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História da arte, História do Brasil Colonial e Historiografia.

Por:   •  25/3/2018  •  2.677 Palavras (11 Páginas)  •  573 Visualizações

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Introdução

Arte colonial brasileira é o termo pelo qual se categoriza toda a obra artística produzida no Brasil, durante o período em que o país permaneceu como colônia de Portugal. De modo geral, a arte classificada como colonial brasileira é aquela produzida entre os séculos XVI e XVII, com destaque para a Arquitetura e decoração de interiores.

Após a chegada dos europeus e a sua conseqüente ocupação do litoral, iniciou-se a construção das primeiras vilas, como por exemplo, São Vicente, no litoral paulista. Atualmente, as cidades de Olinda e Iraguassu (PE), Parati (RJ), Laguna (SC), cidade de Goiás (GO), Cachoeira e São Sebastião (SP) e outras no interior de Minas Gerais ainda conservam as construções desse período. Casas, igrejas e solares representam parte da história do país e são protegidos como Patrimônio Histórico, Cultural e Artístico do povo brasileiro.

A arquitetura era bastante simples, sempre com estruturas retangulares ecobertura de palha sustentada por estruturas de madeira roliça inclinada. Essas construções eram conhecidas por tejupares, palavra que vem do tupi-guarani (tejy = gente e upad = lugar). Com o tempo os tejupares melhoram e passam os colonizadores a construir casas de taipa.

A arte religiosa assume grande expressividade nesse período. Com o intuito de catequizar os índios, e manter os preceitos da igreja católica, os portugueses construíram várias igrejas replicando àquelas que existiam em Portugal.

A arquitetura religiosa foi introduzida no Brasil pelo irmão jesuíta Francisco Dias, que trabalhou em Portugal com o arquiteto italiano Filipe Terzi, projetista da igreja de São Roque de Lisboa.

As pinturas e esculturas desse período eram feitas por padres e jesuítas, seguindo o estilo Maneirista. A partir do século XVII começou-se a utilizar o estilo que ficaria mais associado ao tipo de arte empregado na decoração de igrejas de todo Brasil colonial, o estilo Barroco.

Objetivo

Com a realização do mesmo, poderemos identificar e conhecer esculturas, pinturas, arquitetura e obras barrocas no período Colonial Brasileiro. Ou seja, relatando a fundo suas características, principais relutâncias, autores e principais obras da época.

Ou seja, nesta pesquisa abordaremos o desenvolvimento do movimento Barroco no Brasil que foi um período que sucedeu o Renascimento, do final do século XVI ao final do século XVII, estendendo-se a todas as manifestações culturais e artísticas européias e latino-americanas. Analisar os aspectos do barroco é o objetivo desta pesquisa.

Escolhendo uma obra em particular, identifiquei um dos maiores autores da arte Barroca Brasileira: Antônio Francisco Lisboa, o aleijadinho.

Quem foi Aleijadinho?

Aleijadinho é considerado o mais importante artista brasileiro do período colonial. Entretanto, alguns pontos de sua vida são ainda obscuros, a começar por sua data de nascimento. A data de 29 de agosto de 1730, encontrada em uma certidão de óbito de Aleijadinho, conservada no arquivo da Paróquia de Antônio Dias de Ouro Preto. Baseado neste segundo documento, o artista teria falecido em 18 de novembro de 1814, com setenta e seis anos, e seu nascimento dataria, portanto, de 1738. Antônio Francisco Lisboa nasceu bastardo e escravo, uma vez que era "filho natural" do arquiteto português Manoel Francisco Lisboa e de uma de suas escravas africanas.

A primeira menção histórica relativa à carreira artística de Antônio Francisco Lisboa data de 1766, quando o artista recebe a importante encomenda do projeto da igreja de São Francisco de Assis em Ouro Preto.

Antes dessa data, a personalidade de Aleijadinho se definia pela plenitude da vida, com gozo de perfeita saúde, boa mesa e afinidade com as danças vulgares da época. Tudo isto, porém, aliado ao exercício de sua arte. Manoel Francisco Lisboa, pai de Aleijadinho, vem a falecer em 1767, deixando nome de grande arquiteto e deixando também alguns irmãos, que tinha como mãe do artista e outros que houvera do legítimo matrimônio.

O ano de 1777 seria o ano que dividiria sua vida. Um ano de doenças, crucial. Até ali, suas obras refletia jovialidade, até certa alegria. Depois, e principalmente no final, a obra do artista é triste, amargurada e sofrida.

Igreja São Francisco de Assis

A Igreja de São Francisco de Assis, localizada em Ouro Preto, Minas Gerais, é considerada uma das obras-primas do barroco brasileiro, além de ser uma das maiores realizações do Aleijadinho (1730 - 1814). A Igreja é uma das raras construções em que o projeto, a obra escultórica e a talha são de autoria de um mesmo artista, o que confere grande unidade e harmonia ao conjunto. Não há descompassos entre arquitetura e ornamentação. Mesmo a pintura e o douramento - do forro, retábulos e laterais -, sob a responsabilidade de Manoel da Costa Athaíde (1762 - 1830), encontram-se em perfeita sintonia com o conjunto. A encomenda do risco para a igreja, feita ao então jovem escultor, arquiteto e entalhador, se efetiva em 1766, logo após a morte do pai do artista, importante arquiteto e mestre de obras local. O Aleijadinho altera o plano primeiro da igreja, arredondando-lhe as torres e elaborando novo frontispício e ornamentos para as fachadas, que se enriquecem em graça e detalhes pela mestria com que maneja a arte do cinzel.

Os modelos barrocos europeus se aclimatam e se desenvolvem no Brasil ao longo do século XVIII, resvalando em soluções rococó - mais leves, simples e suaves - nas vilas e cidades de Minas Gerais a partir de 1760. Aí, as construções perdem suas feições monumentais, e os templos adquirem toques intimistas e dimensões reduzidas. A decoração em pedra-sabão constitui outro traço peculiar e original do barroco mineiro que se expande por diversos núcleos de mineração da colônia. A vida urbana de Vila Rica (elevada à categoria de cidade em 1714 e batizada Ouro Preto, em 1897) abriga uma população heterogênea, um intenso comércio e diversos tipos de artes: música, literatura (os integrantes da Arcádia), arquitetura, pintura e escultura. A predominância de mulatos nas artes plásticas mineiras, nesse período, é explicada em função da relativa liberdade desse segmento na obtenção de serviços que não podem ser feitos nem pelos escravos, nem pelos brancos, que não realizam trabalhos manuais.

É nesse ambiente urbano que surgem novos profissionais, como o Aleijadinho, cujo aprendizado se dá pela prática no canteiro de obras, na elaboração de riscos, na escultura em pedra-sabão e na talha de altares. O contato com artistas

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