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A HISTÓRIA DOS SURDOS

Por:   •  23/1/2018  •  2.371 Palavras (10 Páginas)  •  469 Visualizações

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A Língua Brasileira de Sinais foi desenvolvida a partir da língua de sinais francesa. .

A língua não é de um país, mas de um povo que se autodenomina povo surdo, isto é, pessoas que se reconhecem culturalmente e não pela ótica medicalizada, e possuem organização política e habilidades, nas quais a habilidade visual é a principal, constituindo o cerne da expressão linguística. Apontando que esse pode ser um caminho mais apropriado para a educação dos surdos.

Há alguns detalhes que facilitam o entendimento da linguagem de sinais, como o fato de os verbos aparecerem todos no infinitivo e os pronomes pessoais não serem representados, pois é preciso apontar a pessoa de quem se fala para ser entendido, o que difere a língua de sinais das outras é a modalidade visual-espacial.

A Língua Brasileira de Sinais é uma modalidade de comunicação que tem adquirido maior visibilidade na sociedade, na medida em que se expandem os movimentos surdos a favor de seus direitos, conforme a cultura e a língua própria do povo surdo,

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HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DOS SURDOS NO BRASIL.

D.Pedro II foi o responsável pelo início da história da educação de surdos no Brasil, ele solicitou ao Marquês de Abrantes que organizasse uma comissão para promover a fundação de um instituto para a educação de surdos-mudos.

A historia da educação de surdos iniciou-se com a criação do instituto de surdo - mudos, hoje é o atual instituto nacional de educação de surdo (I.N.E.S). Fundado em 26 de setembro de 1857, pelo professor surdo Frances Ernet Hwet, que veio ao Brasil a convite do imperador D. Pedro II para trabalhar na educação de surdos.

Entretanto o uso dos sinais permanece até 1957, quando é proibido oficialmente.Na década de 70 chega ao Brasil a filosofia da Comunicação Total.Na década de 80 são iniciadas as discussões acerca do bilinguismo.O Instituto Nacional de Educação de Surdos em 1986 iniciou a implementação da Comunicação Total para os alunos ali matriculados, mas esta tentativa não deu certo, e em 24 de abril de 2002, foi sancionada a lei nº 10.436 que reconhece a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) como meio legal de comunicação e expressão.

Surgiram nas escolas as Salas de Recursos e Classes Especiais para surdos, mantidas através de recursos públicos e privadas.Desta forma os surdos, assim como os demais educandos especiais, passaram a ter os seus direitos à educação garantida, com uma formação que lhe dê autonomia no mercado de trabalho.

.A Secretaria da Educação Especial do ministério da Educação (MEC), produziu o dicionário digital da Língua Brasileira de Sinais- Libras, na forma de CD-Rom. Ele foi criado com objetivo de ajudar na capacitação dos professores que irão atuar com alunos..

3.1 Oralismo (1911):

O objetivo dessa abordagem educacional que visa à integração da criança surda em direção à normalidade, negando, dessa maneira a surdez e enfatizando predominantemente a aquisição da fala.

Oralismo busca inserir o surdo na comunidade ouvinte priorizando a língua oral dos pais, negando a surdez e, priorizando o aprendizado da fala e não da linguagem de sinais, considerando assim o surdo como um ouvinte com defeito e busca com o aprendizado da fala uma maneira de igualar os surdos dos ouvintes, alunos surdos ensinados com métodos educacionais focados no oralismo não têm bons rendimentos acadêmicos e da oralidade.

O oralismo vê a surdo como um ouvinte com defeito e entende que a aquisição da oralidade representa a possibilidade de igualar os surdos aos ouvintes.

É como se o surdo deixasse de ser surdo ao aprender a falar, já que segundo essa abordagem, a ausência da fala seria o aspecto que a diferencia dos ouvintes.

3.2 Comunicação Total (1970):

Comunicação total entende o surdo como uma pessoa e não alguém com uma patologia médica. Trabalha com a completa liberdade de expressão dos surdos tanto por meio da oralidade, sinais, da soletração ou combinação desses modos. O sistema de linguagem por sinais utilizado no Brasil é o português sinalizado, o português sinalizado não garante melhorias no rendimento acadêmico, o surdo muitas vezes não entende o que é comunicado por esse meio, por que o processo é o uso dos sinais em uma estrutura gramatical que ele não conhece, dificultando o entendimento da mensagem que está sendo passada para ele.

A comunicação total, não inclui técnicas e recursos para estimulação, auditiva, adaptação de aparelhos de amplificação sonora individual, leitura labial, oralização, leitura e escrita.·.

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Bilinguismo (1980 até hoje):

Defende o direito e a necessidade desses indivíduos adquirirem a língua de sinais como primeira língua e a língua majoritária dos pais como segunda.

O bilinguismo pode garantir ao indivíduo surdo um desenvolvimento linguístico e cognitivo semelhante ao percebido em indivíduos ouvintes.

A educação bilíngue tem o objetivo educacional de tornar presentes duas línguas no contexto escolar, no qual estão inseridos alunos surdos. Alem da presença da língua de sinais, o currículo de uma escola bilíngue deve se orientar, também, pelas questões sociais, políticas e culturais da comunidade surda.

A educação com base no bilinguismo é a única que os surdos poderiam dominar plenamente e que suprimia todas as suas necessidades de comunicação e cognitivas alem de propiciar ao surdo atingir a terminalidade escolar equiparada à dos ouvintes.

O Bilinguismo facilita a comunicação da comunidade dos surdos adultos facilitando sua comunicação. O Bilinguismo desempenha uma importante função de suporte do pensamento e de estimulador do desenvolvimento cognitivo e social.

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CULTURA SURDA.

A votação do Congresso de Milão provocou um "rombo" que ocasionou uma queda na educação de surdos e agora os povos surdos estão criando forças e ânimo para levantarem-se e lutarem pelos seus direitos à educação.

A língua de sinais esteve proibida por mais de 100 anos, mas sempre esteve viva na mente dos povos surdos até hoje, no entanto, eles utilizavam a língua de sinas às escondidas. Foi o que sustentou a comunidade surda naqueles dias obscuros.

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