Essays.club - TCC, Modelos de monografias, Trabalhos de universidades, Ensaios, Bibliografias
Pesquisar

A DITADURA MILITAR NO BRASIL

Por:   •  26/10/2018  •  1.571 Palavras (7 Páginas)  •  411 Visualizações

Página 1 de 7

...

De acordo com Araújo (2013, p. 12):

O clima de radicalização política, de confrontos e debates propiciou uma ampla participação da sociedade na discussão pú- blica de propostas de mudanças e reformas. Foi um período de intensa atividade política e de uma ampla discussão em torno dos diferentes projetos para o país. No dia 31 de março de 1964, o governo de João Goulart foi deposto por um golpe civil-militar

Posterior ao governo de Médici, o Brasil foi governado pelo presidente, General Ernesto Geisel que deu início a abertura política e posterior a ele o também General João Baptista Figueiredo que decretou a Lei da Anistia e consolidou esta abertura política com a redemocratização.

- RELAÇÃO DA DITADURA MILITAR E A ERA CONTEMPORÂNEA

Na Ditadura Militar o Brasil passou por um momento de grande opressão e censura onde os cidadãos não tinha liberdade alguma para expressar seus sentimentos em relação ao governo.

As obras teatrais, cinematográficas, a música, entre outras foram positivas por serem contra aquele regime, porém, não foram fruto da ditadura. Muitos intelectuais estavam lutando contra ela, e nesse processo, produziram obras importantes. Os grupos de artistas questionavam os fatos e informavam a população, apesar de censurados pelos órgãos opressores, juntamente com os músicos populares brasileiros descreveram os horrores da ditadura nos mínimos detalhes, descrições esta que perpetuam até os dias atuais, trazendo à tona toda a covardia aplicada contra nosso povo, e que não nos deixam esquecer todas as atrocidades cometidas contra o país.

O músico Chico Buarque, juntamente com Gilberto Gil, compôs uma música que reflete bem a situação da época “Cálice” traz referências ao Santo Cálice de Cristo e a uma passagem bíblica (Pai, afasta de mim esse cálice, de vinho tinto de sangue), mas é uma metáfora com o verbo “calar”. Foi à forma que os músicos acharam de dizer ao mundo que a liberdade de expressão estava dilacerada no Brasil. O músico Geraldo Vandré compôs “Pra não dizer que não falei das flores”, um hino contra a ditadura, Geraldo posteriormente foi preso, torturado e exilado.

Nas salas de aulas de ensino primário com escuta, professores eram demitidos porque falava do compositor e cantor Geraldo Vandré com alunos. A violência contra professores universitários e faculdades é conhecida nos relatos sobre a ditadura militar, mas os professores de colégios de ensinos fundamental e médio também foram vigiados, reprimidos e censurados no período. O controle da educação básica no país pelo regime militar não se deu apenas em forma de perseguição contra professores com história pessoal de militância, foi criado disciplinas a OSPB (Organização Social e Política Brasileira) e Educação Moral e Cívica, trazidas pela ditadura com o decreto-lei número 869, de 12 de setembro de 1969, que tornou Moral e Cívica obrigatória nas escolas de todos os níveis e, naquelas de 2º grau, também OSPB.

Segundo Araújo (2013, p. 36):

A música, nas suas diversas modalidades, era um locus de resistência e disputas ideológicas, em meio a tropicalistas, representantes da jovem-guarda e as denominadas “canções de protestos”. Essas disputas eram acirradas pelos festivais organizados por redes de televisão no final da década de 1960 e início dos anos 1970.

A tentativa de controlar a educação básica veio também em forma de censura ao conteúdo ensinado, aos livros adotados, aos termos que podiam ser ditos. No período da ditadura, além de os professores passarem por treinamento oferecido pelo sistema, as matérias de História e Geografia foram substituídas pelo chamado “Estudos Sociais”, disciplina na qual o mesmo professor teria de ensinar as duas matérias com livros didáticos que obrigatoriamente passavam pelo crivo da censura. Evidentemente, o resultado geralmente era um ensino superficial.

As professoras Maria Auxiliadora Schmidt, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), e Kátia Abud (2014) da Universidade de São Paulo (USP), lançaram recentemente o livro “50 anos da ditadura militar – capítulos sobre o ensino de história no Brasil”, e em uma entrevista para Gazeta do Povo afirma:

Primeiro que nós não éramos professores de História, mas sim de Estudos Sociais. Esse modelo foi criado nos Estados Unidos pós-crise econômica de 1929. A educação foi culpada pela crise nos Estados Unidos. Passou-se a focar mais nos interesses de mercado, voltado para a sociedade industrial. Era um ensino menos intelectualizado. Juntaram História e Geografia em uma única disciplina. No Brasil, há um começo experimental dessa disciplina na década de 50, mas foi em 1971 que oficialmente abole-se de vez a História do currículo escolar.

A Ditadura Militar marcou aquela época entre vários aspectos, alguns positivos e outros negativos, podendo destacar também a força feminina iniciada naquela época diante de uma sociedade altamente machista.

- CONCLUSÃO

A Ditadura militar foi uma época que não deixou saudades ao povo brasileiro, devido a tantas vidas torturadas, massacradas e ceifadas neste período. O regime militar instaurado no Brasil no ano de 1964 a 1985 trouxe consequências absurdamente terríveis para à população quanto às políticas sociais e econômicas.

Neste período a voz e ação da população foram totalmente subtraídas, através da manipulação de informações, sobre a forte imponência do governo. Percebe-se que mesmo tendo características muito

...

Baixar como  txt (10.7 Kb)   pdf (55 Kb)   docx (16 Kb)  
Continuar por mais 6 páginas »
Disponível apenas no Essays.club