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Resenha Livro Princesa. Jean P Sasson

Por:   •  18/11/2017  •  2.211 Palavras (9 Páginas)  •  535 Visualizações

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Artigo 16

Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça, nacionalidade ou religião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais direitos em relação ao casamento, sua duração e sua dissolução.

§1. O casamento não será válido senão como o livre e pleno consentimento dos nubentes.

§2. A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção da sociedade e do Estado.

"Infelizmente, eu compreendi que os sonhos de Sara não se concretizariam. Ainda que seja verdade que a maioria dos casamentos na nossa terra são guiados pelas mãos das mulheres mais velhas da família, na nossa família era meu pai quem tomava as decisões em todos os assuntos. Muito tempo antes, ele já tinha decidido que sua filha mais bonita se casaria com um homem de grande prestígio e riqueza.

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O noivo fora escolhido unicamente por uma questão de negócios, passados e futuros." (p. 38)

Sara e Sultana tinham duas amigas que, por serem revoltadas, marcavam encontros com homens estrangeiros e ficavam nuas para eles, sem descobrir os rostos. Houve uma denúncia contra elas e as mesmas foram presas e sofreram diferentes consequências por seus atos.

Artigo 10

Toda pessoa tem direito, em plena igualdade, a uma audiência justa e pública por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir sobre seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusação criminal contra ele.

"Depois de três meses de prisão, ante a falta de provas concretas de atividade sexual, a comissão entregou Wafa e Nádia aos seus respectivos pais para que fossem punidas.

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Surpreendentemente, o pai de Wafa, um religioso inflexível, conversou com a filha e perguntou-lhe dos motivos que a levaram a cometer tais atos. (...) Assim sendo, arranjou-lhe um casamento às pressas com um mutawa beduíno de uma longínqua aldeia do interior.

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Alguns dias depois, meu pai chegou mais cedo do trabalho e chamou Randa e eu à sua sala de estar privativa. Ficamos estupefatas quando ele nos contou que Nádia seria afogada na piscina de sua casa, pelo seu pai, no dia seguinte, sexta-feira, às dez da manhã. Meu pai disse que a família inteira assistiria à execução." (p. 86/87)

Com a morte de sua mãe, Sultana ficou mais próxima de sua criada Marci. As criadas da família real vinham de outros países e, muitas vezes, eram maltratadas e sofriam abusos, sendo colocadas numa posição abaixo das mulheres.

Artigo 4º

Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas formas.

Artigo 23

§1. Toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego.

§2. Toda pessoa, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho.

§3. Toda pessoa que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana, e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social.

§4. Toda pessoa tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar para a proteção de seus interesses.

"Várias semanas depois Marci criou coragem para falar de sua amiga Madeline. Falando de Madeline, ela abriu a questão dos valores morais na minha terra. Por intermédio dela, fiquei sabendo que mulheres do Terceiro Mundo eram mantidas como escravas sexuais no meu país, a Arábia Saudita.

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Marci quis saber por que eu estava tão admirada. A maioria das criadas eram maltratadas em meu país; nossa casa era uma rara exceção.

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Marci suspirou com tristeza e disse que as agressões físicas e sexuais eram feitas às escondidas. " (p. 90, 92 e 93)

Diferente de suas irmãs, Sultana teve a oportunidade de conhecer seu noivo antes do casamento e pode se apaixonar pelo homem que seu pai escolheu para ser seu marido. Através de seu futuro marido, teve conhecimento de que as mulheres da sua terra eram circuncidadas, sofrendo uma grande violação por conta de um costume sem sentido e retrógado. Mais uma vez, o artigo 5º da Declaração Universal dos Direitos do Homem foi violado por uma sociedade tão apática às mulheres.

Artigo 5º

Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante.

"Foi preparada uma festa com banquete, e a jovem Nura deleitava-se com o fato de ser a homenageada. Momentos antes do ritual, mamãe lhe disse que as mulheres mais velhas iriam realizar uma pequena cerimônia, e que era importante que Nura permanecesse deitada sem se mexer. Uma mulher começou a tocar um tambor, e outras mulheres cantavam. As mulheres mais velhas reuniram-se em torno da menina assustada. Nura, nua da cintura para baixo, foi segura por quatro mulheres sobre um lençol estendido no chão. A mais velha de todas ergueu a mão e Jura, horrorizada, viu que ela segurava um instrumento em forma de navalha. Nura começou a gritar. Então sentiu uma dor lancinante na região genital. Atordoada, foi erguida no ar pelas mulheres e cumprimentada por sua maioridade. Completamente apavorada, viu sangue escorrendo dos ferimentos. Em seguida foi carregada para uma tenda e as lacerações foram cobertas com ataduras." (p. 117)

Com o início da Guerra do Golfo, muitos estrangeiros foram para a Arábia, inclusive mulheres de outros países se apresentavam como soldados e dirigiam pelas ruas. Sultana ficou feliz com a notícia de que mulheres sauditas, encorajadas pela presença de mulheres estrangeiras, estavam se arriscando e dirigindo pelas ruas da cidade. Sua felicidade não durou muito quando soube que essas mesmas mulheres foram reprimidas e seus esforços foram em vão.

Artigo2º

Toda

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