OS ESTADOS PONTIFÍCIOS PERDEM A SUPREMACIA
Por: eduardamaia17 • 13/9/2018 • 1.340 Palavras (6 Páginas) • 290 Visualizações
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Ducado Romano extensos territórios resultados das doações a São Pedro, pelos ricos e menos ricos eram organizados como empresas agrárias denominadas “patrimonium”. Essas empresas eram administradas como organismo autônomo por alto funcionário pontifício nomeado pelo papa. Tudo isso constituiu-se no que foi chamado de “Patrimonium Sancti Petri” (o patrimônio de São Pedro. Após as invasões longobardas e as confiscações efetuadas por Bizâncio, esses territórios foram reduzidos à Itália Central. Isso acontecia bem antes que a igreja católica assumisse o governo temporal.
O enfraquecimento do poder do império em Roma fortaleceu o poder dos bispos de Roma que foram tomando conta da administração, da defesa e da direção política geral de Roma e do seu Ducado. No decorrer do século VII, as relações entre o papado e o império do Oriente ficaram bastante deterioradas.
Outro fator pressionou o papa para a independência italiana do domínio bizantino: Em 726 o imperador bizantino Leão III (717-741) proibiu o culto das imagens (iconoclastia), provocando revolta em Roma. A pressão fiscal e as missões punitivas de Bizâncio na península italiana também pesaram na decisão papal. O desafio assumido pelo papa era duplo: libertar a Itália do domínio bizantino e defender-se ao mesmo tempo contra os invasores longobardos.
O rei longobardo Liutprando ameaçou Roma repetidamente, mas não conseguiu vencer a hostilidade das populações e os pontífices o convenceram a abandonar a ideia da invasão como também restituir ao Ducado Romano vários territórios ao redor de Roma. Essas restituições aconteceram por meio do “per donationis título”, ato formal destinando especificamente ao beato Petro apostolorum principi. Nessas tratativas o papa apresentava-se não apenas como sucessor de São Pedro, mas também como representante do povo romano. Foram estes os primeiros passos para a fundação da república de São Pedro.
O patrimônio de São Pedro foi constituindo por doações tanto do Rei o Pepino o Breve, como por fiéis poderosos, especialmente os imperadores cristãos os quais foram fazendo doações de bens territoriais à Igreja Romana, abrangendo áreas até mesmo fora da península italiana.
“[...] O Ducado Romano contava também sobre extensos territórios resultados das doações a São Pedro, por parte de fiéis ricos e menos ricos [...] tudo isso acabou por constituir o que foi chamado de Patrimonium Sacti Petri (Patrimônio de São Pedro) [...]”.
(Anna Carletti, pg. 01, 2010)
Os estados Pontifícios eram formados por um aglomerado de territórios os quais ocupavam um grande território independente de sob a jurisdição pontifícia que tem existência calcada espiritualmente na criação do cristianismo, basicamente o centro da península itálica o qual tinha um governo teocrático com capital Roma, com língua oficial latim e religião católica, sob a autoridade civil dos papas.
5. OS ESTADOS PONTIFICIOS E A DINASTIA CAROLINGIA:
Os objetivos do sucessor do rei Liutprando, os Reis Astolfo eram diferentes. Em 754, o papa Estevão II, em nome da salvação das populações romanas e da cidade de Roma, decidiu pedir ajuda ao rei dos francos, pepino o Breve (714-768), estabelecendo com este uma aliança vinculando as duas partes publicamente e juridicamente. Em troca de proteção militar do Patrimônio de São Pedro, o pontífice coroou Pepino concedendo-lhe o título de Patricius Romanorum, título que permitia à monarquia carolíngia novas ocasiões de intervir nos assuntos políticos do território italiano e de Roma. Os francos tornaram-se fiéis defensores da Igreja, ajudando-a a reforçar seu domínio temporal e livrando-a das ameaças dos invasores longobardos. Como contrapartida recebiam a legitimação da conquista carolíngia que terá seu apogeu na constituição do novo império cristão.
O exército de Pepino derrotou o rei Astolfo livrando o território italiano das invasões longobardas. Após essa derrota dos longobardos, novos territórios foram devolvidos por Pepino à república Romanorum, futuro Estado Pontifício.
“Pepino não só concordou em ajudar como também entregou uma promessa escrita (conhecida como a “doação de Pepino” ou a doação de Quierzy [Quiercy]’’, em que a questão foi finalmente resolvida para garantir como propriedades legais do papa o ducado de Roma, Ravena e outras cidades dominadas pelos lombardos e, talvez também extensos territórios no Norte e no centro da Itália.”
(Richard P. McBriend, pg. 24, 2004)
Posteriormente, o papa Adriano I (771-795), sob novas ameaças de invasão do rei longobardo Desiderio, dirigiu-se ao rei Carlos Magno (742-814), solicitando ajuda para reaver os territórios ocupados pelo rei longobardo. O pontificado do Papa Adriano foi caracterizado por uma política de adaptação à conjuntura política da época, sendo considerado entre os papas fundadores do domínio temporal da Igreja.
“Com o papa Adriano I o papado
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