MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE ATIVIDADES
Por: eduardamaia17 • 9/11/2018 • 1.629 Palavras (7 Páginas) • 300 Visualizações
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Não vimos na BNCC sugestão de espaço para o trabalho com a metalinguagem em sala de aula, frisando que sempre há o momento da metalinguagem, o momento de nomear certos fenômenos e estruturas. Fazendo referência a um dos objetivos da BNCC para o ensino de língua portuguesa no nono ano do ensino fundamental (perceber os recursos de coesão e coerência de um texto) e aponta a necessidade de se especificar que recursos são esses sugeridos pelo documento, pois a terminologia recursos de coesão e coerência parece ser muito ampla. Conhecendo a polêmica que se instaura em torno do ensino de gramática como ensino de metalinguagem, é necessária uma abordagem mais gramatical no documento da BNCC, retomando em defesa dessa posição, o discurso do próprio ministro da educação, Aloizio Mercadante. O documento não sistematiza o ensino de gramática, a ponto de indicar que tópicos gramaticais devem ser trabalhados em cada ano escolar, e isso parece dificultar a prática de ensino em sala de aula, podemos assim dizer que mediante este aspecto o documento não é muito claro e objetivo nas suas informações.
A organização da sala de aula para a condução do trabalho didático, especialmente no que se refere à relação humana e à produção do conhecimento, exige do professor, além do domínio dos conteúdos programáticos, algumas condições e atitudes mínimas como autenticidade, cooperação, determinação, solidariedade e respeito mútuo, enfim, comportamentos considerados democráticos. Isso porque a postura do professor é um argumento capaz de convencer o educando sobre a importância da escola e do trabalho ali desenvolvido para sua vida.
A gestão e a organização da sala de aula dependem da construção de regras e procedimentos coletivos, de acompanhamento e da mediação dos comportamentos. Desta forma, é possível que a ordem seja alcançada na sala de aula, de modo a favorecer as atividades de ensino-aprendizagem. Também a adequação do espaço, para que os alunos construam o conhecimento, requer o envolvimento de todos e depende da forma como o professor realiza a gestão da sala de aula. Portanto, a aprendizagem dos conteúdos científicos e da vivência no contexto da escola não prescinde do diálogo e da tomada de decisões pelo conjunto dos sujeitos envolvidos no processo.
Quando o professor planeja suas atividades, ele dispõe de maiores condições para assegurar a qualidade do seu trabalho pedagógico. O papel do professor é proporcionar condições para que o conhecimento seja adquirido pelo aluno, e para isso, ele deve administrar bem o tempo e o espaço escolar, selecionar os objetivos e as atividades curriculares, dosar os conteúdos e construir a convivência, sem jamais excluir os alunos que criam situações conflitantes, que devem ser consideradas como uma oportunidade de aprendizagem, desde que saiba tirar proveito delas.
O fazer em sala envolve, ainda, antecipação, ou seja, a previsão do tempo para o desenvolvimento do trabalho em todas as etapas. Todas as atividades requerem a atenção e o acompanhamento do professor, que deve organizar e sequenciar os conteúdos, prevendo o tempo para a realização das atividades. A ação educativa se caracteriza pela intencionalidade de garantir a construção de conhecimentos amplos e diversificados e, por isso, pode ser entendida como gestão. O ato de ensinar é também uma ação administrativa, já que envolve planejamento, organização e coordenação.
A educação é um grande desafio, tanto no que diz respeito às políticas e programa nacionais quanto no âmbito restrito de uma sala de aula, atualmente é comum enfatizar a importância do papel da educação na sociedade.
O governo brasileiro tem adotado diversas estratégias que visam melhorar e universalizar o ensino, em função de objetivos específicos relacionados às demandas da sociedade de cada tempo e às posições ideológicas de cada governo. Em tempo com às diversas iniciativas, ocorreu o desenvolvimento do mercado editorial ligado ao Livro Didático, sendo que este passou a assumir, sempre com maior importância, boa parte da responsabilidade pela organização dos conteúdos e das formas de administração dos mesmos em sala de aula. Esta comissão chegou a tal ponto que existe uma comissão criada pelo governo, que analisa e classifica os diversos LDs disponíveis no mercado, verificando em que medida eles respondem às necessidades apontadas pelos PCN, em suas relações ao ensino de língua portuguesa. A realidade ainda é muito complexa pois os problemas estruturais, operacionais e sociais que influenciam no processo educacional são ainda muito acentuados. Nesta hora encontramos muitos desafios, aproximar a prática pedagógica das teorias atualmente em voga, sob as quais os próprios PCN foram elaborados, requer muito esforço e em diversas frentes, tais como a formação dos professores, a melhoria das condições de trabalho dos profissionais ligados à educação e das condições sociais dos alunos e famílias.
Com base no documento BNCC, podemos abordar alguns conteúdos e analisar os alunos, com base em algumas ideias. São elas:
- Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso;
- Reconhecer a língua como meio de identidades de seus usuários e da comunidade a que pertencem;
- Demonstrar atitude respeitosa diante das variedades linguísticas, rejeitando preconceitos linguísticos;
- Valorizar a escrita como bem cultural da humanidade;
- Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de linguagem adequado à situação comunicativa, ao interlocutor e ao gênero textual;
- Analisar argumentos o opiniões manifestados em interações sociais e nos meios de comunicação, posicionando-os criticamente em relação a conteúdos discriminatórios que ferem direitos humanos;
- Reconhecer o texto como
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