Projeto de Pesquisa, Desenvolvimento & Extensão
Por: Carolina234 • 7/8/2018 • 5.260 Palavras (22 Páginas) • 387 Visualizações
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A visão de inteligência das cidades vem da convergência entre a sociedade do conhecimento – onde a informação e a criatividade têm grande ênfase e que considera os capitais humano e social como seus mais valiosos ativos (Castells, 2012) – e a cidade digital – que faz extensivo uso de sistemas de informação e recursos da Internet como meio para transformar significativamente as formas de relacionamento e de vida (Coelho, 2010; Nam & Pardo, 2011b). Para Komninos & Sefertzi (2009), as iniciativas para cidades inteligentes focalizam o uso das TIC para transformar a vida e o trabalho dentro de uma região, de forma significativa e fundamental, mais do que de forma incremental, explorando os recursos da cidade inteligente de maneira inovadora e colaborativa.
Ao longo dos últimos anos, muitos autores ofereceram definições para o termo cidades inteligentes, como o apresentado num quadro comparativo de Weiss et ali. (2015). Dentre eles, destacam-se:
- Harrison & Donnelly (2011) São aquelas que fazem uso sistemático das TIC para promover a eficiência no planejamento, execução e manutenção dos serviços e infraestruturas urbanos, no melhor interesse dos atores que atuam nestas cidades.
- Nam & Pardo (2011a) São aquelas que têm por objetivo a melhoria na qualidade dos serviços aos cidadãos e que o estabelecimento de sistemas integrados baseados em TIC não é um fim em si, mas mecanismos por meio dos quais os serviços são fornecidos e as informações são compartilhadas.
Assim, as TIC são utilizadas para melhorar a qualidade, o desempenho e a interatividade dos serviços urbanos, reduzir os custos e o consumo de recursos e melhorar o contacto entre os cidadãos e os seus governos. As aplicações urbanas inteligentes são desenvolvidas com o objetivo de melhorar a gestão dos fluxos urbanos e permitir respostas em tempo real aos desafios (NYC MOTI, 2015).
Nesse sentido, a abordagem de cidades inteligentes inclui tecnologias que promovem maior eficiência energética e otimização na produção de bens e serviços; sistemas inteligentes para o monitoramento e gerenciamento das infraestruturas urbanas e antecipação a acidentes naturais; soluções de colaboração e redes sociais; sistemas integrados para a gestão de ativos; sistemas especializados de atenção à saúde e educação que permitem a interação com os atores por intermédio da internet; sistemas, métodos e práticas para o gerenciamento integrado de serviços de qualquer natureza; sistemas para o tratamento de grandes volumes de dados estruturados e não estruturados; sistemas de georreferenciamento; aplicações inteligentes embarcadas em toda sorte de bens; tecnologias de identificação por radiofrequência e etiquetas digitais colocadas em produtos e cargas, otimizando os processos logísticos e as transações comerciais; sensores e sistemas de inteligência artificial que percebem e respondem rapidamente a eventos ocorridos no mundo físico, desencadeando processos digitais que passam a ter consequências cada vez mais imediatas e significativas no mundo, conectando pessoas, empresas e poder público a qualquer tempo e em qualquer lugar (Dirks et al., 2010; Allwinkle & Cruickshank, 2011; Wolfram, 2012).
Particularmente, aqui na Cidade Universitária da UFS tem-se notado o surgimento de diversas iniciativas isoladas que fazem uso das TIC ou da Ciência da Computação para a melhoria da qualidade de vida, cidania, saúde e mobilidade urbana de cidades inteligentes (Barbosa et al., 2016; Barroso et al., 2016; Hegenbeck ET al., 2016; Melo et al., 2016; Santos et al., 2016).
Mais recentemente, cinco professores doutores do Grupo de Pesquisa em Engenharia de Software (GPES) da UFS, em colaboração técnica com a UFC, UFERSA, UFPE e Unicamp, submeteram um projeto para o Horizon 2020 (EU-Brazil Joint Call) de inovação e pesquisa sobre aplicações e serviços de Internet das coisas (IoT), computação em nuvem (Cloud Computing), dados abertos (Open Data), Saúde (e-Health), suportados pela plataforma FIWARE de cidades inteligentes.
Em consonância com esse projeto internacional, este trabalho pretende construir um arcabouço (framework) que possibilite convergir as iniciativas de todos os pilares de cidades inteligentes da UFS, UFC e UFERSA de maneira que as ações e projetos dessas IES possam ser facilmente identificadas, utilizadas de forma transparente (via Open Data) e até replicadas em outras instâncias de gestão urbana – como por exemplo, as prefeituras da capital ou interior dos estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Sergipe, bem como os órgãos dos governos estaduais e da Administração Pública Federal (APF).
Este trabalho pretende desenvolver-se de maneira autônoma, independente da aprovação e efetivação do consórcio euro-brasileiro por meio do Horizon 2020.
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Objetivos
Objetivo Geral
Criar o Portal de Conhecimento “Smart CITy - Cidadania, Inovação e Transparência na difusão de ações e projetos de Cidades Inteligentes”, aqui denominado SMART UFS.br. O portal deve funcionar como um arcabouço de aplicações e serviços localizados nos principais pilares das cidades inteligentes: Gestão Ambiental, Planejamento Urbano, Mobilidade, Governança, Educação, Saúde, Segurança e Insumos (Água, Energia, Gás e acesso a Internet), desenvolvidos ou em desenvolvimento na UFS.
Objetivos Específicos
- Estudar as principais arquiteturas abertas, plataformas (Internet Future Core Platform: FIWARE; Smart Objects for Intelligent Applications (SOFIA); e CRYSTAL) e padrões (oneM2M, NGSI, etc.) usados na implementação de sistemas de informação para as cidades inteligentes.
- Estudar casos de sucesso ocorridos em outras iniciativas público-privadas europeias de serviços interoperáveis por meio de uma plataforma aberta para os ecossistemas urbanos, como por exemplo: Webinos; OpenCities: OSN Platform; Open & Agile Smart Cities (OASC); ICOS: Open Source Community for Smart cities; City Service Development Kit: CitySDK; e i-SCOPE: Smart City.
- Estudar arquiteturas, padrões e tecnologias de Open Data para a organização, publicação e distribuição dos dados gerados (ou consumidos) nas aplicação de forma transparente e independente das plataformas e arquiteturas que estejam distribuídas.
- Estudar e implementar a comunicação entre as aplicações e sensores remotos de IoT com a platafroma FIWARE. Bem como a infraestrutura de nuvem necessária para essa
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