A matemática na nossa vida
Por: SonSolimar • 14/2/2018 • 5.404 Palavras (22 Páginas) • 296 Visualizações
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Analisando a afirmação desse importante teórico, podemos deduzir que a Educação Infantil deve ser inserida em um conceito de educação com viés apontado para a construção do conhecimento elaborado pelo próprio “aprendente” e tendo como mediador seu professor ou outro adulto para direcioná-lo na busca da autonomia e independência. O conhecimento matemático fazendo parte do currículo dessa modalidade de ensino não deve se furtar dessa análise.
Partindo desse pressuposto e respeitando as especificidades, é possível categorizar que a Matemática é de extrema importância para o desenvolvimento ontológico da potencialidade da criança, favorecendo o raciocínio lógico, a criatividade e instrumentando-a para a vida.
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O ponto de partida para o trabalho com a disciplina Matemática na Educação Infantil dever ser pautado por problemas que se relacionam com a capacidade de estabelecer correspondências entre coisas, favorecer a descoberta das propriedades como cores, tamanhos e formas, o que acarretam o desenvolvimento das habilidades perceptivo-motoras.
Para Vygotski, a criança começa em seu processo de desenvolvimento se utilizando das mesmas formas de comportamentos que inicialmente outras pessoas usaram em relação a ela. E justifica:
Isto ocorre porque, desde os primeiros dias de vida, as atividades da criança adquirem um significado próprio num sistema de comportamento social, refratadas através de seu ambiente humano, que a auxilia a atender seus objetivos. Isto vai envolver comunicação, ou seja, fala.
Sem que precisemos envidar esforços, por essa afirmação, entendendo saberes matemáticos como componente do processo de comunicação dá perfeitamente para entender que conteúdos matemáticos podem e devem fazer parte do currículo da educação infantil.
Como processo metodológico, podemos e devemos escolher atividades que favoreçam a compreensão e resolução de problemas, especialmente quando o componente curricular apresentar abstração, for considerado difícil e desvinculado da prática cotidiana, sem nos esquecermos da realidade e das condições de cada comunidade, que devem ser respeitadas, além, do querer de cada aluno. As atividades escolhidas não podem ser muito fáceis nem muito difíceis e ser testadas antes de sua aplicação, a fim de enriquecer as experiências através de propostas de novas atividades, propiciando mais de uma situação.
A matemática é utilizada no nosso cotidiano assim como no da criança, deve ser trabalhado o que faz parte desse universo infantil como a idade, o corpo, os brinquedos, as músicas, comparações, os jogos e brincadeiras. Ela deve ser ensinada como instrumento para interpretação das coisas que rodeiam nossas vidas e o mundo, formando assim pessoas conscientes para a cidadania e a criatividade e não somente como memorização, alienação e exclusão.
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Na educação infantil a criança aprende a comparar, a medir o que é maior, pequeno, alto, baixo, menor e essas aprendizagens ele traz para seu dia a dia. Através desse método que se propiciam trocas de informações e situações que favorecem o desenvolvimento dos alunos, podem criar e aprender noções e conceitos matemáticos através de atividades lúdicas que atrai e explora mais a atenção e reflexão das crianças.
Segundo Boavida (1992) é importante ensinar as crianças a pensar, pois assim vai ampliando seu conhecimento para tornar-se um adulto culto.
Como método para o ensino de conteúdos matemáticos deve-se priorizar o ato de brincar, pois assim a criança consegue estabelecer variados vínculos entre as características de seu papel, suas habilidades e competências e as relações com outros papéis, se conscientizando e fazendo generalizações importantes para seu desenvolvimento.
O professor precisa ter conhecimento de que para brincar os pequenos exigem alguma independência quanto à escolha dos companheiros e os papéis que assumirão durante um determinado enredo, assim conseguem apreender melhor os conteúdos e competências exigidas naquele ato.
Quando o professor permite a imaginação criada pela própria criança, ela costuma acionar seu pensamento na direção da resolução de problemas significativos, criando um espaço em que se pode experimentar o mundo e internalizar compreensão pessoal sobre os sentimentos, os diversos conhecimentos e as pessoas.
O brincar apresenta-se por meio de várias categorias de experiências que são diferenciadas pelo uso do material ou dos recursos predominantemente implicados. Essas categorias incluem: o movimento e as mudanças da percepção resultantes essencialmente da mobilidade física das crianças; a relação com os objetos e suas propriedades físicas assim como a combinação e associação entre eles; a linguagem oral e gestual que oferecem vários níveis de organização a serem utilizados para brincar; os conteúdos sociais, como papéis, situações, valores e atitudes que se referem à forma como o universo social se constrói; e, finalmente, os limites definidos pelas regras, constituindo-se em um recurso fundamental para brincar. Estas categorias de experiências podem ser agrupadas em três modalidades básicas, quais sejam, brincar de faz-de-conta ou com papéis, considerada como atividade fundamental da qual se originam todas as outras; brincar com materiais de construção e brincar com regras.
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A atividade lúdica representada pelas brincadeiras de faz-de-conta, jogos que possuem regras, como os de tabuleiros ou como aqueles que representam a sociedade, jogos didáticos, orporais, jogos tradicionais, tudo isso amplia os conhecimentos infantis
Através de brincadeiras pode-se Iniciar a aprendizagem de conceitos de longe, perto, dentro, fora, em cima, em baixo, atrás, na frente, ao lado, dentro, fora, cheio, vazio; discriminar na criança o sentido de ontem hoje e amanhã; estimular o uso do raciocínio da criança; classificação e nomeação de objetos pelas cores primárias (azul, amarelo e vermelho), formas (círculo, triângulo e Quadrado), tamanho (grande e pequeno) e quantidade (1 a 9); nomear e identificar iguais e diferentes; conceitos de lateralidade: todo, dentro/fora, grande/pequeno, cheio/vazio, grosso/fino, muito/pouco; organização espacial: antes/durante e depois, hoje/ontem/amanhã; Jogos de raciocínio (quebra-cabeça e jogos de encaixe); Classificar e nomear objetos pela cor, forma (círculo, triângulo e quadrado), tamanho e quantidade; Nomear iguais e diferentes.
As estratégias
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