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Profissão Repórter: Análise de conteúdo do formato telejornalístico investigativo

Por:   •  15/1/2018  •  16.074 Palavras (65 Páginas)  •  323 Visualizações

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3.4 REPORTAGEM TELEVISIVA: CARACTERÍSTICAS E ESPECIFICIDADES

3.4.1 Linguagem Televisiva e Texto da Reportagem

3.4.2 Videorreportagem

3.4.1 Reportagens Investigativas na TV

3.4.2 Jornalismo Seriado Televisivo

4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

4.1 MODALIDADE DE PESQUISA

4.2 CAMPO DE OBSERVAÇÃO

4.3 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS

4.4 CRITÉRIOS PARA ANÁLISE DOS DADOS

4.5 DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DA INVESTIGAÇÃO

5 APRESENTACAO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

5.1 “PROFISSÃO REPORTER”: HISTÓRIA E CONTEXTUALIZAÇÃO

5.2 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

5.2.1 As histórias e os personagens do “Profissão Repórter”

5.2.2 A Análise de Conteúdo do Quadro Televisivo “Profissão Repórter”

5.2.2.1 Fontes Informativas

5.2.2.2 Temáticas

5.2.2.3 Procedência das Matérias por Região

5.2.2.4 Procedência das Matérias por Estados

5.2.2.5 Uso de equipamentos e métodos

5.2.2.6 Critérios de Noticiabilidade

5.3 ANÁLISE E INTERPRETACÃO DOS RESULTADOS

5.3.1 Fontes Informativas

5.3.2 Temáticas

5.3.3 Procedência das Matérias por Região e Estados

5.3.4 Uso de equipamentos e métodos

5.3.5 Critérios de Noticiabilidade

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

7 REFERÊNCIAS

APÊNDICE A – Fichas-padrão para análise de conteúdo

ANEXO A – Fotografias do quadro televisivo “Profissão Repórter”.

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1 INTRODUÇÃO

Atualmente, o que se vê na televisão são programas jornalísticos engessados na padronização. Matérias com no máximo dois minutos devem passar toda a informação ao telespectador. Às vezes, até o lead (lide) da matéria é cortado para que a notícia seja veiculada.

Diante do avanço tecnológico oportunizado pela internet e as opções de apuração por esse meio digital, cada vez é mais difícil encontrar um jornalista que mantenha a vocação de ser caçador de informação, indo a campo, fora da redação. Geralmente, os jornalistas não se preocupam com a checagem das informações: aquilo que a primeira fonte informativa relata passa a se tornar a verdade do acontecimento. A apuração, a obtenção de uma segunda versão não tem mais importância. A notícia virou produto. O importante é ter o furo.

Não se sabe mais qual a função do jornalista, se é apenas informar ou ser um formador de opinião. Pelo que se observa no jornalismo contemporâneo, a primeira opção é dada como a resposta para o questionamento. Poucos se preocupam em passar algo que faça o receptor pensar, apenas jogam números e nomes para que aquele mais desatento, nem compreenda o que se está noticiando.

A culpa para essa desvalorização dos princípios da profissão jornalista pode estar atrelada à falta de comprometimento de profissionais. Porém, o maior motivo está relacionado ao mercado. O número reduzido das equipes nas redações e a obrigatoriedade de preencher o espaço do noticiário forçam os jornalistas, a esquecerem do telespectador para conseguir manter seu emprego, atingindo o seu objetivo. Fazer o maior número de matérias no menor tempo possível, e isso com qualidade.

Buscando fugir dessa rotina, ao mesmo tempo cativando aos líderes da opinião pública, os meios de comunicação abriram espaço em suas grades para a produção de materiais diferenciados. Programas de entretenimento, séries especiais, revistas audiovisuais e programas jornalísticos especializados foram algumas das soluções. E dentro dos telejornais diários, as reportagens seriadas procuraram ocupar esse vazio.

Exemplos dessas alternativas são programas como: o “Globo Repórter” (destinado a grandes reportagens televisivas); o “Repórter Record” (também destinado às grandes reportagens); o “Domingo Espetacular” (Record); e, o “Fantástico” (Rede Globo). Todas elas são revistas audiovisuais semanais que trabalham com quadros de entretenimento, lazer, curiosidades e também com quadros jornalísticos.

E é dentro do “Fantástico” que se encontra o quadro televisivo “Profissão Repórter”, de conteúdo jornalístico, produzido de forma diferenciada. Desde 2006 no ar, o mencionado quadro conta com quase cinqüenta episódios.

Com toda a padronização que é presenciada no jornalismo atual, “Profissão Repórter” ganha destaque, pelo seu pioneirismo em se produzir informação. Tendo o cuidado de não ser apenas mais um informante e sim ser um agente conscientizador.

“Profissão Repórter” tem se apresentado, um novo formato de programa telejornalístico na televisão brasileira comercial. A união de uma equipe de jovens jornalistas e a presença de Caco Barcellos, traz além da notícia, o processo para se chegar a ela. Mostrar os bastidores da produção é um traço distinto do referido quadro televisivo e talvez esteja ali a principal diferença em relação aos outros programas semelhantes.

A pesquisa será feita através de uma análise de conteúdo: serão analisados de forma quantitativa os quinze primeiros programas, por meio de um formulário, onde constam sete questões-chave para o processo. A escolha nessa amostra do período de lançamento do “Profissão Repórter” é conveniente, já que resulta interessante se aprofundar logo em seu início, pois por ser algo inusitado dentro do jornalismo, é de fundamental importância traçar suas diferenciações,

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