Resenha O contrato social Rousseau
Por: Hugo.bassi • 24/10/2018 • 1.094 Palavras (5 Páginas) • 330 Visualizações
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seu estado natural e se insere no estado social.
Problema da obediência: Como permanecemos livres se obedecemos? → questão da obrigatoriedade, núcleo central desta questão.
A lei que instituímos para nós mesmos é coletiva, liberdade é cumprir uma lei que eu constitui para mim mesma coletivamente como válida.
Pacto hobbesiano: as pessoas instituem um poder, transferindo o direito de governar a si mesmo para outro. → isso se qualifica quase um pacto de servidão a outro.
Em Rousseau não há definições da sociedade através da metafísica. Assim, não há algo superior que define o que a sociedade humana é, eles podem mudar quando quiserem a sua direção na sociedade, não há uma vontade natural que determine as coisas, não há uma verdade, os homens que combinam uma rota, uma direção para onde a sociedade é conduzida, e fazem isso coletivamente. Por isso não há metafísica, isso é artificial, um artifício que os homens utilizam para viver socialmente, eles escolhem isso. → Vontade geral.
Passividade e atividade no caso da poles.
Estado – passivo.
Soberano – ativo.
Forçar alguém a ser livre constitui a máquina do poder.
Trecho:
Capítulo 07. “Ver-se por esta fórmula (…)” → começo do capítulo.
Cidadão que discute as leis, mesmo com ela estabelecida. → Cidadão ativo. → obrigatoriedade política. → não é porque as leis foram estabelecidas que não devem ser discutidas. O homem deve se inserir neste debate, pois diz respeito a sua liberdade.
Em um primeiro momento ele está ativo, discutindo as leis, em um segundo momento, ele estabelece as leis.
Do silêncio do povo pode deduzir-se a concordância.
Ou ele concorda, ou o silêncio dele é imposto, em um estado soberano.
O coletivo do povo precisa de canais para se expressar. Se estes canais existem, ele é livre, se não existe, ele não é livre.
A comunidade não existe sem a vontade geral, é preciso que ela exista nem que seja o mínimo dela.
Sem vontade geral não existe nenhuma sociedade.
Rousseau está operacionalizando um conceito geral, um projeto de ciência sociológica, que pode ser pensado para qualquer sociedade.
Depois que é sociabilizado com a “vontade geral”, surge no homem a “vontade” de ser diferente.
Ativo fazendo a lei e passivo obedecendo a lei, unifica-se em uma mesma pessoa.
O soberano é artificial, moral, não natural. → âmbito da ética.
Tudo que depende de vontade é natural. O homem pode pacificamente se separar dela, fazendo com que o corpo (estado, sociedade) seja dissolvido.
Já o soberano não pode destituir a si mesmo.
O ser do soberano é o dever ser. Ele é uma vontade, aponta um caminho, um télos. Se ele deixa de possuir isso, deixa de ser a vontade geral. O ser do soberano é o Estado, e o dever ser do soberano é aquilo que ele deveria ser. → moral e política juntos.
A vontade geral é o que deve ser.
Enquanto a vontade particular não, pois as vezes ela contraria o dever ser da vontade geral.
A obediência não é natural, é um artificio. A desobediência civil é um caminho para mudanças futuras;
Forçar-se a ser livre: ter consciência das consequências de sua ação, que as vezes pode se desencadear em punições. Forçar-se a ser livre é levar-se a ter consciência moral de suas ações, pois liberdade é cumprir as leis que eu estabeleci pra mim coletivamente, no dever moral de incorporar a vontade geral.
Somos livres porque aceitamos a vontade geral, mas somos livres também quando temos consciência desta ação. É uma dinâmica.
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