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A IMPORTÂNCIA DOS CONTOS DE FADAS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM

Por:   •  2/12/2018  •  5.200 Palavras (21 Páginas)  •  460 Visualizações

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Dessa forma, o trabalho aqui delineado apresenta uma visão panorâmica do que trata a pesquisa, por se tratar da Introdução. Também apresenta as concepções de Literatura Infantil, se valendo dos estudos de Lígia Cademartori (2010), Regina Zilberman (2005), Cunha (2006). Assim a pesquisa esta divindade em três momentos, o primeiro com a introdução, onde se apresenta o trabalho, em segundo se faz uma abordagem da literatura infantil ao longo dos séculos bem como a história da literatura infantil brasileira, bem como a contribuição dos contos de fadas para educação infantil e por terceiro e último vem análise do questionário bem como as considerações finais e as referências.

2 LITERATURA INFANTIL AO LONGO DOS SÉCULOS

A Literatura Infantil, assim como a concebemos hoje, tem início com os textos do francês Charles Perrault, clássico dos contos de fadas, que surge no século XVII. Naturalmente, segundo Carvalho (1982) o consagrado escritor francês não poderia prever, em sua época que tais histórias, por sua natureza e estrutura, viessem constituir um novo estilo dentro da Literatura, e elegê-lo o criador da Literatura da Criança.

Segundo Cunha (1987, p. 20), “no Brasil, como não poderia deixar de ser, a literatura infantil tem início com obras pedagógicas e, sobretudo, adaptadas de produções portuguesas, demonstrando a dependência típica das colônias”.

Justamente com a função de educar moralmente as crianças. As histórias tinham uma estrutura maniqueísta, a fim de demarcar claramente o bem a ser aprendido e o mal a ser desprezado. A maioria dos contos de fadas, fábulas e mesmo muitos textos contemporâneos incluem-se nessa tradição

O autor assevera ainda que Perrault retratava a sociedade da sua época em suas histórias, animado pela influência do folclore, considerado o fundamento principal da Literatura Infantil daquele tempo. Consoante Carvalho (1982) Perrault foi também o responsável por estabelecer embasamento para um novo modelo literário, o conto de fadas, além de ter sido o primeiro a dar aperfeiçoamento a esse tipo de Literatura. Para o teórico dentre suas diversas obras, 06 merecem destaques: Chapeuzinho Vermelho, a Bela Adormecida, o Gato de Botas, Cinderela, Barba Azul e o Pequeno Polegar.

O hábito de contar história vem de muitos tempos, grupos de pessoas juntava-se em rodas e começavam a contar várias Historias e não era para as crianças, foi no decorrer dos tempos que essas histórias ganharam adaptações. Segundo a autora Zilberman (2005), foram os escritores como Charles Perrault (1628-1703), na França, e Jacob (1785-1863), Wilhelm (1786-1859) Grimm, na Alemanha foram responsáveis por transcreverem e publicarem histórias voltadas para o público infantil foi o ponto de partida para surgir milhares de versões diferente de obras literária infantil.

2.1 A Percepção de Criança

Muito tempo se passou para que a criança fosse considerada como parte integrante da sociedade e que suas relações com família e escola fossem investigadas. Antes do século XVI a existência da infância era concebida de forma bastante diferente da que se vê hoje. Conforme Barros (2013), em tempos remotos a existência social da infância era apresentada como uma categoria diferenciada do gênero humano e logo que se tornavam independentes de sua mãe eram incorporados ao mundo dos adultos.

Assim, a criança participava junto com o adulto de tradições populares tais como escutar narrativas dos contadores de histórias. Consoante Barros (2013), a criança da nobreza ouvia trechos de clássicos, enquanto a criança da aldeia ouvia lendas. Nesse período, crianças e adultos compartilhavam os mesmos lugares em diferentes situações, inclusive na educação escolar.

Em tempos passados a criança era vista como um adulto em miniatura, não havia preocupação com as mesmas. Dessa forma a infância não existia como se conhece hoje. Com o decorrer dos tempos, no século XVlll, a criança passou a ser vista de outra forma, é então que surge uma preocupação com a infância proporcionando aos pequenos a liberdade de crescer no seu próprio tempo. Os contos de fadas sempre existiram, mas não voltados para as crianças. Com decorrer dos anos foram ganhando espaço e se moldando em formas infantis. As histórias dos contos de fadas têm fortes ligação com as histórias reais, facilitando o ensino para as crianças.

Em tempos em que a criança era forçada a ser adulto, ainda sendo criança, surge um novo período de valorização pela infância, e é nesse período início do século XVIII, que a criança ganha espaço no seu mundo infantil. E com essa mudança, era preciso moldar a literatura para que fosse adequada para crianças. E seria impossível falar de literatura infantil e não mencionar Charles Perrault e os irmãos Grimm, pois foram eles que adaptaram seus contos para o público infantil.

Conforme comenta Cunha (2006, p. 23)

[...] os irmãos Grimm, colecionadores dessas histórias folclóricas, estão assim ligados a gêneses da literatura infantil. Tiveram seus contos republicados e adaptados uma infinidade de vezes - a tal que hoje tais relatos se apresentam demasiadamente modificados.

Dessa forma, compreende-se que foram eles que deram o ponto de partida para que os contos fossem voltados paras as crianças, dando ao universo pueril oportunidade na escolha do livro.

E nessa corrida para oferecer livros, literalmente infantis, surgir Monteiro Lobato que dar início a verdadeira literatura infantil brasileira, como nos afirma a Cunha (1983, p.20):

Com Monteiro Lobato é que tem início a verdadeira literatura brasileira. Com uma obra diversificada quanto a gêneros e orientação, cria esse autor uma literatura centralizada em algumas personagens, que percorrem e unificam seu universo ficcional.

A partir da percepção da criança com o meio em que vive, é possível estimulá-la, apresentando-a aos brinquedos educativos, livros-fantoches, livro, brinquedo, os quais poderão ser manuseados e nomeados pela criança com o auxilio de um adulto relacionando-os, promovendo assim, simples situações de leitura e descobertas de forma lúdica e prazerosa.

A inclusão do leitor na literatura não depende apenas da sua faixa etária, mas primeiramente, segundo Coelho (2000, p. 33) da “inter-relação entre sua idade cronológica, nível de amadurecimento biopsiquico, afetivo, intelectual e grau de conhecimento da leitura”. O pré-leitor faz parte da categoria inicial que envolve duas fases: primeira infância dos quinze

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