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A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo

Por:   •  31/10/2018  •  1.542 Palavras (7 Páginas)  •  331 Visualizações

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Segundo Weber, já havia um espírito pré-capitalista, mas esse não era organizado, mas existia. As pessoas daquele tempo já haviam se adaptado a esse espírito e iam se aprofundando cada vez mais, não se dando conta do quanto já estavam envolvidas. A religião encarregou-se apenas de organizar o modo de trabalho cotidiano. Quando Lutero introduz a ideia de que toda tarefa era dada por Deus, as pessoas as realizavam como se fosse uma vocação. E assim nasce o método do trabalho regrado, pois tudo tinha a finalidade de agradar somente a Deus, tudo era um dom de Deus. A vocação para ele era algo aceito como uma ordem divina, à qual cada um deveria adaptar-se. Para Weber, Lutero tinha uma doutrina pura e ética. E há um fato que comprova que o único objetivo de Lutero era com Deus e com a salvação, de acordo com Weber, o resultado da reforma foi imprevisível e até mesmo indesejável, muitas vezes oposto até ao pensamento dos próprios reformadores.

João Calvino pode ter ido um pouco mais além de Lutero, apesar de seguir aspectos da doutrina Luterana. Calvino valorizava o trabalho e o lucro, pode-se dizer que traz um espírito capitalista, porém esse lucro não se transformava em investimento, que é como funciona o capitalismo moderno. Segundo Weber, Calvino apenas trabalhava para guardar o dinheiro, não o gastava com coisas mundanas, e por isso ficava cada vez mais rico. Weber ressaltou ainda que a relação do calvinista com Deus era realizada em seu profundo isolamento. O calvinista condenava que um homem poderia livra-lo dos seus maus atos, apenas Deus poderia fazer isso. Para os calvinistas o mundo servia apenas para glorificar Deus, nada era em benefício da carne. A predestinação era o ponto central do Calvinismo, cada um nasce determinado para efetuar tal atarefa. Segundo Weber, o Calvinismo trouxe um ponto positivo: a ideia de necessidade de se provar a fé de cada um na atividade secular.

Max Weber foi o fundador e principal pensador da sociologia compreensiva. Tenta analisar o mundo de uma forma racional, encarando que os indivíduos são os que formam uma comunidade e não meros reflexos da mesma para o mundo, sendo considerado assim um individualista. Uma de suas principais obras é “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo”, no qual ele tenta analisar de forma objetiva a contribuição da religião protestante para o mundo e analisa através de argumentos um tema aparentemente subjetivo.

Para que melhor seja entendida a análise de Weber, primariamente é necessária uma compreensão sobre o “espírito capitalista”. O homem capitalista tende a se basear, resumidamente, para enriquecer, em dois fatores: Tentar acumular a maior quantidade de riqueza possível e gastar a menor quantidade, pois dessa forma retém mais riqueza com si própria. Através dessa análise lógica pode ser analisado o porquê dos países que adotaram o protestantismo terem sido mais bem sucedidos do ponto de vista da acumulação de capital.

Diante de todos os aspectos ligados como: fé, trabalho, lucro e capitalismo. Weber deixa bem claro que o capitalismo moderno não é resultado da reforma, e que o espírito que se desenvolvera durante a reforma difere em todo do espírito capitalista moderno. A reforma pode apenas ter incentivado esse espírito, mas seu objetivo não era com o terreno, e sim com Deus, o que não ocorre hoje com o capitalismo contemporâneo que é independente de qualquer método religioso. O que Weber realmente tenta nos mostrar era como uma religião podia influenciar em uma cultura secular.

Nós atuantes do Serviço Social temos que estar atentas às essas questões que apesar de ter acontecido há muito tempo, mas nos faz entender certas questões daquele tempo e que influência e explica acontecimentos hoje, mesmo que não haja concordância nisso ou mesmo a fé religiosa seja diferente destas, devemos concordar que o fator econômico interfere em toda sociedade religiosa ou não. Mas deve-se admitir que foi uma reforma que influenciou fortemente para o fortalecimento e expansão do capitalismo e é visível essa percepção, basta ter um olhar crítico e conhecer de fato a história das nações e de como ela se desenvolveu em todos os fatores (social, religioso, econômico, cultural), e saber que cada setor é interligado um ao outro e cada um reage como o momento em que se vive uma sociedade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÀFICAS:

CRUZ, M.Braga da,-teórias sociológicas-4ª ed. editora fundaçao calouste, 2004-I volume-Lisboa

WEBER, MARX - A Ética protestante e o espírito do capitalismo-2ª edição revista atualizada em pdf- disponível pelo site: Http://bib.praxis.UFSC.br-consultado em 07.06.2011

Site: (Htpp.//www.netsaber.com.br/resumo/ver_resumo_c_46780.html)

Site: (http://www.monergismo.com/textos/resenhas/weber_capitalismo.pdf)

Site: (http://imprimis.arteblog.com.br/3660/A-ETICA-PROTESTANTE-E-O-ESPIRITO-DO-CAPITALISMO-de-MAX-WEBER/)

Site:(http://pt.wikipedia.org/wiki/A_%C3%A9tica_protestante_e_o_esp%C3%ADrito_do_capitalismo)

Site:(http://pt.shvoong.com/social-sciences/sociology/1647842-%C3%A9tica-protestante-esp%C3%ADrito-capitalismo-pref%C3%A1cio/)

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