A CRIANÇA CONCRETA, COMPLETA E CONTEXTUALIZADA
Por: Ednelso245 • 25/6/2018 • 968 Palavras (4 Páginas) • 650 Visualizações
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Discuta seu significado no processo de consciência de si:
R: São contemporâneas das atividades sensório-motoras e projetivas, que as tornam possíveis, mas que vão ser ultrapassadas, dando origem à pessoa consciente. Já tendo descoberto seus pés e suas mãos, a criança experimentava os limites do próprio corpo, numa exploração sistemática. A individualização de cada parte do corpo e sua integração numa unidade corporal vai causar uma delimitação de si em relação aos outros.
7) Vendo as imagens do grupo de crianças ao qual pertence, filmadas em dias anteriores, L. (33 meses), parecendo entusiasmada com a própria imagem, identifica-se espontaneamente como L, utilizando a terceira pessoa para referir-se a si mesma. Em seguida diz “Sou eu! Sou eu!”. Como você explica essa situação?
R: Wallon denomina esse período como “período do espelho”, quando a objetivação do próprio corpo, possível graças às diferentes formas de duplicação da própria imagem e aos primeiros avanços ao mundo simbólico, permitirá à criança conhecer-se de fora para dentro, integrando a sensação, percepção e imagem de si mesma. E até então, a criança utiliza o termo “eu” ocasionalmente, referindo-se a si mesma na terceira pessoa.
8) Exigir que a criança pequena fique sentada, parada, impede-a de pensar. Relacione essa afirmação com o pensamento ideomotor.
R: O andar possibilita à criança o reconhecimento espacial dos objetos e de si mesmo, ou seja, ela manipula os objetos, deslocando-os ou deslocando-se, o que vai permitir seu reconhecimento e agrupamento, numa apropriação de suas qualidades. Impedir a criança de se deslocar, segundo Wallon, a impede de pensar, pois o pensamento é sustentado pela motricidade e, gradativamente, ao longo da infância, a motricidade se reduzirá aos movimentos vocais, e o pensamento será impulsionado pela fala.
9) Qual é o papel da imitação no desenvolvimento da criança?
R: Através da imitação, a criança recria as ações do meio humano, estruturando os elementos sensoriais num conjunto para reconstruí-las, depois de um período. O poder de imitar reflete uma fusão à situação ou ao objeto, ou seja, é perceber, elaborar e copiar uma ação no aqui e agora. O “querer” imitar, contudo, sobrepõe-se a essa ação. Entre essas ações se coloca no simulacro, que corresponde à mimica, cuja ação se realiza independente da permanência do objeto.
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