Resumo do Livro Para Entender Relações Públicas
Por: Kleber.Oliveira • 8/8/2018 • 4.284 Palavras (18 Páginas) • 302 Visualizações
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Massa
O processo de industrialização forçou diversas pessoas a deslocarem-se para grandes centros urbanos, vivendo próximas de umas as outras sem qualquer tipo de relação. Isso resultou em uma nova forma de comportamento: a Massa. Nela, os grupos pertencentes são espontâneos, não há diferença cultural e de classes, a relação entre os indivíduos é separada ou anônima e a uma conduta homogênea (quando há conduta).
A massa, diferentemente da multidão, supre sua necessidade individual. Não há uma perda do senso crítico e do autocontrole como nas multidões. Não necessariamente as pessoas precisam estar juntar para ser uma Massa. Há uma consciência e normalmente age-se em função do objetivo que conquistou sua atenção. Um exemplo de massa é quando um crime vai ser julgado. Todos se voltam à decisão e o júri (formado por pessoas aleatórias) que dará o veredito. A conduta pra todos é a mesma.
Veículos de televisão, como a Globo, utilizam as massas, como uma forma de tentativa de controle das atividades humanas. Os MCM hoje em dia, ‘’cooperaram para libertar os indivíduos da cadeia do hábito, atirando-os em um mundo novo e intenso. É a época dos indivíduos anônimos, que sentem a necessidade de fazer seleções frente a impulsos vagos ou sentimentos despertados. Quando isso tudo se torna para o mesmo fato, a influência da massa atinge proporções imagináveis.
A massa é confusa e incerta. A massa precisa de um líder que sinta os sentimentos dos integrantes dando lhes expressão e calor. A massa tende a convergir as suas ideias.
Público
A definição de público vai muito além da condição pela qual determinados grupos da sociedade a caracterizam. Não significa que é um agrupamento de pessoas a dispor de um acontecimento, assim como também não é a conceituação de uma nação como um todo.
Sinteticamente falando, “público” é o conjunto de pessoas que, de modo organizado, sem necessidades de contatos físicos, compartilham de pensamentos e ideias divididas, em prol da resolução de determinada medida, devendo haver a chance de diálogo e discussão. O público deve apresentar em suas características que o torna como tal, o produto da controvérsia, ou seja, o agrupamento formado pelos indivíduos, sem a formatação de sociedade, que procura a solução em coletividade através da discussão. Em outras palavras, é uma organização de pessoas, sem contato ou dependência física, onde, frente a uma controvérsia, há a possibilidade de debater, discutir, acompanhar e participar de um possível debate intermediado por veículos de comunicação ou na própria interação pessoal entre os presentes.
Sabe-se que ir contra a ideia dos demais componentes do agrupamento, é algo extremamente normal e esperado, desde que tenha nesse conjunto a discussão e a interpretação, que muitas vezes também são realizadas através de veículos de comunicação.
Tendo em vista que a sociedade busca seguir as regras formadas, a multidão o progresso da empatia, e a massa o caminho para a seleção dos seus integrantes, o público impacta consigo mesmo no momento em que se dá conta que seus componentes são divididos. É possível entender essa unidade do público percebendo que em momento algum, o componente do agrupamento perde o seu senso crítico e suas opiniões, ele apenas se dispõe a fazer concessões, a fim de formar uma opinião e ação conjunta com os demais.
O “universo de debates” caracteriza-se pela flexibilidade por parte das unidades, em entender e concordar com o significado dos termos fundamentais em discussão pelo agrupamento, ou seja, se a unidade possui um posicionamento de modo tradicional rígido, a ponto de pensar que só aquilo é o certo, não há o “universo de debates”, tendo em vista que para haver o debate, são imprescindíveis a existência da racionalidade e do senso, caso contrário, não existirá.
É incumbência do Relações Públicas fazer funcionar a ideia das duas liberdades fundamentais do homem no império da opinião pública: liberdade de informação e liberdade de discussão, pois é necessário que haja o incentivo nas organizações – públicas ou privadas – de haver o debate público, todavia, para que isso seja feito de modo eficaz, tem que ser fornecido através do Relações Públicas, todas as informações necessárias.
O público é totalmente espontâneo e elementar. Os integrantes não tem um papel definido. Eles se reúnem para discutir a controvérsia. Esta não é pode ser resolvida seguindo normas e tradições. Ela é resolvida por base do debate, nas discussões e principalmente por causa da oposição. A oposição é extremamente importante para o público. Pois isso gera discussão e consenso, para quem sabe chegar a final comum.
A nossa sociedade se estabelece seguindo normas estabelecidas, as multidões pelo desenvolvimento gerado pelo rapport, a massa pela convergência da decisão de seus integrantes. Já o publico, não segue nenhuma regra ou norma. Ele simplesmente é movido pelo desejo de derrubar a controvérsia, através de discussão e oposição entre seus membros.
O individuo no público é critico e tem total autocontrole. Eles estão abertos para opiniões alheias, podendo chegar a decisões comuns. A partir disso as ações se tornam conjugáveis. O público é um produto da controvérsia.
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CAPÍTULO II: Opinião pública, propaganda e publicidade
O público toma decisões ou forma opiniões de senso comum a partir do consenso da maioria. Com isso concluí-se que a opinião pública é um produto coletivo. A opinião pública não é unanime, é fruto de um debate e controvérsias, onde nem todos concordam. Porém, não é sempre que a maioria vence o a ideia geral. Em alguns momentos, ela pode surgir da minoria que, por meio de estratégicas organizadas e muito bem explicadas, acabam influenciando na formação de opinião da maioria. A opinião pública está sempre em mudança, corriqueiramente formando novas decisões e consensos, mas sem nunca alcançá-los.
Controle da opinião pública
Antigamente quando não havia tecnologia tão alta e nem todos tinham fácil acesso às informações, a opinião pública era controlada pela censura. Ela, utilizada inicialmente como desculpa do bem comum, na verdade prevenia arduamente as manifestações. Hoje entende-se como censura a omissão de informações por meio
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