O ENSINO DA GRAMÁTICA DE LINGUA PORTUGUESA NAS ESCOLAS
Por: Kleber.Oliveira • 20/4/2018 • 9.463 Palavras (38 Páginas) • 411 Visualizações
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buscou-se: Pontuar os tipos de gramática, Descrever como pode-se trabalhar as normas gramaticais e Apresentar propostas de melhoria na eficácia dos alunos para a aprendizagem da gramática por meio de textos, com enfoque nas charges.
Nota-se que há um aumento da presença de charges, cartuns, tiras e quadrinhos nos livros didáticos modernos, é um recurso que estimula a leitura visual, a reflexão e a interpretação. Da mesma forma, percebe-se que a maioria dos alunos apresenta interesse nestes recursos.
Com efeito, este estudo, trata-se de uma pesquisa bibliográfica que tem como aporte os teóricos: Antunes, Travaglia, Neves, Bechara e Possenti entre outros.
O referido trabalho está consolidado em seis capítulos, o primeiro, tem-se a introdução, o segundo capítulo denominado Contextualização, faz referência ao conceito e histórico da evolução da gramática ao longo dos tempos. Já o terceiro capítulo, aborda cinco tipos de gramática: normativa, descritiva, gerativa, internalizada e funcional, respectivamente.
O quarto capítulo, A Gramática na Escola, aponta críticas ao ensino da mesma e tece algumas possíveis sugestões e o quinto capítulo apresenta propostas de melhoria por meio do uso de textos, com enfoque nas charges, depois, o quinto capítulo, tem-se as considerações finais e por último as referências.
Cabe salientar que o referente estudo não tem a pretensão de esgotar o tema, e sim apenas mostrar uma estratégia, uma sugestão que pode ser aplicada na sala de aula para facilitar a compreensão da gramática, portanto, não é uma receita pronta, deve-se levar em consideração a realidade de cada turma.
2 CAPÍTULO I
2.1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Pode-se compreender que a gramática é “um conjunto de regras, de noções coordenadas por um critério e destinadas a preencher uma finalidade”. (FERREIRA, 2008, p.34). A palavra “gramática" tem origem grega –gramma- significa letra, foi desde a sua concepção, utilizada para designar a sistematização dos fatos da linguagem. Veja que naquela época já havia a necessidade de procurar se expressar melhor, de ter uma base para que eles que eram cheios de eias pudessem melhor expressa-las e foi assim que surgiu essa gramática, elaborada na Antiguidade clássica, sistematizada pela Idade Média e pelo Renascimento, segue até hoje, mas é retomada e revisitada, tanto pelos gramáticos quanto pelos linguístas, pois desempenha papel fundamental na vida da sociedade e na escola.
Neste ínterim, menciona-se que: “A primeira gramática elaborada pelo homem foi a do sânscrito cujo objetivo era o de descrever as categorias da língua para evitar “a corrupção” ou modernamente, as variações diatópicas e diastráticas.” (RODRIGUES E SOUZA, 2008, p.02). Identificamos nesta citação que a gramática dentro das ideias desses criadores já passava uma percepção de normatização, ou seja, já existia uma certa regulamentação semelhante ou até mesmo equiparada u uma espécie de lei para que para que a mesma fosse aprendida e seguida com rigor, tal propósito tinha o intuito de diminuir a corrupção.
Os referidos autores também comentam que os gregos estudaram e ampliaram o repertório da gramática, Aristóteles acrescentou o artigo, o pronome, preposição, “categorias gerais do verbo e flexão nominal além de um “manual” de argumentação – a Arte Retórica e a Arte Poética”. (RODRIGUES; SOUZA, 2008, p.03). Com a ideia de melhor organizar os seus textos que também não era de fácil entendimento e ao mesmo tempo ampliava-se o vocabulário, principalmente, quando precisava se comunicar com povos de outras nações que se comunicava através de outro idioma.
Neste sentido:
A gramática teve origem há dois séculos antes da era cristã na escola de Alexandria, sendo os gregos os primeiros a se dedicarem ao estudo gramatical e às suas estruturas gramaticais com objetivo de preservar a pureza da língua grega que estava sendo contaminada por barbarismos (WAAL, 2009, p. 985 apud LIMA 2006).
Da mesma forma:
Na idade média: São Tomaz de Aquino: estudou as classes gramaticais e na Contemporaneamente: João Ribeiro e Júlio Ribeiro: estudaram as palavras, reconheceram a disciplina lexicologia. Com Saussure, início do século XIX, pai da Linguística Contemporânea, a reflexão sobre a língua tomou outros rumos, tornou-se ciência e com ele todo um conjunto de abordagens conceituais e metodológicas que ainda não param de demandar “efeitos de sentido” (RODRIGUES; SOUZA, 2008, p.03).
Olicheski e Wagner (2014) informam que a gramática faz parte da disciplina de Língua Portuguesa, uma das respeitáveis disciplinas do currículo escolar. Com efeito, a gramática é “um conjunto de regras que especificam o funcionamento de uma língua.” (ANTUNES, 2009, p.85). Sendo assim compreende-se que a gramática é o estudo das normas da língua portuguesa com diversas variações e um enorme vocabulário tem que ter uma maior dedicação por parte dos professores utilizando novos métodos de ensino na escola para que o aluno veja que essa disciplina não é apenas mais uma a ser ensinada e sim que ela é necessária para a sua formação.
De acordo com Travaglia (2009), a perspectiva de gramática envolve o entendimento de que esta se apresenta como um manual de uso da língua e que como todo manual deve ser seguido para que se possa dizer que há domínio da língua, portanto, quem segue a gramática e a utiliza de forma adequada é visto como detentor de um sistema gramatical e quem não assim procede é visto como agramatical. Nessa linha de pensamento, o autor expõe que a gramática é importante e deve ser bem aproveitada para que se realize uma comunicação correta e com perfeito entendimento, de forma que haja melhor compreensão.
A falha em uso de gramática tem se apresentado como um desafio e um problema no que se refere a ampliação de competência dos alunos, segundo exposto por Antunes (2003), em face de problemas com fala, leitura e redação de textos relevantes. O mesmo autor explica que as aulas de língua tem se mostrado em processos de equívocos de uso de língua, visto que também se têm entendido de forma equivocada as reais funções da gramática da uma língua, em face de limitações de suas aplicações, ou seja, as aulas não se apresentam como possibilidades de ampliação de conhecimento linguísticos
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