Essays.club - TCC, Modelos de monografias, Trabalhos de universidades, Ensaios, Bibliografias
Pesquisar

A CONTRIBUIÇÃO DOS CONTOS DE FADAS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA

Por:   •  27/3/2018  •  9.186 Palavras (37 Páginas)  •  449 Visualizações

Página 1 de 37

...

O trabalho foi dividido da seguinte forma: O primeiro capítulo tratou sobre o Orientador Educacional como um todo, ou seja, seu contexto histórico, sua formação, atribuições e competências e sobre os grandes desafios que o seu exercício o reserva.

O segundo capítulo mostrou como os contos de fadas podem auxiliar na prática pedagógica do Orientador Educacional e um breve histórico sobre os contos de fadas e seus principais autores.

O terceiro e último capítulo veio estimular “o contar histórias”, com seus métodos e livros adequados para cada tipo de mediação que o Orientador poderá vir a usar.

2. CAPÍTULO I

O ORIENTADOR EDUCACIONAL

2.1 Contexto Histórico

A orientação é uma prática que sempre esteve presente na vida do ser humano. Através dos anciões, dos pais e dos líderes de uma comunidade, o orientar, o dar rumo, o direcionar já eram praticados por estas pessoas com o intuito de ajudar e organizar a convivência dos grupos sociais. Descobrir a vocação de um filho ou de um neto não era uma tarefa tão difícil naquela época, pois, através da orientação alguns pais e avós já conseguiam visualizar o futuro de seus entes.

A Orientação Educacional surgiu nos Estados Unidos no início do século XX. Seu objetivo principal era o de orientar os alunos em relação à escolha profissional, no entanto, diante de tantas dificuldades e inseguranças apresentadas, houve a necessidade de ampliar suas atividades preparando-os então também para a vida pessoal e social.

A orientação que era praticada dentro das escolas não se preocupava em desenvolver o aluno, mas tinha o intuito de qualificá-lo para sua vida profissional tornando-se assim uma necessidade do sistema escolar e não da escola.

O Brasil fez sua primeira tentativa de inserir a Orientação Educacional em 1931, no estado de São Paulo, onde os alunos recebiam conselhos mais ligados a uma moral religiosa e vocacional.

A Orientação Educacional passou por períodos marcantes sobre a evolução de seu conceito e nessa caminhada obteve várias características para se encaixar no momento histórico em que a sociedade se encontrava naquela época.

Grinspun (2003, p. 16) diz que: "[...] para se compreender as atividades desenvolvidas pelos orientadores, temos que nos deter aos diferentes períodos em que a orientação foi desenvolvida [...]". Sendo assim, para entender as perspectivas das atividades desenvolvidas, o autor esclarece que a Orientação Educacional passou por seis momentos diferentes, onde ele os data e os caracteriza: O primeiro período foi o Implementador (1920- 1941), onde o objetivo básico da Orientação era ajudar os alunos na escolha profissional e ajudar na formação integral de sua personalidade. Seu trabalho era pouco definido;

O segundo, denominado como Período Institucional (1942-1960), foi subdividido em funcional e instrumental, e foi onde ocorreu a exigência legal da orientação nas escolas, que, por meio do esforço do Ministério da Educação e Cultura buscou dinamizá-la, efetivar os cursos que cuidavam da formação dos Orientadores Educacionais. (GRINSPUN, 2003)

O Período Transformador (1961-1970) que traz consigo uma Orientação Educacional caracterizada como educativa, começam a aparecer em eventos da classe, em congressos, e ganha espaço nesse período as questões psicológicas. Tendo em seu bojo, um fazer de orientação, de fora para dentro, a partir da dinâmica do grupo e das atividades que fomentava conflitos dentro da escola. (GRINSPUN, 2003)

Em seguida aparece o Período Disciplinador (1971-1980), onde a orientação estava sujeita à obrigatoriedade da lei 5692/71 que determina, inclusive, o aconselhamento vocacional, ou seja, de vocação. Ao mesmo tempo, a Orientação deveria trabalhar com o currículo da escola, levando os seus orientadores a questionar a sua prática pedagógica. Nesse cenário, as diretrizes indicavam para uma visão sociológica e coletiva, ao contrario, os profissionais enquadravam-se em uma visão psicológica.

O quinto é o Período Questionador - década de 80. É neste período que mais se questiona a Orientação Educacional: formação e prática realizada, pois, o ano de 80 trouxe grandes modificações que influenciou na educação e conseqüentemente na forma de fazer orientação. Isso levou a ser caracterizado como o período onde se realizou muitos cursos de capacitação voltados para os profissionais. (GRINSPUN, 2003).

Contudo, inicia-se o momento onde o Orientador Educacional se viu na necessidade de "[...] participar do planejamento - não como benesse da orientação, mas sim como um protagonista do processo educacional procurando discutir objetivos, procedimentos, estratégias e critérios de avaliação [...]," com isso, trazer a realidade social do aluno para dentro das ações da escola. Dessa forma poderia refletir sobre a ação do aluno, baseado na relação escola e meio externo (sociedade). (GRINSPUN, 2003, p. 20).

O sexto e último período, O orientador (a partir de 1990) supostamente o período de “orientação” para a educação pretendida. São projetadas perspectivas para o Orientador Educacional, que não fará mais parte do planejamento da escola de forma desvinculada e sim como relata Grinspun (1994 p. 27-28):

A Orientação Educacional passaria, pois a participar: na mobilização para o conhecimento; articulando realidade e objetivo; pelo levantamento as representações individuais e do grupo; na construção da identidade do cidadão crítico, participativo e consciente de seus direitos e deveres; nas questões da afetividade e cognição como características interligas ao indivíduo.

Atualmente o Orientador Educacional vive um período considerado crítico e representa um caminho social necessário dentro da escola e da comunidade para arregimentar os que nela atuam formando integralmente os cidadãos.

2.2 A Formação do profissional de Orientação Educacional

MARTINS (1992, p. 30) diz que o Orientador Educacional é a pessoa responsável pelo serviço de orientação, cabendo a ele planejar, organizar e programar a Orientação Educacional na escola.

Para que o Orientador seja capaz de realizar o seu trabalho com êxito, conscientizando toda a comunidade escolar da sua importância como membros ativos para o funcionamento e desenvolvimento da Orientação Educacional e que possa conseguir colocar suas competências em ação, é preciso que este possua

...

Baixar como  txt (58.9 Kb)   pdf (119.2 Kb)   docx (45.5 Kb)  
Continuar por mais 36 páginas »
Disponível apenas no Essays.club