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A inclusao racial na escola

Por:   •  17/11/2018  •  3.286 Palavras (14 Páginas)  •  415 Visualizações

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Esta pesquisa, de caráter bibliográfico, serve-se de modo qualitativo de teóricos renomados e que dão a riqueza científica necessária ao estudo dentre os quais aparecem Delors (2001), Dewey (1980), Moura (1994).

Com base nesses autores, a pesquisa científica se apresentará em quatro capítulos. O primeiro diz respeito ao preconceito existente em sociedade, com ênfase na discriminação experenciada pela sociedade brasileira como um fator de exclusão de muitos. No segundo capítulo discute-se a inclusão racial, a necessidade de conscientizar as pessoas sobre a importância de incluir todos, onde a escola tem um papel fundamental para que isso aconteça.

O terceiro capítulo discute as Leis que asseguram a inclusão a todas as raças e a necessidade de que todos fiquem cientes dessas informações.

O quarto e último capítulo discuti a importância do assunto na abordagem escolar, no sentido de formar cidadãos mais conscientes e pró-ativos.

Esta pesquisa, portanto, tem a finalidade de discutir o preconceito racial a partir da importância que a escola possui no processo de formação e inclusão de pessoas em seu ambiente, para que seus educandos entendam e principalmente compreendam que acima de qual quer coisa, devem respeitar a convivência com as diferenças.

Obviamente que essa não pode ser vista como uma pesquisa acabada, concluída. Porém, preconiza a possibilidade de novas descobertas a partir do incômodo tão natural ao docente pesquisador.

1 O preconceito racial em sociedade

A palavra preconceito é etimologicamente constituída, (entende-se por etimologia o estudo do significado de uma palavra a partir dos componentes que a constituem) por duas partes diferentes: pré, que dá ideia de algo anterior, antecedente, que existe de forma primária, primeira, precedente; e conceito, aquilo que se entende ou compreende em respeito de algo, derivado do latim conseptus, que se refere à construção ideal do ser ou de objetos apreensíveis cognitivamente.

Mezan (1998, p.46),

define preconceito como um conjunto de crenças, atitudes e comportamentos que consiste em atribuir a qualquer membro de determinado grupo humano uma característica negativa, pelo simples fato de pertencer àquele grupo: a característica em questão é vista como essencial definidora da natureza do grupo, e, portanto adere indelevelmente a todos os indivíduos que o compõem na sociedade brasileira.

Uma das maiores formas de discriminação é o preconceito racial que vem se alastrando pelo século atual desde a época da escravidão e tem sido um dos maiores problemas de exclusão na sociedade.

O preconceito racial está espalhado por toda parte do país seja na rua, escola, trabalho, em qualquer lugar. Assim, são comuns as atitudes preconceituosas em nossa sociedade. Exemplo disso é a incoerência ao se definir sobre o candidato a ser escolhido para ocupar uma vaga de emprego. Geralmente, quando se trata de selecionar uma pessoa de etnia branca e um outra negra, salvo quando a função ou cargo é para trabalho considerado braçal e/ou mecânico, a opção será a de etnia branca.

Esse problema com o passar dos anos foi sendo refletido na escola, pois os alunos chegavam na instituição escolar cheios de conceitos trazidos de casa e, por isso, a escola passa a exercer papel fundamental para a mudança de comportamento nos futuros cidadãos de nossa sociedade, pois somente através da formação ética e moral é que será possível reverter esse cenário no futuro.

Segundo Dewey (1980, p. 21),

Á experiência escolar amplia e intensifica a socialização da criança. O contato com outras crianças da mesma idade, com outros adultos não pertencentes ao grupo familiar, com outros objetos de conhecimento, além daqueles vivido pelo grupo familiar vai possibilitar outros modos de leitura do mundo.

Assim, a convivência escolar apropria-se de papel social fundamental em combate ao para que o preconceito em sociedade, pois se todos os alunos, da mais tenra idade, tiverem informação de qualidade e vivência com outras pessoas, com outros seres humanos, com características de cores e raças diferentes, poderão ser trabalhados , lapidados, possibilitando a construção coletiva de uma sociedade mais justa composta por alunos com conceitos diferentes de mundo, no qual todos possam se ver com igualdade e no futuro serem cidadão melhores.

2 Inclusão Racial

Muito comuns são as ações preconceituosas que assolam todas as classes sociais, aqui evidenciando as escolas ou mesmo no ambiente de trabalho, nas ruas e até mesmo no convívio familiar.

Em virtude disso, o professor passa a assumir uma responsabilidade muito grande, haja visto que espera-se que ele seja capaz de passar para os alunos os conceitos de formação cidadã, humanística e humanitária. Afinal, tem sido comum que o aluno já venha de casa com um pensamento apreendido dos pais ou responsáveis, pensamentos muitas vezes fruto da ignorância.

Ser branco, pardo ou preto não importa, o que importa é que temos os mesmos direitos na sociedade e temos que respeitar uns aos outros, sendo esse o raciocínio que garantirá a plenitude da democracia e justiça social.

Portanto, pode-se considerar que o preconceito está inserido em todos os círculos de interação humana, sendo usado no convívio e nos momentos em que nos defrontamos com o diferente. Daí a afirmativa de que o preconceito passa a se tornar um problema na medida em que significados pejorativos são atribuídos a outros indivíduos ou grupos de forma generalizada, sendo associados a traços étnicos ou raciais, julgando as pessoas, desconsiderando suas particularidades.

O preconceito racial é o mais comum e o mais problemático em suas consequências. Uma dessas consequência é o étnico, que também está intimamente ligada a problemas sociais como a desigualdade, a violência e a pobreza.

O combate a esse tipo de preconceito deve ser travado por meio da educação que deve servir de parâmetro de compreensão do mundo e das diferenças, tendo sempre como objetivo a afirmação da igualdade de direitos e deveres que todos temos uns com os outros, independente de sexo, gênero, cor, orientação sexual, crença ou situação econômica.

A escola é o espaço onde se encontra a maior diversidade cultural, por isso trabalhar as diferenças é um desafio para o professor, por ele ser o mediador do conhecimento,

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