A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
Por: Rodrigo.Claudino • 7/10/2017 • 5.080 Palavras (21 Páginas) • 769 Visualizações
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A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM
Um breve histórico do lúdico
Há muito tempo existem preocupações relacionadas à educação que tratam do ensinar e do aprender. As questões de como ensinar envolvendo e estimulando o aluno a aprender estão presentes em diferentes períodos da história, sendo uma das mais importantes preocupações dos educadores.
Em épocas passadas o jogo era evidenciado como importante ferramenta para auxiliar no processo de educação das crianças.
De acordo com Marinho (2007, apud Platão 347 a.c, p.81) “há dezenas de século já preconizava que a criança nos seus primeiros anos já deveria se ocupar com jogos educativos, sendo que ele mesmo ensinava matemática às crianças em forma de jogos”.
Segundo Marinho (2007, apud Froebel 1826, p 81) “o primeiro pedagogo a incluir o jogo no sistema educativo ele acreditava que brincando a personalidade das crianças poderia ser aperfeiçoada e enriquecida pelo brinquedo que estivesse utilizando”.
A ludicidade deve ser um dos principais eixos norteadores do processo de ensino aprendizagem, pois possibilita a organização dos diferentes conhecimentos numa abordagem metodológica com a utilização de estratégias desafiadoras e enriquecedoras. Assim, a criança ficará mais motivada para aprender, pois tem um desafio constante.
Alguns estudiosos consideram o jogo uma ferramenta preponderante do universo infantil, de fundamental importância para a humanização.
O jogo continua sendo evidenciado por muitos educadores contemporâneos: Para Marinho (2007 apud; Aguiar p.82)
A criança é um ser feito para brincar, e que o jogo é um artifício que a natureza encontrou para envolver a criança numa atividade útil ao seu desenvolvimento físico e mental. [...] Jacquin (1963) enfatiza que o jogo tem sobre a criança o poder de um excitador universal. Diz que o jogo facilita tanto o progresso da personalidade integral da criança como o progresso de cada uma de suas funções psicológicas, intelectuais e morais. Partindo da consideração de que as atividades lúdicas podem contribuir para o desenvolvimento intelectual da criança, Cratty(1975) sugere a utilização de atividade motoras sob a forma de jogos para o domínio de conceitos [...] e para o desenvolvimento de algumas capacidades psicológicas, tais como: memória, avaliação e resolução de problemas. [...] Piaget (1962 e 1976) diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança, sendo, por isso, indispensável à pratica educativa. [...] Vygotsky (1989) diz que é enorme a influencia do brinquedo no desenvolvimento da criança. Para Vygotsky, no brinquedo a criança projeta-se nas atividades adultas de sua cultura e ensina seus futuros papeis e valores.
Por meio destes autores percebe-se a importância das atividades lúdicas, sobretudo o jogo, na aprendizagem infantil, destacando que são uma fonte de prazer e descoberta para a criança, pois é através do jogo que as mesmas interagem, aprendem, experimentam sensações, ampliam seus conhecimentos, expressam-se, divertem-se e trocam experiências, elas podem ampliar cada vez mais os conhecimentos que tem sobre brincadeiras e jogos.
Para Marinho (2007 p.83)
Nessa perspectiva, o jogo educativo é imprescindível, porque permite à criança uma aprendizagem por meio de vivências corporais, pela qual pode experimentar sensações e explorar as possibilidades de movimento do seu corpo e do espaço, adquirindo um saber globalizado a partir de situações concretas.
Distintos autores apontam o jogo como um instrumento pedagógico importantíssimo para o desenvolvimento intelectual e cognitivo do educando, no entanto o maior problema se encontra no sentido daquilo que seja o verdadeiro jogo, a sua função, o seu objetivo, a sua praticidade e o seu equilíbrio na educação.
Para RAU (2007, apud Kishimoto, pg. 33)
O significado atual do jogo na educação, segundo Kishimoto, sinaliza a existência de divergências em torno do jogo educativo, que estaria relacionado concomitantemente a duas funções. A primeira seria a função lúdica do jogo, expressa na ideia de que sua vivencia propicia a diversão, o prazer, quando escolhido voluntariamente pela criança. A segunda seria a função educativa, quando a pratica do jogo leva o sujeito a desenvolver o seu saber, seus conhecimentos e sua apreensão de mundo. O equilíbrio entre estas duas funções seria então o objetivo do jogo educativo.
Por tanto, a utilização do jogo em todas as suas dimensões o docente deve planejar a sua pratica pedagógica adequando o jogo ao conteúdo trabalhado, visando alcançar os objetivos proposto. Para a aplicação o professor deve considerar a faixa etária dos alunos, a quantidade de participantes, o espaço disponível e a complexidade. O jogo também pode acender comportamento inesperado, pois todo momento é único, e o professor deve estar preparado para tal eventualidade, de modo que consiga contornar a situação inesperada e integrar novamente esse (s) aluno (s), respeitando as suas limitações, ou indicar outras possibilidades para que seja aplicado o recurso, sem se desviar de atingir os objetivos.
O lúdico no processo ensino-aprendizagem
Conforme Rau (2007, apud Costa, p. 32) “a palavra Lúdico vem do latim ludus e significa brincar. Neste brincar estão incluídos os jogos, brinquedos e brincadeiras e a palavra é relativa também à conduta daquele que joga, brinca e que se diverte”. Entretanto, o lúdico passou a ser reconhecido como traço essencial de psicofisiologia do comportamento humano. Desse modo o lúdico propicia o aprender pelo jogo, e logo aprender brincando.
Segundo Rau (2007, apud Friedmann, p.36)
A escola é um elemento de transformação da sociedade, sua função é contribuir, junto com outras instâncias da vida social, para que essas transformações se efetivem. Nesse sentido, o trabalho da escola deve considerar as crianças como seres sociais e trabalhar com elas no sentido de que sua integração seja construtiva.
O educador tem um importante papel na construção do educando, devendo estimular o educando a atuar em sociedade de forma crítica e reflexiva.
Segundo Rau (2007, p. 40)
É necessário entender
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