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A AVALIAÇÃO E SUA PRÁTICA NAS ESCOLAS DE ANOS INICIAIS E DA EJA

Por:   •  4/4/2018  •  4.308 Palavras (18 Páginas)  •  421 Visualizações

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Sabemos que a avaliação está presente em nossas vidas, em nosso dia a dia, nas nossas atitudes, mas iremos nos centrar na avaliação de cunho educativo e pedagógico, aquela praticada no âmbito institucional do ensino aprendizagem, se articulando com um projeto pedagógico e o projeto de ensino, onde a avaliação, para Luckesi (1998, p. 71) “tanto no geral quanto no caso especifico da aprendizagem, não possui uma finalidade em sí; ela subsidia um curso de ação que visa construir um resultado previamente definido”.

Como estamos falando de avaliação da aprendizagem educacional, ou seja, voltada para o educando, o subsídio está voltado para a garantia da qualidade dos resultados que estamos construindo. Por isso, o autor nos fala, que não podemos estudar, definir e delinear sem um projeto articulador.

Vimos no texto base sobre a obtenção da medida dos resultados da aprendizagem, onde o autor coloca sua opinião favorável e de grande necessidade para poder aferi-la. A respeito da medida dos resultados da aprendizagem, Luckesi (1998, p. 73) diz que:

Pode-se questionar, é claro, se o processo de medir, utilizado pelos professores em sala de aula, tem as qualidades de uma verdadeira medida, mas isto não vem ao caso aqui. Precária ou não, importa compreender que, na aferição da aprendizagem, a medida é um ato necessário e assim tem sido praticada na escola. Importa-nos ter clareza que, no movimento real da operação com resultados da aprendizagem, o primeiro ato do professor tem sido, e necessita ser, a medida, porque é apartir dela, como ponto de partida, que se pode dar os passos seguintes da aferição da aprendizagem.

Percebemos então o objetivo do estudo, quando se baseia nas três condutas que os professores têm adotado: Medida do aproveitamento; transformação da medida em nota ou conceito; utilização dos resultados identificados. A partir daí, Luckesi (1998, p. 72) busca “[...]caracteristicas que indicarão se os atos de aferição do aproveitamento escolar, praticados pelos professores, são de verificação ou de avaliação”.

A partir do terceiro item de procedimentos que o autor cita e discorre, tendo uma visão crítica construtiva, no intuito de buscar soluções para a melhoria da qualidade do ensino, mesmo que numa etapa já de aferição de resultados. Reflete o que acontece na prática do ensino atualmente, já adquirido tradicionalmente, buscando resultados quantitativos e não qualitativos.

Pudemos perceber e refletir sobre as possibilidades de utilização das notas e resultados, onde o professor simplesmente pode só registrá-lo em um documento; oferecer uma segunda chance ao educando para melhoria das notas ou, ter uma visão mais profunda no que se refere as dificuldades e desvios do educando na aprendizagem, trabalhando com eles, para que de fato aprendam o que deveriam aprender, de forma a cosntruir os resultados da aprendizagem necessária.

Neste texto, o autor analisa como a avaliação tem sido praticada na escola. Além de discutir aspéctos importantes a serem considerados pelo professor no diagnóstico da aprendizagem de seus alunos.

Diante da pesquisa, tem-se observado que o professor tem utilizado de mecanismos de aferição mais básicos possível, sem muita preocupação no aprendizado do educando, dando-lhe e classificando-lhe como aprovado ou reprovado, sem um objetivo concreto da aprendizagem, mas sim a busca da nota melhor. Neste sentido, Luckesi (1998, p. 75) diz que:

Em síntese, as observações até aqui desenvolvidas demonstram que a aferição da aprendizagem escolar é utilizada, na quase totalidade das vezes, para classificar os alunos em aprovados ou reprovados. E nas ocasiões onde se possibilita uma revisão dos conteúdos, em si, não é para proceder a uma aprendizagem ainda não realizada ou ao aprofundamento de determinada aprendizagem, mas sim para "melhorar" a nota do educando e, por isso, aprová-lo.

Este trabalho deve ser visto como peça chave na discussão e na mudança dos conceitos, até aqui adquiridos, sobre as práticas da escola, no que se refere à avaliação educacional, e para isso, será preciso aplicar uma reformulação nos sistemas de ensino, principalmente na base dos anos iniciais, com maiores investimentos em formação continuada para os professores e profissionais da educação. Precisamos escola, universidade, profissionais formados e ainda em formação, de acordo com Luckesi (1998, p. 75), estarmos “em nossa ação docente, polarizados pela aprendizagem e desenvolvimento do educando; a efetiva aprendizagem seria o centro de todas as atividades do educador”.

Refletimos então, se a escola opera com verificação ou avaliação e, vimos como o autor diferencia esses conceitos para chegar a uma conclusão condizente com a realidade escolar de hoje. Segundo Luckesi (1998, p. 76):

A partir das observações, podemos dizer que a prática educacional brasileira opera, na quase totalidade das vezes, como verificação. Por isso, tem sido incapaz de retirar do processo de aferição as consequencias mais significativas para a melhoria da qualidade e do nível de aprendizagem dos educandos. Ao contrário, sob a forma de verificação, tem-se utilizado o processo de aferição da aprendizagem de uma forma negativa, à medida que tem servido para desenvolver o ciclo do medo nas crianças e jovens, através da constante “ameaça” da reprovação.

Deste modo, não temos dúvida de que precisamos buscar a melhoria da qualidade da educação, estabelecendo novos padrões e instrumentos avaliativos capazes de atribuir a qualidade dos resultados da aprendizagem e o desenvolvimento do aluno.

3 REFLETINDO SOBRE O ATO DE AVALIAR

O texto trabalha a preocupação e a importância dada à avaliação da aprendizagem do educando, na busca da qualidade de vida, onde a avaliação da aprendizagem é o recurso pedagógico, tanto para o educador, como para o educando, na sua construção do modo de vida com qualidade.

Entendemos que a avaliação da aprendizagem tem sido vista como uma ameça para os educandos, no momento de aferição dos resultados, devido ser confudida com a prática do exame. O exame em si, já é um vilão, opositor do educando, pois sua prática é seletiva, classificatória, estimula a compentição, é excludente em todos os sentidos, tornando-se incapaz o individuo que não alcançar a nota adequada e desejada pelo sistema. A ação do exame é ditatório, se resumindo em duas resultados: a aprovação e a reprovação.

A avaliação na visão construtivista, tem que acolher, incluir o individuo com todo o seu ser, com

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