PAEG milagre
Por: Rodrigo.Claudino • 3/9/2017 • 1.697 Palavras (7 Páginas) • 352 Visualizações
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II.1 A reforma no sistema financeiro
Até meados de 1965 o sistema monetário era formado por um emaranhado de agencias como (SUMOC) que pretendia ser a base para a organização de um banco central; pelo Banco do Brasil, que tinha o papel de banco estatal fornecendo dinheiro por meio de empréstimo ao setor público e o tesouro nacional que era quem emitia a moeda, para solucionar este problema optou-se por reestruturar o sistema com a criação do Banco Central do Brasil (Bacen), e de novas agencias como o Conselho Monetário Nacional (CMN) que tinha como responsabilidade dar aval ao orçamento elaborado pelo banco Central, disciplinar o credito ,determinar o recolhimento compulsório disciplinar as atividades da Bolsa de Valores ,limitar a cessão de credito, além deter um papel de supervisão e de disciplina dos demais órgãos, Ao Banco do Brasil foi legado o recebimento de valores relativos de tributos e renda da união, compra e venda de cambio ,dirigir as políticas de comercio exterior; Ao Banco Central ,competia a emissão de moeda sobre os limites estabelecidos pelo CMN ,também o recebimento do recolhimento compulsório realizado pelos banco comerciais ,realizar operações de redesconto, fiscalizar as demais instituições bancarias e atuar na compra e venda de títulos públicos, além disso podemos também brevemente citar o adjacente que é o sistema financeiro de Habitação do qual advém o (BNH) que era representado pelas caixas econômicas federais e estaduais e pelos bancos oficiais e de economia mista, seu objeto era orientar incentivar e organizar a formação de poupanças entre tanto ,era proibido de se envolver no financiamento direto e compra e venda de habitações e construções, porem estava livre para receber depósitos de algumas instituições financeiras e ainda pedir empréstimos tanto no brasil quanto no exterior ,esta estrutura visava aquecer o setor da construção civil que a muito muito já estava abandonado, e aproveitar-se de seu potencial tanto para a demanda por moradias como para se aproveitar do seu grande potencial geração de empregos e otimizar a economia doméstica, além da criação do PASEP,PIS e o FGTS são braços oriundos desta política voltada para construção civil ,sendo inclusive o FGTS uma tentativa de fazer uma poupança forçada para se investir na mesma, como uma forma de combate à inflação vemos a inversão das políticas populistas anteriores ,com o aumento dos juros e o achatamento dos salários ,essa mobilidade foi em parte favorecida pela forte repressão as greves e também aos sindicatos ,outra mudança significativa foi a criação da CLT e uma reforma das leis trabalhistas que antes acabavam por estagnar tanto o empregador com o empregado
II.2 Política externa
No período do novo governo a política externa independente foi quase que totalmente abolida, e nesse momento o que se tem é uma aproximação dos Estados Unidos, com a chamada Aliança para o Progresso. As restrições de lucro foram atenuadas, e com isso as negociações da dívida externa foram desenvolvidas em um ambiente mais favorável.com uma política de remessas de lucros mais favorável aos EUA e a Europa, ao passo que houve um aumento considerável de investimentos desses pais rumo ao Brasil, se por um lado essa abertura rendeu alguns frutos, por outro acabou por se tornar completamente ineficaz, pois as vantagens realmente buscadas como a abertura do mercado Norte-Americano ao Brasil e maiores investimentos não ocorreram e até a tentativa de aproximação com o EUA também acabou se mostrando infrutífera, pois depois da crise dos Misseis em Cuba, as atenções norte-americanas estavam agora apontadas para o sudoeste asiático ,local em que ocorria a Guerra do Vietnam e de onde a real ameaça comunista começava a tomar forma ,apesar dos poucos avanços a política externa foram de grande importância para o desenvolvimento econômico nacional.
III. Considerações Finais
O que fica deste estudo nestas breves palavras é que de fato, o PEAG foi de certa forma responsável por constituir as bases do que viria a ser o “milagre econômico”, porem teve o seu trabalho em muito facilitado pelos moldes do governo ditatorial da época e que além disto acabou por se transformar em propaganda como é de praxe em todo regime ditatorial que precisa de razões para se manter de pé assim que toma o poder , o que não é uma característica única deste regime ,mais sim de todos os regime que se encontra nesta situação ao longo da história ,mais sim o real problema é fato de quanto realmente chegou às mãos da população, que certamente sofreu com o achatamento do salário e com a perda dos direitos civis mais que talvez nunca colha os frutos deste sofrimento.
Bibliografia
- Batarra, Fernando Watanabe; O PAEG e o “Milagre Econômico” Brasileiro. Ribeirão Preto, 2010.59 p. : il. ; 30cm
- KERECKI, Márcio; SANTOS, Miguel. Programa de Ação Econômica do Governo (PAEG): do milagre econômico ao fim do sonho. Revista Historiador, nº 02, Ano 02.Dezembro de 2009
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