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A Influência das Novas Tecnologias no Processo de Ensino e Aprendizagem e na Ciência Geográfica

Por:   •  29/3/2018  •  3.319 Palavras (14 Páginas)  •  500 Visualizações

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O eixo principal do processo de ensino e aprendizagem por meio da tecnologia é formar alunos cada vez mais ativos, de um modo em que o professor e a tecnologia se complementem, sendo uma espécie de mediador desse processo de aprendizagem, e através da utilização dessas tecnologias associadas a uma reformulação das práticas pedagógicas, se apresenta uma possibilidade a mais para os professores estimulando o aprendizado de seus alunos. Essa nova maneira está relacionada a uma nova visão de construção do conhecimento, em um processo que envolve todos os participantes, professores e alunos, superando as formas tradicionais na relação ensino-aprendizagem (BRIGNOL, 2004).

A IMPORTÂCIA DO ENSINO DA GEOGRAFIA.

A princípio o ensino de geografia na sala de aula não passava de mera discrição do espaço físico, atendendo os interesses da classe dominante que não tem nenhuma preocupação no desenvolvimento de uma geografia crítica, que levasse em consideração as interações da sociedade e o espaço, as mudanças causadas por esse encontro, as transformações ocasionadas no espaço por meio da intervenção humana, a formação de um cidadão consciente, conhecedor da construção e evolução do modo de produção capitalista, um cidadão crítico, capaz de compreender sua realidade atual, através do processo de construção histórico-geográfico.

O ensino não tinha como objetivo formar cidadãos conhecedores da complexidade do sistema que os dominam, capazes de compreender as transformações no meio ocasionadas pelo processo avassalador da globalização, fenômeno que se intensifica cada vez mais.

Segundo Oliveira (2009, p.5), o ensino da geografia torna-se imprescindível para a formação da cidadania e para a análise social, econômica, política, cultural e ambiental. Tem-se disponibilizado um grande esforço para fazer com que a geografia tome o seu verdadeiro lugar no ensino brasileiro, sua importância para o desenvolvimento de verdadeiros cidadãos torna-se cada vez mais evidente.

“Na evolução do conhecimento geográfico é possível verificar a busca por diversas abordagens, das relações entre homem e natureza, numa constante dicotomização e posteriormente entre sociedade e natureza buscando apreender uma visão mais totalizante do espaço em suas investigações.” (TOMASI, 2004, p.13, apud, OLIVEIRA 2009, p. 1).

A possibilidade de se trabalhar com uma geografia crítica em sala de aula é evidente, apesar de se observar a instalação de políticas que limitam a desempenho do educador, como a limitação do poder de construção ou inserção de conteúdos levando em consideração a participação e as experiências vividas dos discentes.

Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar oportunidades para sua produção ou a sua construção. Quando entro em uma sala de aula devo estar sendo um ser aberto a indagações, à curiosidades, as perguntas dos alunos, a suas inibições; um ser crítico e inquiridor, inquieto em face da tarefa que tenho- a de ensinar e não a de transferir conhecimento (FREIRE,1996, p.21)

Um educador devidamente motivado torna-se motivador de seus discentes, um ser transformador de vidas capaz de despertar o interesse dos alunos, comprometido com a transformação, sem a imposição, mas através do despertar da curiosidade e da criatividade, sobretudo no ensino da geografia crítica, que têm como objetivo a inserção do indivíduo numa visão de mundo e sociedade muitas vezes negados a ele, tornando assim o ensino da geografia cada dia mais importante, como afirmam Oliveira; Miranda (2010, p.1)

A geografia chega ao final da primeira década do século XXI como um conhecimento que se torna cada vez mais necessário, indispensável, para se entender um mundo muito mais complexo e que no cotidiano da vida moderna nos chega aos ouvidos, olhos e mentes, aos pedaços, em fragmento desconexo através de imagens, notícias, informações, veiculadas por muitos meios num bombardeio rápido, veloz, mas incessante por que se repete continuamente.

Porém é sabido das dificuldades enfrentadas pelos professores em sala de aula, e em razão disso muitos profissionais preferem manter uma postura conservadora, seguindo padrões, tornando-se repetitivos, fadados a desenvolverem um trabalho cansativo, desmotivador.

Os professores de Geografia relatam que estão frequentemente enfrentando dificuldade em “atrair” seus alunos nas aulas, pois a maioria não se interessa pelos conteúdos que essa disciplina trabalha. No entanto, se a Geografia contempla a diversidade da experiência dos homens na produção do espaço, as questões espaciais estão sempre presentes no cotidiano de todos eles, sejam as de dimensões globais ou locais. É o caso de se questionar, então, por que os alunos não mostram interesse especial pelos conteúdos da disciplina, limitando-se, na maior parte das vezes, ao cumprimento formal das obrigações escolares (CAVALCANTE, 2010, p.3)

O grande desafio é transpor os obstáculos, que são muitos, para desenvolver uma aula de qualidade, que possa prender a atenção dos discentes, no intuito de despertar seu interesse pelo conteúdo, fazer dele parte integrante da aula, aproximar os acontecimentos do seu cotidiano, fazer com que eles se vejam neles, por meio de analogias, um esforço conjunto entre docente e unidade de ensino, a qual pode oferecer ferramentas adequadas que facilitem essa integração.

O ENSINO DA GEOGRAFIA PARA O ENTENDIMENTO DAS TRANSFORMAÇÕES NO ESPAÇO GEOGRÁFICO COMTEMPORÂNEO.

Um fator determinante para se entender a maneira organizacional do espaço geográfico hoje, sem dúvidas, perpassa pelo entendimento do fenômeno crescente da globalização. Um processo gerador de grandes transformações, impulsionador de metamorfoses, sendo contraditório, potencializador de disparidades em diversos espaços, sobretudo em economias mais fragilizadas.

O processo de globalização tem sido apontado como uma das principais características da contemporaneidade. Trata-se de um processo complexo e diverso, no qual participam, mas de modo diferente, grande parte dos países, sem que isso implique maior justiça social e maior aproximação entre seus desempenhos sociais e econômicos. Nesse processo, observa-se maior interdependência entre as escalas nas quais os fenômenos e fatos espaciais ocorrem, maior e mais intensa comunicação entre pessoas, empresas e instituições, levando à experiência simultânea (mas não homogênea) com esses fenômenos e fatos, ao adensamento de pessoas em territórios urbanos globais e globalizados, a padronizações

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