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Estagio de Ensino Fundamental de Historia

Por:   •  16/2/2018  •  4.372 Palavras (18 Páginas)  •  351 Visualizações

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Atualmente dentro de uma sociedade que cresce e produz historia em grandes proporções a preocupação em como manter e guardar a memória se propaga entre os grupos, um exemplo disso é a memória afro-brasileira que por muito tempo teve sua historia escondida e depois de muito tempo o governo mantém nas escolas como obrigatoriedade o ensino da afro cultura brasileira e indígena.

Há também fatos históricos políticos como ditaduras, guerras cívicas que por tempos teve seu enredo escondido por motivos diversos, mas que hoje há um questionamento sobre quem participou quem foi culpado, quais os nomes que não aparecem na historia e outros. Hoje temos nas escolas uma memória que não é mais mastigada e entregue pronta ao aluno, mas sim os deixando a par dos fatos estes por sua vez tendo o seu próprio entendimento no que se diz a respeito de história.

Devemos conhecer e entender a ligação entre a história e a memória uma vez que dentro da sala de aula o professor necessita delas para prosseguir um conteúdo, antes a história era tida como memoriável e continuada, porem nos dias de hoje entendemos que a história é repleta de lacunas e incompleta, e com a ajuda da memória é que se pode em alguns casos preencher algumas destas lacunas.

Não podemos cometer o erro de achar que história e memória são as mesmas coisas, a memória nos faz seres únicos nos remete a vida. O artigo ressalta que, a relação entre História e Memória enquanto campos de saber específicos é complexa e contraditória no próprio território do historiador, o que resvala na forma pela qual a relação entre tais campos se estabelece no âmbito educacional. Ambos possuem relação direta com o ensino de História pela especificidade de procedimentos dos quais cada um lança mão para construção de narrativas acerca do pretérito.

Por isso, julgamos necessário pensar as duas dimensões de saber como campos que ora convergem e, sobretudo, ora dissonam em suas particularidades, problematizando-as enquanto objetos singulares e pertinentes ao campo do ensino.

As distinções entre os campos assumem peso fundamental em nossa análise por considerarmos que as operações próprias de cada uma dessas dimensões repercutem em ações pedagógicas diferentes no ensino de História e, por essa razão, consideramos essencial explorar as especificidades de cada campo, saindo do senso comum de homogeneidade epistemológica entre ambos, a fim de auxiliar no engendramento de práticas reflexivas por parte do professor.

Nora, 1997 destaca sobre história e a memória que:

“(...) uma proposta clara de distinção de tais campos conceituais e os debates contemporâneos acerca dos usos e abusos do passado tenham trazido contribuições importantes para se pensar nos abusos da Memória, quando pensamos o ensino de História verifica-se, ainda, uma tendência de subdimensionamento de tal reflexão. Quando muito, fortalece-se a ideia de uma potencialidade crítica do conhecimento histórico em seus procedimentos e métodos como âncora sobre a qual se deve processar esse ensino, subdimensionando-se o sentido das operações da Memória. Esse movimento pode não só trazer sérias repercussões para o aprofundamento reflexivo acerca do ensino de História e para a construção da autonomia intelectual do professor, especialmente no tocante aos usos e apropriações do livro didático em sala de aula, como pode obscurecer a potencialidade da Memória, tomada como dimensão social e cultural central ao processo de produção e apropriação de saberes significativos por parte dos estudantes”.

O pensamento histórico, mobilizado pela Memória histórica, é capaz de formar identidade numa perspectiva temporal, até mesmo como forma de conter as mudanças que ameaçam o entendimento do mundo e do futuro. É comum um grupo fortalecer seus laços de identidade para reforçar suas concepções, valores e ideias. Assim, a identidade pode ser considerada uma conquista da consciência histórica, cujo procedimento de criação de sentido se faz através da evocação da Memória na sua relação temporal de experiência do passado à expectativa de futuro.

ALMEIDA (2012) diz:

“Ainda que a obra (...) apresente uma proposta clara de distinção de tais campos conceituais e os debates contemporâneos acerca dos usos e abusos do passado tenham trazidos contribuições importantes para se pensar nos abusos da memória, quando pensamos o ensino de história verifica-se ainda, uma tendência de subdimensionamento de tal reflexão. Quando muito, fortalece-se a ideia de uma potencialidade crítica do conhecimento histórico em seus procedimentos e métodos como âncora sobre a qual se deve processar esse ensino, subdimensionando-se o sentido das operações da memória. (ALMEIDA, 2012, p. 265).

A produção individual de textos é parte integrante do processo de formação do graduando em alguma área do conhecimento específica ou não. Saber interpretar textose fazer análises críticas mostra a capacidade de compreensão e visão pessoal do discente bem como lhe possibilita expor sua opinião sobre determinado tema.

Valorizar uma interpretação múltipla dos processos históricos contribui para que professores e alunos se percebam como partícipes do processo ensino-aprendizagem. Ao apresentar a história como um processo de conhecimento inacabado, o autor do livro didático convida o professor a participar desse ato responsável de criação. Cabe a ele selecionar os temas com os quais irá trabalhar durante o seu curso e dialogar com os alunos, valorizando os conhecimentos prévios e suas hipóteses sobre os processos históricos estudados, que devem ser entendidos em seus próprios contextos, sendo interpretados a partir de múltiplos olhares.

E é com essa visão que Fabiana Rodrigues Almeida disserta no texto “Memória e história em livros didáticos de História: o PLD em perspectiva”. O texto aborda os conceitos de memória e história como componentes pertinentes ao ensino da disciplina História e suas abordagens nos livros didáticos a partir das interpretações dos autores.

3. ANÁLISE DO TEXTO DOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS PARA ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II

De acordo com Bittencourt (2004) as propostas recentes tem procurado concentrar-se na relação entre ensino e aprendizagem e não mais exclusivamente no ensino. Para ensino de História, a autora aponta que não se deve ter como apreensão do conteúdo somente a capacidade de dominar informações, conceitos de determinado período histórico, mas também a capacidade de fazer comparações

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