A DITADURA MILITAR NO BRASIL

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1.1 Fim da ditadura e suas consequências

No ano de 1981 o Brasil enfrenta um começo de processo de recessão, que se estende pelos próximos 3 anos, atingindo taxas muito elevadas ao mesmo tempo que ocorre uma estagnação econômica, já que a indústria entra numa crise aguda. Isso provoca um empobrecimento da população e um consequente aumento no nível de criminalidade nos centros urbanos;

Esse fato, associado a rejeição da emenda constitucional que propunha eleições diretas para presidente, mostrava o descontentamento da população, como na campanha pelas Diretas Já. Um dos lideres do movimento pelo voto livre, Tancredo Neves, candidatou-se pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro. Era um mestre na arte de tecer acordos políticos, tendo sido vereador, deputado estadual e federal, ministro da Justiça, primeiro-ministro, senador e governador de Minas. Essa capacidade de negociar foi fundamental na hora da

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disputa no Colégio Eleitoral, onde contava com forte oposição, vencendo em 15 de janeiro de 1985, tirando os militares do poder e conquistando a presidência do Brasil. Entretanto, pela campanha exaustiva e por debilitações de saúde, morre antes de assumir posse.

O caminho não seria fácil, considerando que o Brasil estava afogado nas censuras feitas pelos militares, e encontrava-se com uma população amedrontada e alienada. Sendo assim, a queda da censura foi a primeira tarefa do novo governo com atos institucionais e a Lei da Segurança Nacional, além de novas políticas econômicas e a diminuição da influência dos militares no governo.

2 Surgimento dos movimentos pró-ditadura

Não podemos esquecer, ainda que durante a ditadura existiram sim movimentos de resistência, como o estudantil, contra a privatização dos estudos e subsequente subordinação ao capitalismo norte-americano, o sindical, como o dos metalúrgicos, o da liga camponesa, por melhores condições, e claro, a luta armada, onde parte da Esquerda brasileira optou pela luta armada como forma de resistir ao Regime Militar e abrir caminho para uma revolução, mas também denunciando os atos de tortura e violência do Estado, responsável por diversas mortes e desaparecimentos, encabeçando os primeiros movimentos pela anistia. Assim, a Ação Popular foi, na década de 60, um dos mais importantes movimentos de resistência ao regime militar.

Se antes contávamos com muita resistência ao governo militar, atualmente temos a presença de vários grupos que clamam pela volta desse período com movimentos e manifestações a pró-ditadura. Não possuem uma clareza em suas ideias, mas divulgam em seus discursos que procuram a redenção do povo brasileiro, algo que foi conquistado por seus pais e avós, para evitar que o Brasil vire uma nova Cuba ou Venezuela, que não atende mais aos anseios do povo e do desenvolvimento desta Nação, necessitando de uma intervenção militar para o controle da sociedade. Não podemos ignorar o fator de que, em contraposição a essahttp://memoriasdaditadura.org.br/sequencias-didaticas/estrategias-de-resistencia/ ideologia, temos os dados e as histórias das inúmeras marcas que a ditadura deixou nos filhos das vítimas; em parentes de desaparecidos, assassinados e presos; nos banimentos e exílios, nas torturas e repressões.

Conclusão

É certo que não existem mais muitas marcas institucionais por conta das reformas legislativas no decorrer dos anos, contudo ainda estão presentes diversas outras marcas da ditadura militar como por exemplo a marca psicológica e emocional deixada naqueles que passaram por aquelas décadas. Muitas das pessoas que desejam a volta da ditadura nos dias de hoje, não se lembram dos diversos desaparecimentos, torturas e assassinatos de presos políticos, e até mesmo de crianças. Não se lembram do acesso restrito à saúde e ao saneamento básico, ou então do exacerbado aumento da dívida externa que ficou impossibilitada de ser paga por toda uma década. Não se lembram dos 8 mil índios mortos entre 1971 e 1985, das perseguições de

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membros das Forças Armadas contrários à ditadura. Muitos usam a justificativa "Não havia corrupção no Brasil" comparando aquelas décadas com hoje em dia, porém não sabem que não havia conselhos fiscalizadores, ou que as contas públicas não eram analisadas, ou então que por conta da censura imposta, muitas coisas eram encobertas. Assim, concluímos que a ditadura militar rendeu muito mais desvantagens do que vantagens, e trazê-la para os dias atuais, com esta já existente conturbação política, causaria muito mais caos e perdas.

Bibliografia

http://guiadoestudante.abril.com.br/blogs/atualidades-vestibular/10-mitos-sobre-a-ditadura-no-brasil-ou-por-que-voce-nao-vai-querer-que-ela-volte/

http://acervo.novaescola.org.br/ditadura-militar/

http://brasil.elpais.com/brasil/2014/12/08/opinion/1418042130_286849.html

http://brasilescola.uol.com.br/historiab/golpe-militar.htm

http://www.suapesquisa.com/ditadura/

http://memoriasdaditadura.org.br/sequencias-didaticas/estrategias-de-resistencia/