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PRÁTICA DE ENSINO: INTRODUÇÃO À DOCÊNCIA (PE:ID)

Por:   •  27/4/2018  •  2.119 Palavras (9 Páginas)  •  447 Visualizações

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Já perceberam uma coisa: quando alguém nos pergunta o que somos nós respondemos de forma inevitável dizendo o que fazemos. O que você é? Professor. O que somos de fato: Educadores ou professores? Todos que um dia pretendem entrar em uma sala de aula, ou até mesmo aqueles que estão há anos lecionando devem se fazer essa pergunta. A escola e o professor, não devem existir para ensinar ao aluno as respostas, mas para ensinar as perguntas. E, um grande mestre, além de ensinar o que sabe, deve ensinar o que não sabe. Na busca dos sonhos e da felicidade de nossos alunos, nós educadores, devemos construir novos saberes. Um grande mestre nasce da exuberância da felicidade, da alegria de ensinar. Ser mestre é ensinar com alegria, é ensinar a felicidade. Mas, todos os professores deveriam parar por um minuto, em sala de aula ou no pátio das escolas, e olhar para os seus alunos e se perguntar: estariam nossos alunos felizes na escola ou estariam lá infelizes e obrigados? A escola é um espaço de alegria ou de tristeza? A partir dessa terrível e apavorante constatação nós professores não estaríamos intimidando a inteligência e a criatividade de nossos alunos em um ambiente de tristeza e infelicidade regado por autoritarismos, regras e gritos.

Raros são os professores que têm prazer e se dedicam aos seus alunos. Nietzsche dizia: “Aquele que é um verdadeiro professor toma a sério somente as coisas que estão relacionadas com os seus estudantes – inclusive a si mesmo.” Será que dia os professores, em suas conversas, falarão menos sobre os programas e as pesquisas e terão mais prazer em falar sobre os seus alunos.

Seu aluno tem admiração ou temor de você professor? Nos educadores podemos ser fonte de pura admiração para os nossos alunos. Quando se admira um mestre, o coração dá ordens à inteligência para aprender as coisas que o mestre sabe. Saber o que ele sabe passa a ser uma forma de estar com ele. Aprendo porque amo, aprendo porque admiro.

O que estamos formando

Quando pensamos em escolas, muitas palavras vêm a mente, mas uma em especial chama a atenção: FORMAÇÃO. Formação deriva de forma, que lembra fábrica, produto em série. Será que não é isso que estamos fazendo com nossas crianças, formatando-as para o vestibular, universidades, formatadas todas iguais, preparadas para enfrentarem provas com questões informativas que serão esquecidas? Conteúdos dos quais elas jamais usarão em seus projetos de vida ou mesmo dentro da profissão escolhida? Estamos obstruindo a imaginação, o saber pensar, o conhecimento como de fato deve ocorrer, de forma livre e prazerosa. Estamos formando cidadãos só para o mercado de trabalho ou para a vida?

O trabalho de uma escola deve ser artesanal. Não se pode esperar competência de uma geração, cujo preparo seja de produção em escala. Humano não é lata. Humano pensa, possui sentimentos, aprecia o belo, o respeito, a segurança, gosta de responsabilidades, limites, princípios e responsabilidades." A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo o que a elas se propõe ”

A escola brasileira é uma escola gaiola com seu sistema de educação. Segundo Rubens Alves a construção de conhecimento educacional mais satisfatório só acontece através de um novo modelo de educação que utilize conhecimento prévio do aluno, a sociedade como parceiro e mude a visão do professor enquanto instrumento de repasse do conhecimento, propiciando uma nova forma de educar.

As escolas gaiolas fingem ir para frente, evoluir, melhorar, porem andam em círculos e ficam no mesmo lugar não permite que professor e aluno façam o que realmente foram incentivados a fazer. É um ensino tradicionalista que não propicia o professor levar para sua sala de aula seus conhecimentos e vivencias, nem ao aluno expressar suas habilidades e sentimentos.

O professor acaba cumprindo planos e projetos de ensinos determinados pelo governo que acabam sendo insatisfatório tanto para o professor quanto para o aluno, fazendo com que o professor perca o amor pelo ensino e o aluno a vontade de aprender.

Ainda não há verdadeiramente um sistema de ensino estimulante que apoie a interação entre educador e educando para que juntos possam construir um ambiente escolar prazeroso onde ambos queiram estar. Esse sistema ainda enxerga o aluno como um produto e o professor o portador do conhecimento.

O educando da atualidade carece de uma escola “Asa” dinâmica, agradável e jovem para despertar o gostar de estudar de aprender, e compete ao professor possibilitar ao aluno a liberdade de expressar sua crítica e reflexão sobre determinados assuntos, sentir-se livre e ao mesmo tempo confiante no professor, compreendendo que não está sozinho, haverá sempre um trabalho em equipe, uma interação na construção do ensino aprendizagem, então o aluno se percebe um individuo dono do seu próprio conhecimento.

Segundo Rubens Alves o papel do professor é ensinar os seus alunos a encontrar as suas ferramenta do aprender e construir, supri-los com conteúdos educacionais satisfatórios para que então eles ganhem asas e conheçam sua verdadeiras e capacidades de aprender a voar e que o professor também se libertem da sua gaiola para que assim ocorra sempre uma dialética entre ambos.

De um modo geral, o sistema de ensino brasileiro ainda é tradicional, a maioria das escolas são gaiolas que prendem o professor e o aluno a um modelo educacional ultrapassado não permite o desenvolvimento das habilidades e aptidões do aluno restringindo-o a mesmice sem mensurar o prejuízo no desenvolvimento educacional e cultural do aluno.

Mas existe uma luz no fim do túnel, há esperança, pois sabemos que nem todos os professores fazem parte do sistema. Existem sim educadores comprometidos em amor por seus alunos, Para que o aluno se identifique com o professor, é preciso que este conheça sua realidade. "Reconhecer o que é infância”, adolescência, respeitar as fases de amadurecimento, identificar diferenças e conhecer o processo cultural nos quais os jovens se envolvem são itens importantes, já que a relação entre professor e aluno inevitavelmente compreende um choque de gerações, O verdadeiro professor é aquele que está. Deve ser criativo e capaz de ver no limão azedo a possibilidade de fazer uma limonada.

É importante saber que, dentro de sala e fora dela, o professor é alguém

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