PLANO DE TRABALHO LABORATÓRIO AUDIOVISUAL

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O ato de montar dá origem a drag Demetria. “É a montaria, acrescida dos textos e das performances que diferencia um feminino-drag de outros femininos e um masculino-drag de outros masculinos.” (VENCATO, Anna Paula. “Fora do armário, dentro do close”, pp- 235, cadernos pagu, 2005) Sendo assim, os elementos que vão ser utilizados para significar a drag diferentes daqueles utilizados para dar gênero e criar dicotomia entre estes diferentes.

Uma vez que dito por alexandre que a existência da Demetria em sua vida foi determinante para a evolução do seu eu, tanto quanto a dele para dar vida a de Demetria. Foi citado uma função social que a Drag passaria a ter. “Eu como drag me sinto na responsabilidade de conversar com as pessoas e estar por ali mostrando a minha imagem e quebrando a heteronormatividade” (PERTALI, Alexandre. 2017). Gerando então o que vem a ser a possível questão principal posta para a pesquisa: “O que representam as drags na vida das pessoas que as montam?”. Sendo desafio o objetivo de fotografar e/ou filmar os momentos que apresentarem as respostas para essa pergunta.

Uma vez que trabalhando com imagem temos várias interpretações da mesma, o trabalho com a fotografia do ambiente drag passa a trazer ao trabalho a essa possibilidade de interpretação da imagem que se é criada. Como apontada por BITTENCOUT (1998) “A fotografia é resultado do olhar do fotógrafo e seu significado é consequência da interpretação dada pelo espectador. (Algumas considerações sobre o uso da imagem fotográfica na pesquisa antropológica. pp- 201) O uso das fotografias criam uma abertura para múltiplas interpretações que abrangem visões do momento captado além daquela que foi pensada pelo antropólogo na etnografia. Sendo assim, para a pesquisa em questão, um objetivo de aproximar o trabalho com a realidade.

Fotografias Tiradas: [pic 1]

(BERRIEL, Aoi. Entrevista de Alexandre, 12/05/2017)

Esta foto mostra o busto utilizado pelo Alexandre para fazer as customizações e as criações das roupas que são feitas para Demetria. Sendo as espumas utilizadas para dar o corpo da Drag colocando sobre o corpo junto com cintas e meia calças. Quando apresentado estes objetos, foi sinalizado como sendo a própria Demetria: “Aqui está a Demetria”. Sendo elementos principais para a montagem e a corporificação da drag a partir de elementos externos.

[pic 2]

(BERRIEL, Aoi. Entrevista de Alexandre, 12/05/2017)

Esse espelho foi apresentado como o principal agente da montação da drag Demetria. “Foi aqui que tudo começou”. Nessa foto, além do espelho, é mostrado na parte inferior à esquerda fotos da Rupaul (Drag que comanda um reality show de drags), que foi o motivador mais influente que levou o Alexandre a fazer uma montação para gerar a drag. Como símbolos que marcaram a execução e a motivação das suas primeiras montações.

Bibliografia:

VENCATO, Anna Paula. Fora do armário, dentro do close: o camarim como espaço de transformação. Cadernos Pagu, São Paulo, p.227-247, jan. 2005. 20. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-83332005000100011&lang=pt> acesso em 22/05/2017.

BITTENCOURT, Luciana Aguiar. Algumas considerações sobre o uso da imagem fotográfica na pesquisa antropológica. In: Feldman-Bianco, B. e Moreira Leite, M.

Desafios da imagem- fotografia, iconografia e vídeo nas ciências sociais. Campinas: Papirus,1998,pp-197-212

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