Resenha do Livro: A história Contemporânea da América Latina

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As informações históricas, idéias e conceitos políticos ou econômicos apresentados no livro são relevantes e precisos porque o autor incorporou figuras estatísticas da publicação de agências internacionais, como a galeria das Nações Unidas. Além disso, todas as reivindicações apresentadas nos livros são totalmente respaldadas por outras fontes independentes. Como se lê através do livro, não há informações contraditórias sobre os fatos históricos quanto à América Latina. Encontra-se em sua visão geral de América Latina e, como um todo, que, com sua diversidade e heterogeneidade, ainda é uma unidade. Uma história atenta às estruturas e às conjunções, às condições socioeconômicas (hoje exiladas das análises historiográficas predominantes), sem diminuir o político e o ideológico. Esses méritos se destacam ainda mais porque naquela época as principais correntes das historiografias deram as melhores conquistas dos precedentes dos anos 1960 e 1970, abandonando a análise de estruturas e conjunções para se concentrar em eventos, curto prazo e simples descrição. No campo dos latino-americanistas, não faltaram aqueles que mantiveram a impossibilidade de admitir a existência de algo chamado América Latina, ou de existir, de poder apreendê-lo.

Este texto medular - um clássico da historiografia americana - elabora uma história conjunta da América Latina que fornece uma perspectiva mais dinâmica e intrincada das histórias nacionais. Tulio Halperin Donghi aponta neste livro as características comuns de um processo que, a partir do período colonial e seguindo as guerras de independência e a formação das repúblicas soberanas, continua com uma situação de neocolonialismo, cujas consequências se alastram para o presente, embora o processo seja claramente homogêneo e tenha sido alterado em várias ocasiões, particularmente na segunda metade do século XX. Halperin conclui, as promessas ingênuas de soluções definitivas para os dilemas históricos das regiões, anunciadas repetidamente durante as recentes décadas, servem como aviso de que a próxima curva da estrada não será a última.

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