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A Rede Fluvial Brasileira: Características e Especificidades

Por:   •  16/4/2018  •  1.662 Palavras (7 Páginas)  •  362 Visualizações

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Porém, como se formam os rios? Na maioria das vezes, sua formação começa com as chuvas em regiões montanhosas. Há também a possibilidade de quem um rio nasça após o degelo da neve do cume de montanhas.

Através dos espaços vazios no solo, a água penetra entre as rochas até encontrar um extrato de rocha impermeável. Surge, então, o lençol freático, espécie de reservatório de água subterrânea que pode estar a dezenas de metros de profundidade.

O lençol freático vai, então, fluindo para baixo, acompanhado pelo desenho do relevo. Porém, com o tempo, a erosão desgasta certos pontos da superfície de forma a permitir a acumulação de água subterrânea. Surge, então, a nascente do rio.

Em um caso à parte, podem ocorrer acidentes geológicos, como terremotos, que culminarão no afloramento do lençol na superfície, formando um manancial que se conhece por olho-d´água.

- Os rios do Brasil e as grandes bacias

Como evidenciado na citação que dá início a este artigo, o Brasil tem um dos maiores potenciais hídricos do mundo, regulados com um regime pluvial. As únicas exceções a esta afirmação são o Amazonas e o Paraguai, que são alimentados também por águas provenientes do degelo das montanhas andinas.

A posição geográfica do nosso país faz com que a grande maioria dos rios brasileiros apresentem regime tropical.

O rio Amazonas, sendo uma exceção aos demais por possuir uma alimentação pluviovional, apresenta um regime complexo, pois possui afluentes localizados nos dois hemisférios terrestres, o que ocasiona diferentes períodos de cheia em sua bacia. Já a região do Nordeste contém rios temporários (rios que têm suas águas correndo apenas em períodos de maior quantidade de chuva), como o Paraíba do Norte (PB), em consequência do clima semiárido da região. Alguns rios da região Sul, como o Iguaçu, afluente do Paraná, apresentam regime subtropical, com cheias no inverno e na primavera.

2.1- A Bacia Amazônica

É a maior bacia hidrográfica do mundo, abrangendo uma área de 7 milhões de quilômetros quadrados. Faz parte da região hidrográfica do Amazonas, que é uma das doze regiões hidrográficas do território brasileiro. Esta bacia compreende terras de vários países da América do Sul, sendo eles: Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana, Suriname, Bolívia e Brasil.

O rio Amazonas, seu principal constituinte, nasce na cordilheira dos Andes, no Peru, possui mais de 7 mil afluentes e 25 mil quilômetros de vias navegáveis, apresentando também enorme potencial para a navegação fluvial por correr por terrenos menos acidentados. Recebe diversos nomes até entrar no Brasil e virar o rio Solimões, que quando encontra com o rio Negro forma o Amazonas, que deságua no Atlântico.

O Brasil abriga 3,89 milhões de km² dessa bacia, o que corresponde a 45% da área total do país, passando pelos estados do Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Pará e Amapá.

Ela representa 1/5 da água que o oceano derrama sobre todos os rios do planeta.

[pic 2]

Imagem do rio Amazonas feita a partir do satélite NASA

2.2- Bacia do São Francisco

A bacia do São Francisco, como o próprio nome denuncia, tem como principal rio o São Francisco. Esse rio nasce em Minas Gerais, representa a divisa entre Pernambuco e Bahia, passa por Alagoas e Sergipe e deságua no Atlântico, sendo esta bacia, portanto, totalmente brasileira. O Velho Chico (como é conhecido o referido rio) percorre 2.830 km no território brasileiro.

Apesar de atravessar o sertão semiárido, essa bacia nunca seca, nem mesmo nos períodos de forte estiagem.

A região percorrida pela bacia do São Francisco abrange 521 municípios, que ficam nos estados de Minas Gerais, Distrito Federal, Goiás, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas. A bacia possui grande importância para a população local; é utilizada para a navegação, irrigação e produção de energia.

[pic 3]

Imagem de satélite mostrando a barragem de Xingó e a área alagada nu curso do rio São Francisco.

2.3- Bacia do Tocantins- Araguaia

Tem extensão de aproximadamente 2.500 km², com configuração alongada no sentido longitudinal. Seus principais rios são o Tocantins e o Araguaia. Se estende pelos estados de Tocantins e Goiás (58%), Mato Grosso (24%), Pará (13%), Maranhão (4%) e o Distrito Federal (1%), sendo a maior bacia hidrográfica totalmente brasileira.

Essa bacia atravessa regiões pouco povoadas e se constitui importante meio de comunicação para as populações do norte goiano até a ilha de Marajó, onde deságua. Além disso, escoa grande parte da soja plantada em áreas compreendias ou adjacentes à sua bacia.

[pic 4]

Imagem de satélite do Rio Tocantins, na altura de Marabá- PA

2.4- Bacia da Platina (também conhecida como Bacia do rio da Prata)

Sua constituição inclui as bacias do Paraguai, Uruguai e Paraná. É a segunda maior bacia do mundo, com 1.397.905 km². Possui mais da metade das usinas hidrelétricas em operação no Brasil. É formada pelas sub-bacias dos rios Paraná, Paraguai e Uruguai.

Tem grande importância econômica por causa do Mercosul. A implantação da rodovia Tietê-Paraná fez com que o escoamento da produção, principalmente de grãos, atingisse muito facilmente o porto de Santos, que é o mais importante do Brasil.

[pic 5]

Imagem de satélite do rio Paraguai obtida pelo Google Earth

2.5- Bacia do Paraná

Possui uma área de 1,5 milhão de km². É a bacia que apresenta maior potencial hidrelétrico instalado do País (70%), e garante o abastecimento de energia elétrica para a Região Sudeste, a mais industrializada e povoada do país. Está situada na porção centro-leste da América do Sul.

Esta bacia abrange diversas hidrelétricas, entre elas a de Itaipu.

[pic 6]

Foz do Rio Tietê desaguando no lago de Jupiá,

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