A INCLUSÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS NOS ANOS INICIAIS DA ESCOLA JOÃO BATISTA PACHECO

...

A Escola João Batista Pacheco fornece o apoio necessário para que os professores atendam as necessidades dos alunos portadores de necessidades especiais, diante do processo de inclusão?

- OBJETIVO GERAL

Verificar como o professor trabalha diante do processo de inclusão com os alunos com necessidades especiais na Escola João Batista Pacheco.

- OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Teorizar a inclusão no contexto dos anos iniciais;

- Verificar as estruturas disponibilizadas pela escola para o processo de inclusão;

- Analisar a situação em que se encontram os professores de apoio diante do processo da inclusão;

- Compreender a opinião dos professores sobre possíveis medidas que possam contribuir para a melhoria do processo de inclusão.

.

- JUSTIFICATIVA

Apesar de sua importância, o processo de inclusão ainda é um tema pouco abordado, e a busca por respostas para conhecer melhor seu funcionamento é o que motiva o interesse em pesquisar e conhecer de perto a opinião dos professores sobre as condições em que eles estão trabalhando e se todos os meios disponibilizados a eles são suficientes para atender as necessidades de seus alunos.

Conhecer a visão do professor será importante, pois ele relatará suas ideias e proporá melhorias para que os alunos com certas necessidades tenham tudo o que precisam para se desenvolverem e ultrapassarem os limites causados por suas dificuldades.

Diante disso, a escola poderá analisar todas as propostas e buscar recursos para obter condições melhores aos professores para proporcionarem a seus alunos um processo de ensino e aprendizagem com êxito.

- METODOLOGIA

O presente projeto de pesquisa propõe investigar o processo de inclusão de alunos especiais na Escola João Batista Pacheco, onde os professores de apoio poderão descrever suas experiências boas e ruins nesse processo.

Primeiramente será feita a pesquisa bibliográfica para compreender o processo de inclusão no contexto das series iniciais. Em seguida serão utilizados instrumentos de coleta de dados, como entrevistas e observações através de uma pesquisa de campo. Por meio da interpretação dos dados coletados, a pesquisa poderá contribuir para a adaptação das melhorias que os professores irão propor para a escola. Será necessário haver um contato direto com os professores e alunos para compreender melhor sobre o assunto e fazer a análise sobre todo o trabalho de inclusão realizado nessa escola.

Essa investigação será qualitativa, pois “[...] trata de um universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo de relações dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis”. (MINAYO, 1998, p. 32).

- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A inclusão é um processo que ganhou seu espaço há pouco tempo no meio educacional e ainda existem muitas lacunas a serem preenchidas sobre essa questão. Ela está baseada na concepção de uma Educação para todos, em que as escolas devem atender todas as crianças independentemente de suas condições físicas, sociais, intelectuais e etc.

A lei Brasileira de inclusão entrou em vigor em Janeiro de 2016 (LBI) chamada também de Estatuto da pessoa com deficiência (Lei 13.146/2015). BRASIL, 2016.

Essa lei foi de grande avanço para derrubar as barreiras enfrentadas nesse processo. Ela possibilita ao aluno especial, vários direitos para uma vida social normal. A inclusão de alunos com necessidades especiais nas escolas abrem a eles várias portas para o processo de ensino e aprendizagem, o que visa a facilitar a vida do educador e do educando, visto que seja obrigatório por lei que as escolas ofereçam todos os recursos necessários para o bom desenvolvimento desses alunos.

Um dos principais documentos da inclusão é a declaração de Salamanca, que por ser inovadora proporciona a oportunidade única de colocação de educação especial dentro da estrutura da educação para todos. Segundo esse documento as escolas que abrangeram a inclusão devem responder as diversas necessidades dos alunos, assegurando uma educação de qualidade a todos por meio de um currículo apropriado, de estratégias de ensino, uso de recursos e etc. Alves (2009) relata que para uma educação inclusiva mais efetiva:

O importante não é só capacitar o professor, mas também toda equipe de funcionários desta escola, já que o indivíduo não estará apenas dentro de sala de aula. [...] Alguém tem por obrigação treinar estes profissionais. Não adianta cobrar sem dar subsídios suficientes para uma boa adaptação deste indivíduo na escola. Esta preparação, com todos os profissionais serve para promover o progresso no sentido do estabelecimento de escolas inclusivas. (ALVES, 2009, p.45,46).

Para trabalhar nessa área o professor de apoio precisa de um suporte adequado para atender os alunos com necessidades especiais. De acordo com Salamanca (1994), “toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de aprendizagem que são únicas”. Diante disso, os professores devem receber todo auxílio e recursos possíveis para que possa atender essa demanda, o que se torna difícil já que, segundo Carvalho:

Os professores tem se queixado de sentimentos de segregação. Os que atuam na educação especial, lamentam não serem incluídos em todas as reuniões pedagógicas que acontecem nas escolas ou nas Secretarias de Educação, ficando limitados as que são organizadas pela educação especial. Curiosamente seus pares que trabalham em turmas regulares, também não são convidados para participar dos trabalhos pedagógicos promovidos pela educação especial. (1998 p.91)

De acordo com Bueno (1999), “dentro das atuais condições da educação brasileira, não há como incluir crianças com necessidades educativas especiais no ensino regular sem apoio especializado, que ofereça aos professores dessas classes, orientação e assistência”.

Outro autor que contribuiu muito nesse contexto foi Vygotsky, que ofereceu um novo paradigma para compreender as dificuldades dos alunos com necessidades especiais, ele afirma que “todas as crianças podem aprender e se desenvolver... As mais sérias