAS

2.1 As tendências pedagógicas: Os conceitos de leitura e de escrita

Neste primeiro capítulo da obra de Micotti (2012) a autora faz importantes reflexões acerta dos conceitos de leitura e escrita, revelando que na prática pedagógica está o ponto inicial para a apresentação de projetos onde o aluno poderá desempenhar seu papel escritor e leitor.

Apresenta o conceito de Leroy-Boussion e Dupessey (1968: 183), onde “ler é reconstruir um enunciado verbal a partir de sinais que correspondem a unidades fonéticas da língua e, ao mesmo tempo, compreender o significado da mensagem decifrada” (Micotti, 2012, p. 11).

Quando a criança vai reconhecendo os sinais gráficos e desvendando a escrita vai relacionando com o que já traz de conhecimento apreendendo os significados e compreendendo o sistema alfabético da escrita.

Poder ler, isto é, compreender e interpretar textos escritos de diversos tipos com diferentes intenções e objetivos contribui de forma decisiva para a autonomia das pessoas, uma vez que vivemos em uma sociedade letrada.

A leitura é tanto uma atividade cognitiva, quanto uma atividade social. Como atividade cognitiva, pressupõe que, quando as pessoas leem, estão executando uma série de operações mentais (como perceber, levantar hipóteses, localizar informações, inferir, relacionar, comparar, sintetizar, entre outras) e utilizam estratégias que as ajudam a ler com mais eficiência.

2.2 A leitura e a escrita: aprendizagem e ensino

Neste segundo capítulo, a autora faz menciona sobre as orientações pedagógicas que os docentes recebem quando de sua formação acadêmica, relatando que a própria vivência educacional é importante para contrapor os novos modelos de ensino da leitura e da escrita.

Sobre o ensino da Didática nos cursos de formação docente a autora relata que do mesmo modo que o professor, na fase inicial de cada aula, deve propor e examinar com os alunos os objetivos, conteúdos e atividades que serão desenvolvidos, preparando-os para o estudo da disciplina, também neste livro cada capítulo se inicia com o delineamento dos temas, indicando objetivos e alcançar no processo de assimilação consciente de conhecimento e habilidades.

Sobre as contribuições do construtivismo, inicialmente apresentado por Fijalcow (2000) a aprendizagem é resultante da acumulação de conhecimentos sucessivos (sobre o objeto de estudo – a escrita), fornecidos por quem ensina (MICOTTI, 2012, p. 26).

O trabalho docente é um dos principais fatores que contribuem com o processo educativo, de forma geral, pois as crianças vão sendo preparadas para a aprendizagem da leitura e da escrita que as integrará ao mundo letrado.

A aplicação da proposta construtivista de ensino, no processo de alfabetização, coloca a criança em situações de interatividade e dentro dessa relação entre

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