Resumo do livro “Discurso e Leitura”, de Eni Pulcinelli Orlandi
Por: Jose.Nascimento • 26/4/2018 • 1.239 Palavras (5 Páginas) • 642 Visualizações
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colocar ênfase tanto na multiplicidade de sentidos quanto no sentido do dominante.
Capítulo 5 de 5
Orlandi chama a atenção para o fato da exclusão da relação do sujeito-leitor com outras linguagens que não a verbal, fundamentando assim a imagem de um sujeito-leitor que tem um relacionamento estrito com a linguagem verbal e apenas no âmbito escolar.
Ao observar a historia de algumas palavras, a autora nos mostra como “é possível constituir a relação do sujeito com o texto ao longo dos tempos” (Haroche, 1984). Começou a existir um maior processo de intervenção do jurídico (capitalismo) sobre o religioso (medieval), ao aparecer mais explicitamente um sujeito, chegando a seu ápice com o romantismo.
A partir de todo esse contexto histórico, somos deixados com a seguinte questão: dada a configuração histórica do sujeito-leitor produzido pela sociedade capitalista, como trabalhar com a relação entre leitura parafrástica-leitura polissêmica?
Parte II; Capítulo 1 de 5
Na segunda parte do livro, vemos que é necessário saber a posição de quem o escreve, sua (possível) intenção em tal enunciado e o contexto.
“De acordo com a análise do discurso, o sentido não existe em si mas é determinado pelas posições ideológicas colocadas em jogo no processo sócio-histórico em que as palavras são produzidas”. (p. 58)
Vários tópicos são discutidos aqui, tais como: heterogeneidade; enunciação e ideologia; o discurso como prática; a produção do sujeito e do sentido; autonomia e unidade de sujeito como efeitos ideológicos; dispersão, unidade e textualidade; texto, sujeito e formação discursiva; autor e função enunciativa; alguns tipos de polifonia; análise do texto “A lição da greve”, IstoÉ (456, p. 72).
Capítulo 2 de 5
Nessa parte, a autora discorre sobre o fato do texto “ser uma dispersão do sujeito” e seus modos de “apagamento” e aponta as diferenças entre ser autor e somente locutor.
Reflete do ponto de vista discursivo, sobre a relação entre a escola e a escrita.
O professor deve incentivar e facilitar o conhecimento do aluno, assim propiciando também mais saber para si mesmo.
Capítulo 3 de 5
No seguinte capítulo: “Significação, leitura e redação” são tratados respectivamente.
Sobre o primeiro, são tiradas suas consequências aparentemente opostas: a relação do discurso com sua exterioridade e seus sentidos múltiplos e a mesma relação e seu uso regulado.
Já sobre a leitura, é citada a previsibilidade da mesma, apesar de não ser absoluta, pois sempre a visão sobre um texto pode ser diferente quando lido em épocas distintas. Existem dois fatores determinantes para essa previsibilidade: “os sentidos se sedimentam de acordo com as condições em que são produzidos e dada a relação entre os textos, o conjunto dessas relações indica como o texto deve ser lido.”
No escopo da relação entre leitura e a escola, dois aspectos importantíssimos são destacados: “a leitura fornece matéria-prima para a escrita: o que se escrever, e a leitura contribui para a constituição dos modelos: o como se escrever.”, ou seja: quantos mais leitura, melhor será a escrita.
Capítulo 4 de 5
Nesse penúltimo capítulo, o assunto é o jornalismo feminino e o feminismo e como a mulher aprendeu a “caminhar no interior das ambiguidades”.
Cita como revistas femininas são classificadas como jornalismo pobre e de baixa qualidade.
Capítulo 5 de 5
E assim, para encerrar o livro, vamos ver as chamadas “formações discursivas” e a partir daí a importância de diferenciarmos “compreensão” de “interpretação”.
Para a interpretação são necessários os elementos que especifiquem uma coesão, já o compreensível é atribuir sentidos em relação ao processo de significação no contexto de situação, ou seja, refletir sobre e não refletir a.
No penúltimo parágrafo é concluído o que a análise do discurso visa, e que pode fornecer contribuição substancial para o trabalho sobre a leitura.
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