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Resenha Livro De Volta ao Mosteiro

Por:   •  15/4/2018  •  8.338 Palavras (34 Páginas)  •  544 Visualizações

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22. Falta de valorização dos outros – não dar às pessoas a devida importância. 24. Não reconhecimento do mérito alheio. 28. Autoexclusão (emocional/física) do grupo. 29. Desrespeito à confidencialidade do grupo/dos outros. A informação sincera sobre as reações dos outros é crucial. – Tem razão, Simeão. Nunca dividi isto com ninguém, por causa das minhas barreiras, sobretudo o medo da vulnerabilidade e da transparência. A seguir, falou a treinadora: – Sabem o que aconteceu no intervalo da primeira manhã? John e eu ficamos falando mal do comportamento do Lee, e também criticamos Simeão por não liderar melhor o grupo. Kim, você fez bem em sair da nossa mesa. Maledicência é simplesmente falar mal das pessoas pelas costas. No final da troca de confidências, veio a hora dos abraços, mas desta vez eles foram diferentes. Kim também deu exemplos: – Logo depois dos atentados do 11 de Setembro, o país se uniu. Também me lembro do terremoto de São Francisco e do furacão Katrina. – Excelente Lee – elogiou Simeão. Os membros do grupo não descartam facilmente as sugestões uns dos outros. Um dos maiores sinais de que há uma comunidade é que os integrantes dizem sentir-se seguros no grupo. Nunca me esquecerei da sensação de estar profundamente ligada às pessoas dos times. Vivíamos quase tudo juntos, da maneira mais intensa. – Como são tomadas as decisões na comunidade? – Quando eu estava no mundo empresarial, especialmente no fim da minha carreira, tomei algumas decisões importantes por consenso. Totalmente diferente do sargento que eu havia conhecido dois anos antes. Infelizmente, isso exclui a maioria dos grupos. b) Estar bem preparado – introduzir a excelência no grupo.

Conheci líderes que são bons na parte da liderança, mas nem tanto na construção de equipes fortes. Pensem na liderança e na cultura da organização como as asas de um pássaro. É impossível exagerar na educação e no treinamento para a liderança. – Tem razão, Teresa – concordou Simeão. Lembram-se dos estágios de desenvolvimento dos hábitos, discutidos no nosso último retiro? A enfermeira nos conduziu:

– Sim. – Sem dúvida, Greg – concordou Simeão. O feedback das pessoas-chave da nossa esfera de influência é permanente. Todos nos recostamos na cadeira, refletindo sobre as implicações do que tínhamos ouvido. Depois de algum tempo, saí do prédio e da área já deserta, e me dirigi para a minha caminhonete. Reunião de família? Sério? Isso nunca fora feito na história do nosso clã. John Jr., como era de esperar, ficou danado da vida ao prever a interrupção do seu horário dos videogames. Também trabalhei na construção da comunidade, em casa e no trabalho. Logo depois do jantar, e enquanto ainda estávamos à mesa, tínhamos uma “Pergunta do Dia”, e havia um revezamento dos que faziam a pergunta à mesa a cada noite. No trabalho, também comecei a construir laços significativos com membros da equipe. Fazíamos uma “Pergunta do Dia” nas reuniões semanais, ou exercícios de vivência, e compartilhávamos histórias da nossa vida. Alguns resistiram mais do que outros, e poucos se negaram a participar do processo. As habilidades da liderança se desenvolvem, de fato, na prática.

De volta à realidade, constatei que nossa lista no quadro estava crescendo. Simeão acrescentou: Liderança = Amor (em ação) Ei, quem foi que falou em amor? Perguntou Lee com espanto. É claro que eu acredito que há componentes emocionais no amor, como afeto, romance e paixão. Passei a entendê-los como a linguagem do amor, os sentimentos do amor, a expressão do amor, até o fruto do amor. Mas esses sentimentos não são a essência do ato de

amar. A definição clássica do amor diz que amar verdadeiramente é dedicar-se, dar o melhor de si. Apaixonar-se é o inverso do amor verdadeiro, porque não exige qualquer esforço. Simeão foi escrevendo, enquanto a enfermeira recitava as palavras:

Amor é paciência

Amor é bondade

Amor é humildade

Amor é respeito

Amor é abnegação

Amor é clemência

Amor é sinceridade

Amor é compromisso

Não há absolutamente nenhum sentimento nessa lista maravilhou-se o sargento, parando para refletir. Na verdade, olhando para a lista de comportamentos que definem e descrevem o amor, eu diria que essa é não apenas uma definição genial do amor, com seus dois mil anos, mas é também uma esplêndida definição do caráter e das qualidades da grande liderança. Lembre-se do teste de liderança: ao partirem, as pessoas se tornaram melhores do que quando chegaram? Às vezes, é preciso amar pessoas de quem não gostamos declarei. Simeão balançou a cabeça e disse: Houve um tempo, na minha carreira, em que eu ficava constrangido ao usar a palavra amor, quando falava de liderança. Afinal, todos os grandes líderes servidores da história falaram muito de amor. Tem razão, Kim concordou o sargento. Isto parece resumir essa história de amor, não é? A hora do jantar se aproximava. No cristianismo, eu tentava entender o que Jesus queria dizer com a palavra amor, repetida tantas vezes. “Amar Hitler, amar um estuprador, um assassino?” Eu me rebelava, indignado. Se formos procurar no dicionário, como Teresa fez no primeiro retiro, as definições de amor estão sempre ligadas a sentimentos positivos. Mas um professor de línguas me explicou que os gregos e boa parte do Novo Testamento foi escrito em grego usavam palavras diferentes para definir os vários aspectos do amor. Nenhum desses termos aparece no Novo Testamento. Quando Jesus fala de amor, ele usa a palavra agápe, um amor que se expressa pelo comportamento e pela escolha, não o sentimento do amor. Pode parecer estranho, mas eu entendo a prática da liderança como uma questão de afagos e palmadas. Agora sei que liderar consiste em, além de inspirar e influenciar as pessoas na busca pela excelência, conseguir preservar os relacionamentos. Liderança = Afagos – Concordo inteiramente com você, Greg! – apoiou a diretora. – Isso mesmo, John – emendou o sargento. – Defina afagar para mim, Greg – pediu a diretora. A enfermeira interveio: – Madre Teresa afirmava que as pessoas anseiam mais por reconhecimento do que por pão. – Sei disso – admitiu o sargento, em voz baixa. – Antes eu achava que toda essa história de respeito e valorização era uma besteira, um recurso dos líderes fracos. Eu era do tipo que achava que bastava dizer à minha mulher que a amava,

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