Mulher Negra/ Empoderamento,contemporaneidade
Por: Carolina234 • 26/1/2018 • 1.411 Palavras (6 Páginas) • 451 Visualizações
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5.Casos de Racismo
6.DIA INTERNACIONAL DA MULHER
O Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, comemorado em 25 de julho, é mais do que uma data comemorativa; Foi instituído, em 1992, no I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-caribenhas, para dar visibilidade e reconhecimento a presença e a luta das mulheres negras nesse continente.A recém criada Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres de São Paulo tem também, por isso, como missão promover ações que fortaleçam as políticas públicas de empoderamento das mulheres negras, de conquista de cidadania e de combate a violência e a discriminação.
7.Mulheres negras e empoderadas na Internet
As mulheres aqui citadas não são apenas uma referência para nós, mas também mulheres com quem desejamos construir coisas durante o próximo ano, mulheres que ajudarão nessa tarefa nada fácil que é empoderar outras mulheres negras: sendo espelho, sendo referências.De vlogues bem sucedidos até textões de facebook, temos muitas mulheres negras produzindo conteúdo na internet, sendo protagonistas da sua própria história e senhoras dos seus discursos. Cada vez mais consolidada, a internet tem agregado outras plataformas – snapchat, periscopes e afins – proporcionando às diferentes mulheres a multiplicidade na construção dos discursos e também aumentando o alcance da mensagem.
Yzaluu.Essa paulista de São Bernardo do Campo, foi criada na periferia de São Paulo onde começou a fazer música aos 16 anos. Inspirada pela sua mãe, conheceu os vinis. Enquanto ela (sua mãe) saia para trabalhar, Yzalú fuçava os muitos discos que iam de Bezerra da Silva até Djavan. Yzalú conta que, o primeiro vinil que colocou pra ouvir foi “Dignidade” de Leci Brandão. A cantora é profundamente consciente das questões sociais que perpassam a negritude e o gênero – e não poderia ser diferente, pois não tem medo de se declarar feminista. “Eu e todas as mulheres da favela, da periferia, principalmente as Mulheres Negras, são feministas sem saber que são, pois lutam muito todos os dias para alimentar seus filhos, não abaixam a cabeça quando se veem em situações humilhantes ao visitar seu filho na cadeia”. Conhecida pela música Mulheres Negras, essa preta emociona quando canta e faz arrepiar todas nós que sentimos na pele o que significa ser mulher negra.
Mc Carol de Niterói/Bandida deu um boom esse ano quando conseguiu uma maior visibilidade com sua participação no programa de TV Lucky Ladies ao lado de outras quatro funkeiras, apresentado por Tati Quebra Barraco. Neste programa, que ironicamente passou em canal fechado, quem conseguiu assistir pôde ver um pouco mais sobre Carol além da superficialidade que a músicas nos traziam até então. De lá pra cá temos visto a Mc Carol que ama seu corpo, que se ama, que é feminista, que tem consciência política e tudo isso é expressado pela sua página no Facebook. Carol não dá trela pra racistinha nem pra papo meritocrático quanto ao seu sucesso no funk. Não deixou suas raízes na favela e continua com seu namorado otário lavando suas calcinhas. Carol é exemplo de empoderamento e voz da mulher negra dentro de um gênero musical tão machista e objetificador de mulher como é o funk. E depois da surpresa que tivemos com o lançamento da Não Foi Cabral, que vem sendo usada em escolas para desmistificar o tal “descobrimento” do Brasil e fala até de nossa Dandara.
Aila Oliveira Essa jovem soteropolitana de 18 anos, estudante de História e de uma beleza e discurso marcante vem se destacando entre as discussões acerca da juventude negra, junto ao Coletivo Nacional de Juventude Negra Enegrecer, do qual faz parte. Esse ano Aíla foi convidada pela Unicef para debater com jovens negros em Brasília num evento sobre os 25 anos do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), e participou também do 1° Encontro de adolescentes negros e negras organizado também pela Unicef junto ao Enegrecer, Fórum Nacional de Juventude Negra e Círculo Palmarino. Com o discurso do empoderamento da mulher negra e com o feminismo na ponta da língua, Aíla Oliveira é a promessa de um 2016 cheio de projetos coletivos e de parcerias com a juventude negra que queremos viva. Parabéns, preta!
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