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Resumo Livro O que é família - Danda Prado

Por:   •  3/12/2021  •  Trabalho acadêmico  •  4.118 Palavras (17 Páginas)  •  2.197 Visualizações

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Língua Portuguesa

Discente: Weslly Alonso Machado

Docente: Professor Dr. Janio Celso Silva Veiga

Turma: 2021/02

Disciplina:

PRADO, DANDA O que é família/DANDA PRADO. –2.ed.—São Paulo : Brasiliense, 2013. – (Coleção Primeiros Passos ; 50) 1ª reimpr. Da 2ª ed. De 2011.

Introdução

O que é família?

A autora busca abordar a história da humanidade, assim como os estudos antropológicos os povos e culturas distantes de nós, esclarece-nos sobre o que é a família, como existiu e existe. Mostra-nos ainda variadas as formas sob as quais as famílias evoluem, se modificam entre os indivíduos de uma dada sociedade.

Paradoxalmente, todos sabem o que é uma família, no entanto segundo a autora, é difícil definir exatamente o conceito sobre essa palavra, além das definições já conhecidas, compostas por pai, mãe e filhos, o que seria um modelo, visto em livros, filmes e na televisão. Se generalizarmos dessa forma torna-se difícil definir o que entendemos por FAMÍLIA, não é difícil indicar o que seria a NÃO FAMÍLIA. Segundo a autora a natureza das relações familiares vai se modificando com o decorrer do tempo, sofrendo transformações, se não evoluções no decorrer das últimas décadas, relaciona-se aos papeis assumidos por homens e mulheres dentro do núcleo dentro do núcleo familiar, o que remete ao surgimento de uma nova estrutura social.

        A família não é um simples fenômeno natural. Ela é uma instituição social que varia ao longo da História e até apresenta formas e finalidades diversas numa mesma época e lugar, conforme o grupo social que esteja sendo observado. De fato, não se pode mudar a instituição familiar sem que toda a sociedade mude também, cada família varia também a sua composição durante sua trajetória vital, diversos tipos de famílias podem coexistir em uma mesma época e local. Portanto para a autora a família como toda instituição social, apresenta aspectos positivos, como núcleo afetivo, de apoio e solidariedade. No entanto, expõe, ao lado desses aspectos, outros negativos, como a imposição normativa por meio de leis, usos e costumes, que implicam formas e finalidades rígidas.

        É frequente termos melhores contatos com pessoas de fora do círculo familiar que vemos diariamente, do que com os parentes. A relação familiar mantém-se, mas seu conteúdo afetivo, se empobrece. Os critérios de “lealdade” para coma família de origem ou a de reprodução muitas vezes são também conflitantes. Como dizem os termos, família de origem é aquela de nossos pais; família de reprodução, aquela formada por dois indivíduos e os filhos decorrentes dessa relação.

        Apesar dos conflitos, a família é a única em seu papel determinante no desenvolvimento da sociabilidade, talvez porque os laços de sangue ou de adoção criem um sentimento de dever. Além dos laços de sangue, há os compromissos assumidos entre cônjuges e também entre uma criança e um pai “provável”. Por sua vez, se não se recorrer a um teste de paternidade, o homem limita-se a um “ato de fé” naquela mulher que diz ser a mãe de um filho seu ou, em normas legais, que lhe atribuem como seu filho qualquer criança nascida na vigência de um casamento.

Famílias alternativas

Hoje em dia, há diversas experiências substitutivas da família. Entre elas as comunidades, pode-se dizer que uma comunidade nasce da união de alguns indivíduos adultos decididos a viver num grupo social autossuficiente. As comunidades variam muito em sua composição e regras de vida.  Em algumas, mantém-se a monogamia como forma de ligação entre os seus membros, inclusive entre pessoas do mesmo sexo.

Além disso, os membros de algumas dessas comunidades são obrigados a viver clandestinamente na maioria dos países, pois são passiveis de incorrer em vários delitos segundo a Direito vigente, como nos casos de vínculos homossexuais, da pratica de amor livre etc. Em termos econômicos, nessas comunidades cada indivíduo tem suas próprias fontes de subsistência, como agricultura, artesanato e outros.

A família poligâmica existe ainda hoje, de forma institucionalizada, em várias culturas. Um homem, nesse caso vive maritalmente com várias mulheres ao mesmo tempo, que lhe prestam os mais variados serviços, além de lhe dar filhos. O direito de ter várias esposas nunca foi de todos os indivíduos, numa mesma sociedade. Nas regiões agrícolas africanas, ao sul do Saara, 1/3 da população masculina teve ou tem mais de uma mulher. Os restantes 2/3 vivem com uma só ou, em alguns casos, nem se casam.

Em geral, a poligamia institucional só é acessível ao homem pertencente ao grupo dominante, aquele que usufrui de prestígio e/ou poder econômico. Além das experiências de vida em comunidade, existem ainda outras formas de famílias que não cabem nos conceitos clássicos de família. Seria difícil tentarmos aqui distinguir as principais características que as diferenciam das formas tradicionais. Destacaremos algumas:

  1. A família criada em torno a um casamento “de participação”: O marido e a mulher participam das mesmas tarefas caseiras e externas.
  2. O casamento “experimental”: consiste na coabitação durante algum tempo, só legalizando essa situação após o nascimento do primeiro filho.
  3. Outra forma de família seria aquela baseada na “união estável” ou “união livre”: Caracteriza-se pela intenção de recusar a formalização religiosa e a legalização civil, mesmo na presença de filhos.

Nesse novo tipo de união, a sua permanência estaria vinculada à duração de um afeto e interesse real e vivo entre o casal. Ambos estariam preparados, ao menos materialmente, para terminar a relação que se tornou insatisfatória no decorrer do tempo. A união estável foi reconhecida pela Constituição Federal de 1988, que a equiparou ao casamento, com o fim de preservar a família.

  1. A Família homossexual: ocorre quando duas pessoas do mesmo sexo vivem juntas, com ou sem crianças adotivas ou resultado de uniões anteriores.

Uma família é não só um tecido fundamental de relações, mas, também, um conjunto de papéis socialmente definidos. Nem sempre, porém, a opinião geral é unânime, o que resulta em formas diversas de família além do modelo social preconizado e valorizado. O Estado pode exercer controle sobre os indivíduos, impondo-lhes diferentes responsabilidades, conforme cada momento histórico. Sem dúvida, nossa instituição familiar é patriarcal, autoritária e monogâmica.

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