AD1 Extremo Oriente na Antiguidade

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Também devemos levar em conta a análise de Edward Said, que mostra de maneira didática como o ocidente construiu a imagem do ocidente baseada em estereótipos, quase sempre preconceituosos, focando nas diferenças e sempre deixando a mostra uma certa superioridade das civilizações ocidentais. Segundo o sociólogo Sérgio Costa afirma que “O oriente do Orientalismo, ainda que remeta, vagamente, a um lugar geográfico, expressa mais propriamente uma fronteira cultural(….)no interior de uma relação que produz e reproduz o outro como inferior(….), ora representado como caricatura, ora como estereotipo e sempre como uma síntese aglutinadora de tudo aquilo o que nos não é e nem quer ser” (COSTA, 2005, p.3-4)

De maneira geral nos devemos nos deixar levar pelo senso comum em quaisquer assuntos e não é diferente com o orientalismo. O que aprendemos é que essa visão ocidentalizada que temos do mundo, provocada pela suposta superioridade da civilização ocidental, não é de maneira alguma provada. Tudo isso é resultado de uma construção secular, e que nós como acadêmicos não devemos nos deixar levar sem pesquisa ou referência. O oriente não é estranho ou inferior, como tentam nos mostrar, são sim únicos em sua maneira de encarar o mundo e suas representações e cada vez mais com a globalização temos acesso a essa cultura.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

DE MACEDO, Hélder Alexandre Medeiros. Oriente, Ocidente e Ocidentalização: discutindo conceitos. 2006

SAID, Edward W.; EICHENBERG, Rosana. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. Editora Companhia das Letras, 2007.

SPROVIERO, Mário B. “Oriente e Ocidente: demarcação.” Mirandum 4 (1998): 49-58.

COSTA, Sérgio; Muito além da diferença: (im)possibilidades de uma teoria social pós-colonial. 2005. Cholonautas – Biblioteca Virtual