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ANÁLISE LINGUÍSTICA CARTAS FAMILIARES: EM TORNO DE WASHINGTON LUÍS

Por:   •  7/5/2018  •  1.458 Palavras (6 Páginas)  •  455 Visualizações

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Por fim, os pronomes pessoais subdividem-se em pronomes pessoais do caso reto, pronomes pessoais oblíquos e pronomes pessoais de tratamento. Pronomes pessoais do caso reto são aqueles que substituem os substantivos e indicam as pessoas do discurso (eu, tu, ele, nós, vós, eles)

Pronomes pessoais oblíquos podem ser tônicos ou átonos. Quando tônicos, são sempre precedidos de uma preposição e substituem um substantivo que tem função de objeto indireto. Quando átonos, não são precedidos de uma preposição e podem substituir um substantivo que tem função de objeto direto ou de objeto indireto.

- tônicos: mim, comigo, ti, contigo, ele, ela, nós, conosco, vós, convosco, eles, elas.

- átonos: me, te, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes.

Pronomes de tratamento são formas nos dirigirmos à pessoa com quem estamos falando ou de quem estamos falando no discurso. Exemplos: você, senhor, senhora, senhorita, Vossa Senhoria, Vossa Excelência, Vossa Eminência, Vossa Santidade, Vossa Reverendíssima, Vossa Alteza, Vossa Majestade, entre outros.

Para a realização deste trabalho recortamos apenas os pronomes de tratamento.A utilização de determinados pronomes de tratamento mediante a tantos outros presentes na língua, sugere que boa parte dos anos 90 alguns signos linguísticos tinham mais prestígios do que outros como demonstraremos a seguir. Sob a ótica da Análise do Discurso, os pronomes escolhidos para compor as cartas da família de Washington Luís é uma resposta direta ou indireta orquestrada pelo próprio discurso. Assim, segundo Pêacheux (1969), “o processo discursivo não tem, de direito, um início: o discurso se estabelece sempre sobre um discurso prévio”.

Para que possamos fazer essa análise, é importante considerar que o português nos anos 90 representa uma das fases de transição da língua, que está em constante e gradual mudança. Se lermos e tentarmos compreender um texto nessa variação do português, muito provavelmente teremos certa dificuldade, mesmo com uma análise cuidadosa. Entretanto, no que diz respeito aos pronomes de tratamento, que é o recorte escolhido, não há variações tão expressivas, apenas algumas formas caíram de uso assim como alguns títulos de nobreza hoje instintos.

Há de se considerar os fatores históricos e sociais da produção pra localizar melhor como e por que os falantes legitimaram (de forma lenta, gradual e usual) as alterações na língua. No caso específico desse texto, considerando o recorte citado anteriormente, o Estado de São Paulo ainda tinha em seu território os títulos de nobrezas herdados do Império, grandes e poucas propriedades de terra pertencentes a uma determinada família – o que diga-se de passagem ainda existe no Brasil - e passava por um processo de reorganização e consolidação social e, portanto, os falantes moradores do local presenciavam a intervenção de outras culturas e línguas, principalmente considerando as grandes imigrações europeias.

Os sistemas linguísticos não se encontram em perfeito equilíbrio, o que favorece a mudança linguística, como nas ocorrências que iremos analisar a seguir. Essas variações e alterações da língua não são consideradas fenômenos a serem estudados de maneira isolada, devendo-se considerar, como mencionado anteriormente, o contexto social, político e histórico das produções linguísticas.

- OBJETIVO

O objetivo deste trabalho é levantar nas cartas pessoais em torno de Washington Luís ocorrências que atestem as características do português no começo do século XX, à respeito da utilização pronominal de tratamento, produzindo uma análise linguística. Analisaremos, então, ocorrências de variação e/ou consolidação de processos linguísticos, assim como alguns aspectos do funcionamento da língua, considerando seu processo de formação.

- ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICIAS DO PORTUGUÊS PAULISTA NO INICIO DO SÉCULO XX.

-

3.1.1

- CONCLUSÃO

- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Castro, Ivo. Introdução à historia do português. 2 ed. Lisboa, 1945.

FARACO, Carlos Alberto. Lingüística Histórica: uma introdução ao estudo da história das línguas. São Paulo: Parábola Editorial, 2005.

_____________________. Introdução à história do português. Lisboa, Edições Colibri, 2006.

MATTOS E SILVA, R. V. O português arcaico: Fonologia. São Paulo: Contexto, 1991.

MEGALE, H. A. Demanda do Santo Graal. São Paulo, EDUSP, 1988.

SILVA NETO, Serafim da. História da língua portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Livros de Portugal.

Silva, Rosa Virginia Mattos. O português arcaico: fonologia. 3 ed. – São Paulo:Contexto; 1996 – Coleção: Repensando a Língua Portuguesa).

______________________ Como se estruturou a língua Portuguesa? Disponível em: http://www.estacaodaluz.org.br. Acesso em: 18 de junho 2016.

Teatro de autores portugueses do século XVI. http://www.cet-e-quinhentos.com/autores. Acessado em julho e agosto de 2016.

TEYSSIER, PAUL. História da língua portuguesa. Trad. Celso Cunha. São Paulo, Martins Fontes, 1982.

- ANEXOS

Tabela descritiva 1

Plano Fonologico

Personagens

O

I

Fidalgo

Diabo

cá vindes vós que cousa é esta?

coisa

cousa qu’esteve na igreja

coisa

e que cousas pera mi.

coisa

Que cousa tam preciosa.

coisa

d’esgrima que é cousa

...

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