LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA ESTRUTURAÇÃO DE UM PROJETO DE GINÁSTICA
Por: Evandro.2016 • 10/10/2018 • 3.537 Palavras (15 Páginas) • 306 Visualizações
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Desenvolvimento
- Origem e Evolução da Ginástica
Compreendemos a produção histórica em ginástica como a forma pela qual esta foi produzida a modificada em diferentes momentos da civilização humana e se constituiu em um conteúdo da cultura corporal. A ginástica, inserida nesse conceito, e percorrida por forças de mudanças, ao mesmo tempo em que revela certas estruturas duradouras onde sua dinâmica e percepção radicam sempre nas relações sociais reproduzindo as tensões, os embates, o mecanismo de exclusão e de estigmatizarão social.
A construção do corpus teóricos da Ginástica sofreu transformações continuas que expressam as mudanças que se operam nos sistema de organização social. Estas transformações provocam modificações nas formas de elaboração, transmissão e apropriação dos conhecimentos produzidos nesse campo específico. Como podemos observar, as propostas e os conceitos iniciam da Ginástica se desenvolveram de forma crescente apoiadas no avanço das pesquisas, da tecnologia e de sua difusão. Esse artigo visa esclarecer a memória acerca da população histórica em ginástica e elucidar como esse campo de conhecimento foi constituído no decorrer dos anos apoiada na historicidade desse conteúdo da cultura corporal. No período Pré-histórico o homem possuía duas grandes preocupações: atacar e defende-se. Tratava-se de uma exercitação espontânea e ocasional, Nas sociedades pré-históricas a ginástica possuía um caráter natural, utilitário, guerreiro, ritualístico e recreativo. Objetividade a luta pela vida, os ritos e cultos, a preparação para a guerra, as ações competitivas entre tribos e as praticas recreativas. Na antiguidade, Ramos cita a pratica de exercícios ocupou um lugar de destaque nas civilizações orientais e do novo mundo. Egípcios, assírios, babilônios, hititas, persas, chineses, japoneses e os índios pré-colombianos utilizavam a ginástica como objetiva de culto recreativo e preparação guerreira. Na Grécia, mais especificamente nas cidades de Atenas e Esparta, a ginastica, a ginástica recebida uma finalidade educacional para formar cidadões e, também guerreiros. Em Atenas, buscava-se obter com a ginástica uma eficiência educacional, fisiológica, terapêutica, estética e moral sem descuidar da preparação militar. E, em Esparta, o objetivo era a preocupação militar, disciplina cívica, endurecimento do corpo e a energia física e espiritual. Em Roma, a Ginástica possuía a mesma conotação atribuída em Esparta e visava à formação de um guerreiro através do adestramento militar, neste momento histórico a ginástica continuou a ter um caráter de preparação militar, principalmente, devido às cruzadas e defesas territoriais. Brikina afirma que na Idade Media houve um desenvolvimento da acrobacia, pois acrobatas e equilibristas se apresentavam nos castelos feudais, palácios reais e nas cidades. Estes sem duvida tiveram influencia no desenvolvimento de técnicas de exercícios ginásticos nos períodos posteriores, principalmente, com relação aos aparelhos de grandes partes. O renascimento trouxe luz ao obscurantismo da Idade Media em todos os ambitos, o que fez ressurgir a ginástica em vários países. Nesse momento, esta assume a missão de recuperar o corpo macerado pelas guerras, pelos jejuns prolongados e pelos descuidados impostos pela região, a qual considerava a pratica corporal uma fonte de luxuria e de pecados.
Os jogos populares, as danças folclóricas e o atletismo eram as formas mais comuns de exercícios físicos nesse período. De acordo com esses autores, houve uma reapropriação. As discussões no campo dos exercícios físico influenciaram nas reflexões dos criadores dos métodos clássicos de educação física. Grandes nomes como J. H. Pestolozzi, J. B. Basedow e J. Rousseau influenciou o desenvolvimento da ginástica pedagógica e higiênico nesse momento histórico. Brikina ressalta o que Pestalozzi elaborou um método analítico de ginástica tornando-se um dos fundamentos da teoria e metodologia da ginástica.
Na idade contemporânea os primeiros sistemas regulares de educação física emergiram e foram elaborados com certas ordenações e obedeciam a determinados princípios pedagógicos, a partir da segunda metade do século XVIII. A preocupação com a inclusão dos exercícios físicos nos currículos escolares dessa sociedade capitalista em ascensão retoma ao século XVIII com Guths Muths (1712-1827), J.B Basedow (1723-1790), J. J, Rousseau (1712-1778) e J. H. Pestelozzi (1746-1827). Conforme soares, foi a partir de 1800 que sugiram novas formas de conceber os exercícios físicos os quais receberam o nome de sacolas ou métodos ginásticos. Os nomes correspondem.
Soares cita que as escolas ginásticas, de modo geral, possuíam finalidades semelhantes, as quais: regenerar a raça (alta taxa de mortalidade e) doenças; promover a saúde (sem alterar as condições de vida e de trabalho); Na Alemanha, Soares afirma que a ginástica surge para atingir as finalidades supracitadas, particularmente, a defesa da pátria, pois a Alemanha carecia de uma unidade territorial. Ramos afirma que J. B. Basedow iniciou o movimento germânico em 1760 com o seu filantropismo inspirado nas ideias de Locke e Rousseau. Posteriormente, Guts Muths, pai da ginástica pedagógica, foi outro precursor da ginástica na Alemanha, mas suas ideias foram superadas pelos caratês patriótico e social da ginástica de Ludwig F. Jahn.
Jahn reforçou o caráter militar da ginástica para alem da saúde e da moral. O turnem, termo pelo qual ficaram conhecidos os métodos gimnico de Jahn, possuía um caráter político com atributos patrióticos tornou-se um movimento social. A aula de Ginástica era utilidade para transformar os seus alunos em seres dóceis, submissos, prontos para obedecer e servir. A preocupação da ginástica alemã nas escolas ficou a cargo de Adolph Spiess que, assim J. B. Basedow propunha uns períodos do dia destinado ao exercício físico na formação holística do homem. Na França a ginástica integrou a ideia de ma educação voltada para o desenvolvimento social. A sociedade burguesa em ascensão necessitava de homens com uma formação integral a qual incluía a pratica de exercício físico. É nesta perspectiva que a ginasta foi organizada extrapolando o contexto militar para abranger toda a população. Baseada nas ideias de L. F. Jahn, Gus Muths e P. H. Ling, a ginástica da escola francesa preocupava-se com o corpo anatono-fisiologico com um forte traço moral e patriótico. A ginástica consiste em uma panaceia para diferentes males da sociedade e deveria agir sem alterar a ordem política, econômica e social. Isso seria obtido
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