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RESENHA DO LIVRO: POR UMA GEOGRAFIA DO PODER

Por:   •  26/9/2018  •  2.132 Palavras (9 Páginas)  •  575 Visualizações

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organizações, Raffestin apelou para a teoria gramatical de Greimas, distinguindo dois tipos de atores coletivos: aqueles que empreendem um programa (sintagmático) e aqueles que não estão integradas em um processo programada (paradigmático). O ator sintagmático é composto por indivíduos que vivem e trabalham para obter um objetivo coletivo: uma empresa ou mesmo uma família. O ator paradigmático reúne indivíduos que não têm nenhum propósito em comum, é por exemplo, a população de um país. Dito isto, em circunstâncias especiais, uma ou muitas organizações podem surgir nesta população e constituir um ator sintagmático. Os objetivos do ator sintagmático passa por uma estratégia que descreve uma combinação particular de energia e informação. “Pela comunicação (troca de informações) que o poder é exercido, toda a comunicação evidente no campo do poder”.

O poder manifestado por ocasião da relação, processo de troca ou de comunicação, quando, na relação estabelecida, face ou afrontamento de ambos os polos. As forças de seus dois últimos são a criação de um campo de poder, que organiza os elementos e configurações. E este campo pode ser definido pela combinação variável de energia e informação a mobilização dos agentes. Com base nas ideias de Foucault e Deleuze, o que o autor expressa a relação entre energia e informação: “Qualquer ponto de poder exercitar é ao mesmo tempo uma formação de conhecimento”(p. 48). O poder também é um lugar de conversão de informação de energia e vice-versa. A partir de uma série de diagramas gráficos e exemplos concretos, o autor nos mostra facilmente os mecanismos subjacentes de qualquer relação entre os atores: o equilíbrio e assimetria possui os campos de poder.

Qual é o propósito de poder? O poder é o controle e dominação dos povos e/ou recursos. Raffestin retomou a divisão tripartite em uso na geopolítica para entender os objetos de poder: população, território e recursos. Coloca primeiro a população porque é “a fonte de todo o poder” (p. 50).

A segunda parte do livro (pp.57-126) é dedicado à análise do problema do poder pelo povo. Primeiro, o autor nos apresenta esta "coleção de seres humanos" (p. 59) constantemente modificado por fluxos naturais (nascimentos-óbitos) e migração. Emissão de poder, o tema da população aqui é discutido nas mesmas condições que o teste de geografia política, criticou na primeira parte do livro. Segundo, a análise de Raffestin do papel da linguagem como um veículo de poder, referindo-se aos quatro tipos de língua indicada por Henri Gobard: vernáculo, veicular, referencial e mítico. Algumas línguas estão em uso comum e submergir em grandes áreas, como Inglês enquanto outros recuam e, finalmente, são de uso restrito, limitado a áreas relativamente pequeno, como o italiano. Esta clivagem não é parte de uma questão linguística, mas uma questão do poder. O que torna a linguagem um problema de poder é principalmente seus valores de uso (Comunhão) e intercâmbio (comunicação). Ela determina um modelo de representação "Universo" de uma comunidade linguística. Que "a favor de uma linguagem que é impor um modelo único de representação e é, portanto, um sistema de homogeneização de informações" (p. 106). Resistência através da linguagem é encontrado colocada na mesma em termos de religião e etnia ou raça. "Qualquer tentativa de remoção de diferenças é grande de um poder opressivo que procura alcançar no espaço e no tempo de campo ação para implantar" (p. 125).

A terceira parte (pp. 127-199) é o elemento central do pensamento geográfico de Raffestin: o território. O espaço apresenta identificada posição técnica anterior em relação ao território. O espaço é “a realidade material preexistente para todo o conhecimento e toda prática que irá ser o objeto quando qualquer ator intencionalmente manifesta referido no que respeita” (p. 130). Uma vez que o espaço se torna sujeito a projeto de apropriação de um ator (Individual ou coletivo), torna-se território. Mas o projeto não é suficiente para tornar o espaço, território. Este projeto deve ser sob a forma de uma estratégia. A estratégia não é senão uma tática de sucessão do tempo e lugar, a fim de atingir um determinado objetivo. Ao contrário das táticas, estratégia (no sentido territorial) requer espessura do tempo. Esta diferença, aparentemente banal, marca bem o limite conceitual entre dois tipos de práticas espaciais: a de empresas cujo objetivo é a busca do lucro a curto ou a médio prazo, e do governo, que visam registar a sua "estratégia" no longo tempo, por uma sucessão de táticas de tempo e lugar, para consolidar a sua segurar um determinado espaço. Estratégias de criar e modificar as propriedades do espaço. Os territórios são, por inclusão de atores envolvidos no mesmo projeto, mas também pela exclusão daqueles que não estão em causa. Nesta perspectiva, a territorialidade é de um valor especial, pois reflete as várias dimensões dos membros vividos da comunidade territorial.

O processo de territorialização é resultante de grades definida pelos limites visíveis ou invisível, que refletem as relações de poder. O limite é um conjunto cuja fronteira é um subconjunto. Isto tem uma conotação política, ele é manipulado como uma ferramenta para comunicar uma ideologia. O jogo de poder levou à mudanças de limites, de modo que as redes de novo espaço e novas estruturas de poder. As assimetrias existentes nas relações de promover a cristalização do poder em lugares que marcam profundamente. É a concentração de alimentação no espaço que traz os centros e, inevitavelmente, as periferias. Estes lugares de condensação do poder dominam seus arredores, enquanto estruturação das hierarquias territoriais. As grandes centralidades contemporâneas foi baseada em um pequeno número de relações econômicas significativas, os atados tendo em vista a revolução industrial.

A quarta parte (pp. 201-242) faz do livro de Raffestin um manual de geografia aplicada. Ele funciona de fato como uma abertura, intitulada "Os recursos e o poder", uma espécie de síntese da pesquisa do autor e uma apresentação do papel que a geografia deve desempenhar na abordagem das questões políticas atuais. Tomando o diagrama espaço – território – territorialidade da terceira parte, Raffestin abre o seu modo de reflexão aos outros materiais que se tornam recursos quando os homens atribui propriedades. Usando vários estudos de caso sobre o papel dos recursos nas relações

políticas ao redor do mundo, o autor contesta estas relações assimétricas, o que só ajuda a manter o

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