A ética Protestante e o Espírito do Capitalismo
Por: Ednelso245 • 19/2/2018 • 5.337 Palavras (22 Páginas) • 424 Visualizações
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Assim, todo jusnaturalista passará a defender duas teses: A Dualidade ou Hibridismo (existem duas manifestações do direito, o positivo e o natural) ou a Superioridade (O direito natural é superior ao positivo). Baseando-se nisso, as intervenções e relações sociais do jusnaturalismo eram caracterizadas por normas jurídicas, assim, dentro das obrigações identificando seus direitos, seja na família ou demais outros direitos que pudessem ser atribuídos ao que se entende por conceito.
DEMAIS ASPECTOS HISTÓRICOS
Com os helênicos e pré-socráticos havia uma noção cosmológica da realidade, ainda não existia um “voltar-se” para o homem e suas atitudes na natureza e como parte da natureza, careciam de entendimento até então, apenas com os eventos relacionados o externo do ser, explicar eventos naturais. Contudo, nesta visão singular do que se tinha como realidade, existia certa semelhança entre este período e outros. A somatória dos atos identificava a ciência de uma lei humana (Direito Positivo), que era meramente comparável, com as do Direito Natural, uma vez que estes acontecimentos eram dados como ordem do próprio cosmos além dos poderes e interferências do homem. Logo mais surgiria o jusnaturalismo clássico. E com esta corrente que supostamente no século XVI, foi definitivamente ratificada pelos ideais de Hugo Grócio, que através de um método tido como indutivo, geométrico e matemático alcançou o que até então era conhecido por leis naturais, as invariáveis da natureza do homem.
Futuramente identificando uma importância denotada por Samuel Pufendorf, Thomas Hobbes, John Locke e Jean-Jacques Rousseau, já que paradigmas desta época foram solucionados por estes três autores.
Cada contexto de uma época possui uma explicação de sua natureza, e mesmo que em cada época não se tivesse a consciência de seu modus vivendi, esse meio de identificação, permeado por uma criação quase que inconsciente, localiza e guia os indivíduos, os fazendo partir de uma compreensão dos fenômenos de um ponto de vista a priori, do seu ser para fora. Para conseguirmos ter uma visão mais panorâmica sobre as ocorrências e aparições deste conceito na história, seguiremos a seguinte divisão:
CLÁSSICO
Este período antigo, que também é conhecido como período clássico, contribuiu grandemente para com a ligação que era feita do direito do homem para com o direito das forças naturais, permitindo uma interpretação mítica da realidade e seus acontecimentos num todo, abastando a razão como algo que explicaria o mundo e seus fenômenos num todo; tipo de pensamento que mais tarde fora descartado pelos Romanos. Sempre ao pesquisarmos o pensamento clássico grego notamos que a vontade humana se funde a vontade divina, o indivíduo, na qual o individuo por sua vez age meramente por impulso de uma vontade divina maior, sem a existência de um livre-arbítrio. Como já mencionado, a inspiração provinda dos estóicos, faz com que Cícero divulgue em Roma a leiuniversal natural e imanente, em suma por governo de toda uma natureza, sendo isso que veio a influenciar de importante maneira o pensamento cristão que surgiria após este período.
DETALHES SOBRE A PEÇA ANTIGONA
Antígona foi uma peça, que necessariamente retratou a historia de duas irmãs, as quais eram filhas de Édipo, conhecido pela tragédia onde mata o próprio pai, depois se torna rei e casa-se com a própria mãe, tendo dois filhos. Dois destes filhos se mataram num conflito onde um defendia Tebas e outro se rebelava contra tal cidade.
O ponto a ser considerado neste conto é o que focaremos abordando o primeiro momento em que se tem relato do uso do termo: justo por natureza, pois neste conto o rei Creonte ordenou que o irmão que fazia defesa da cidade fosse enterrado com as honras necessárias e rituais que o levariam para Hades; já para com o irmão rebelde, impediu seu sepultamento com as honras necessárias o abandonando para que os animais o devorassem; isso neste momento podemos ler como a lei mundana interferindo no ocorrido.
Em Assim então Antígone, que alem de ser aplicada em sua fé, algo que fica visível quando ela prefere a morte assim como Sócrates em apostamento de uma vida melhor depois de desencarnada, também tinha tremendo carinho pelo irmão, mesmo visto que ele havia se rebelado contra Tebas, pois em si concebia a noção de que todos precisavam ser sepultados conforme os rituais de acordo com a lei divina.
Em Assim ela de resgata este corpo e o enterra, porem é pega por um guarda durante o ritual que realizava, fora imediatamente levada a Creonte, ela admite o crime mundano que fizera, mas o confronta com tão ela enterra sorrateiramente o irmão, mas é pega pelo guarda do Estado enquanto realizava rituais, levada ao rei Creonte, ela admite o crime mundano, mas o confronta com uma propriedade impressionante em um dialogo convincente, o qual assim como antes citado foi o dialogo onde pela primeira vez a lei divina entra em conflito com a lei do estado de maneira clara, segue parte do dialogo para conhecimento:
O rei Creonte diz: “Sabias que, por uma proclamação, eu havia proibido o que fizeste?”
Antígone responde: “Sim, eu sabia! Por acaso poderia ignorar, se era uma coisa pública?”
Creonte responde: “E apesar disso, tiveste a audácia de desobedecer a essa determinação?”
A resposta foi sim, pois não foi nenhum Deus que a promulgara, que nem mesmo a justiça que habita no subterrâneo junto a outras divindades jamais fizera decreto entre os humanos, e que não acreditaria ter conhecido um ódio tão grande a ponto do mesmo liberar o ato de um simples mortal sentir-se no poder de infringir as leis divinas, que mesmo não tendo sido escritas, são irrevogáveis e não existem com período determinado no tempo, não tem ontem nem hoje, há a noção de que eles são eternos, assim tais decretos, os quais ninguém sabe desde quando vigoram, em torno disso tudo eu não temo poder que emane de homens, posso intervir sem que por isso me punam os deuses, que morrerei por tal infração, eu bem sei; porem é inevitável e eu morreria mesmo sem tua proclamação ainda que seja antes de meu tempo, isso será para mim uma vantagem. Vale ressaltar que o que vive como eu, no meio de tais desgraças, o que terá a perder com a morte? Por isso a sorte do que me virá depois da morte é algo não discutível por hora, pior que isso seria permitir que o filho de minha mãe permanecesse sem seu sepultamento, to o mais que se suceder
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