A construção das ciências: introdução à filosofia e à ética das ciências

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O texto procurará levar a compreender a lógica no seu sentido mais amplo, onde o

termo “lógica” é relacionado ao estudo da maneira pela qual os saberes humanos se estruturam, além da exigência em pesquisar em que condições eles podem ser considerados como válidos. Esse domínio equivale à chamada “filosofia da ciência”, que intitula de epistemologia a forma pela qual é organizada os saberes. Já a ética é definida como a parte da filosofia que reflete sobre as escolhas que tem uma importância na vida do homem. Foi abordada apenas em que proporção a ciência é capaz de ajudar na felicidade dos seres humanos e na resolução de problemas intelectualmente e praticamente, além de que visa questionar em que medida a ciência pode “ajudar a resolver certos problemas éticos e/ou sociopolíticos particulares, como a questão do aborto, da bioética, da corrida armamentista, etc.”

Segundo Fourez, à primeira vista, certos códigos éticos podem estar ligados a questões

científicas, concluindo, assim, que determinadas questões científicas podem influenciar o

julgamento ético. Além dessas questões, o aborto, o desenvolvimento, a ecologia e o homossexualismo também podem exercer essa influência.

Para finalizar, o autor apresenta diversos cenários em que a palavra/conceito “normal” aparece com diferentes significados. São eles: “introduzir um fenômeno no âmbito da nossa compreensão do mundo”; referir-se pura e simplesmente a estatísticas; situações “anormais” ao que é contrário à expectativa social; situações em que é falado sobre coisas em que o indivíduo ou grupos consideram anormais. Portanto, são destacadas quatro significações para a palavra “normal”: sentido científico e trivial, sentido estatístico, sentido formado pelo consenso social e sentido depende do juízo de valor.

Considerando essas questões, o autor prepara e propõe uma série de reflexões para o que está por vir nos capítulos seguintes da sua obra.