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A VIOLÊNCIA NA ESCOLA E O PAPEL DOS EDUCADORES

Por:   •  12/5/2018  •  6.846 Palavras (28 Páginas)  •  618 Visualizações

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brasileiras. Percebe-se que são inúmeros casos de agressões detectados nas escolas e colégios, e que estão forçando muitos estudantes a viverem situações verdadeiramente aterrorizantes.

Este trabalho será embasado em pesquisas bibliográficas e estudo de caso de acordo com Abramovay, Álvaro, AMORIM; BONETI, Bourdieu, CHARLOT, Chrispino, Colombier, Dewey, Durkheim, Içami Tiba, Lima, Ruotti, Guillot, PRIOTTO, Raymundo de Spósito Schilling, ROMANELLI, entre outros e para a coleta de dados foi utilizado como instrumentos, entrevistas, observações, registros analises de fatos, estudo exploratório, visando desenvolver a qualidade das relações interpessoais dos agentes do processo educativo sensibilizando a comunidade escolar para um espírito de solidariedade valorizando a participação da comunidade como elemento integrante do ambiente escolar, até mesmo proporcionar momentos de reflexões sobre seus valores, a fim de garantir um futuro de sucesso, garantindo a permanência do aluno fornecendo-lhes condições para prosseguir sua carreira educacional e profissional de forma segura e competente.

A violência na escola e o papel dos educadores

Percebe-se que a mídia vem discutindo muito sobre a violência na escola, mas este tema não é um fato novo. Neste contexto Charlot (2002), diz que a questão da violência na escola não é um fenômeno novo “assim, no século XIX, houve, em certas escolas do 2º grau, algumas explosões violentas, sancionadas com prisão.” Igualmente (CHARLOT, 2002, p.432) diz que assim como as relações bastante grosseiras entre alunos nos anos 50 ou 60. Ainda o mesmo autor adverte que as violências ocorridas na escola podem não ser novidade, mas elas assumem formas e dimensões inéditas.

Para Pereira (2003), em sua pesquisa intitulada “Violência nas Escolas: visão de Professores do Ensino Fundamental sobre esta questão” analisa as formas como isto ocorre e as estratégias que são utilizadas para sua superação. Esta autora constatou que os professores percebem as violências como um fenômeno em expansão, reforçado, principalmente pelas desigualdades sociais, pela influência da mídia e pela desestruturação familiar, impondo consequências no cotidiano escolar.

Para os autores Joyce Kelly Pescarolo que é mestre em Sociologia e psicóloga educacional do Instituto Não Violência. joycepescarolo@hotmail.com & Pedro Rodolfo Bodê de Moraes que é doutor em Sociologia e professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Paraná (UFPR). pedrobode@terra.com.br, o ambiente escolar pode reforçar comportamentos violentos originados em outros contextos ou dar condições para os alunos romperem com esses padrões.

Joyce Kelly Pescarolo & Pedro Rodolfo Bodê dizem que a escola é uma das mais importantes instituições de controle social. Neste sentido (Dewey, 2011), comenta, sendo responsável por ensinar e regular uma série de comportamentos que, juntamente com outras instituições, podem ou não garantir aquilo que entendemos por coesão social. Já Durkheim (1930/1999), relatam que a coesão social é uma ligação resultante da solidariedade entre as pessoas. A intensidade dessa solidariedade mede a ligação entre os indivíduos, variando segundo o modelo de organização de cada sociedade.

Bourdieu (2005) chama atenção para a violência que não é sentida por aqueles que a sofrem porque é invisibilizada, naturalizada. É a imposição de categorias de percepção do mundo social que são cultivadas nas classes dominantes e impostas sem questionamento a todas as outras classes. Essas categorias estão presentes na língua, nas artes e em qualquer outra estrutura capaz de moldar a forma de pensar e agir dos indivíduos. É violência porque é imposta e arbitrária. Essa violência é tipicamente encontrada na escola e praticada cotidianamente pelos professores, sem que estes saibam que estão sendo violentos e sem que os alunos percebam que estão sendo violentados.

Conforme Ruotti e colaboradores (2006), o ambiente escolar pode reforçar comportamentos violentos originados em outros contextos (na família e/ou na comunidade, quando estas forem violentas) ou pode dar condições para que seus alunos rompam com esses padrões.

Conforme Guillot (2008, p. 135), “a escola não pode resolver todos os problemas sociais, mas não pode ignorá-los e menos ainda deixar que permaneçam na ignorância aqueles e aquelas que mais precisam dela. [...] a escola continua sendo um lugar onde o vínculo humano é possível: a escola se tornou um refúgio. Mas a escola não tem vocação para permanecer como refúgio; sua vocação é ser trampolim”.

Colombier (1989), no livro “Violência na Escola”, aponta fundamentos socioeconômicos e familiares como possíveis causas da violência na escola, entendendo esse fenômeno como atos de violência contra as instalações da escola, contra os professores, dos alunos uns contra os outros. Para o autor a violência se iniciaria na família, com a falta de limites, referências, a desestruturação familiar; nas causas socioeconômicas estariam a exclusão social, falta de oportunidades, a influência da mídia e a falta de perspectivas.

Segundo Priotto e Boneti

Denominam-se violência escolar todos os atos ou ações de violência, comportamentos agressivos e antisociais, incluindo conflitos interpessoais, danos ao patrimônio, atos criminosos, marginalizações, discriminações, dentre outros praticados por, e entre a comunidade escolar (alunos, professores, funcionários, familiares e estranhos à escola) no ambiente escolar. (PRIOTTO, BONETI, 2009, p. 162)

O conceito de violência escolar na visão dos três autores como: Abramovay (2003) que dialoga com a classificação de violência na escola, Priotto (2008) prefere violência escolar e Charlot (2002) entende, que é importante fazer algumas distinções conceituais que permitam introduzir uma ordem na categorização episódios de violência na escola na qual ele identifica como: violência na escola, da escola e contra a escola.

Segundo as autoras Abramovay e Priotto a violência escolar se expressa através dos seguintes eventos: violência física, agressão física, violência simbólica e violência verbal incluído o bullying.

Conforme Charlot (2002 p.434), a violência na escola se caracteriza dentro do espaço escolar, mas não está ligada à natureza e as atividades da instituição escolar, “quando um bando entra na escola para acertar contas das disputas que são as do bairro, a escola é apenas o lugar de uma violência que teria podido acontecer em outro local”.

Para

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