A IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO E TRATAMENTO AO USO DE DROGAS
Por: YdecRupolo • 2/8/2018 • 2.787 Palavras (12 Páginas) • 468 Visualizações
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Já as drogas ilícitas são substâncias que por meio da Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006, proíbe e reprime a produção, comercialização e consumo, como é o caso da maconha, cocaína, crack, etc.
Duarte (2010) abordar as definições quanto uso, abuso e dependência de drogas:
Uso refere-se ao consumo em qualquer quantidade, enquanto abuso relaciona-se a uma forma de uso/consumo que potencializa os malefícios para a saúde do indivíduo; e dependência relaciona-se a situações quando o uso/consumo já alterou todo o funcionamento do organismo, trazendo consequências não apenas físicas, mas também emocionais, culturais, sociais (DUARTE, 2010).
Devido aos problemas supracitados, a Política de Saúde realiza um trabalho de Prevenção e Tratamento ao uso de drogas. A Prevenção ocorre através de
ações no qual o profissional de Serviço Social é inserido para identificar esse problema como uma expressão da questão social, desenvolvendo estratégias de combate ao uso de drogas e conscientizando seus usuários acerca dos efeitos físico, biológicos, psíquicos e sociais.
Ely (2003, p.115), faz um breve apontamento sobre o Serviço Social e a interdisciplinaridade que permite uma atuação em diferentes espaços ocupacionais:
Portanto, o Serviço Social, ao buscar novas formas de executar seu trabalho direciona seu envolvimento na ação interdisciplinar, compartilhando um espaço de troca mútua entre as especificidades do conhecimento e ultrapassando, no atendimento da complexidade das suas demandas, os limites de sua especialidade (ELY, 2003, p.115).
Segundo o apontamento de Ely, o profissional de Serviço Social tem embasamento teórico-metodológico e ético-político suficiente para atuar com qualidade e responsabilidade em qualquer área de atuação, pois ele trabalha com as diferentes demandas e com diversas manifestações da questão social.
Mediante analise a Política Nacional sobre Drogas (2005c) estabelece também as seguintes diretrizes para as áreas de Tratamento, Recuperação e Reinserção Social:
- Promover e garantir a articulação e integração em rede nacional das intervenções para tratamento, recuperação, redução de danos, reinserção social e ocupacional (Unidade Básica de Saúde, ambulatórios, Centro de Atenção Psicossocial, Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas, comunidades terapêuticas, grupos de autoajuda e ajuda mútua, hospitais gerais e psiquiátricos, hospital-dia, serviços de emergências, corpo de bombeiros, clínicas especializadas, casas de apoio e convivência e moradias assistidas) com o Sistema Único de Saúde e Sistema Único de Assistência Social para o usuário e seus familiares, por meio de distribuição descentralizada e fiscalizada de recursos técnicos e financeiros.
- Desenvolver, adaptar e implementar diversas modalidades de tratamento, recuperação, redução de danos, reinserção social e ocupacional dos dependentes químicos e familiares às características específicas dos diferentes grupos: crianças e adolescentes, adolescentes em medida socioeducativa, mulheres, gestantes, idosos, pessoas em situação de risco social, portadores de qualquer co-morbidade, população carcerária e egressos, trabalhadores do sexo e populações indígenas, por meio da distribuição descentralizada de recursos técnicos e financeiros (...).(BRASIL, 2005c, p. 6)
Conforme exposto, o Processo de Tratamento ocorre a partir do reconhecimento desse problema e do encaminhamento as Políticas Públicas, como o Centro de Atenção Psicossocial – CAPS e o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas - CAPSad que promovem o acolhimento, acompanhamento, escuta qualificada,
projeto terapêutico, oficina terapêutica, atividade individual ou em grupo, reuniões, atendimento familiar dentre outros para efetivar a inclusão social desse público. A depender do projeto terapêutico do usuário do serviço, o CAPS poderá oferecer, conforme as determinações da Portaria GM 336/02 de 19 de fevereiro de 2002.
• Atendimento Intensivo: trata-se de atendimento diário, oferecido quando a pessoa se encontra com grave sofrimento psíquico, em situação de crise ou dificuldades intensas no convívio social e familiar, precisando de atenção contínua. Esse atendimento pode ser domiciliar, se necessário;
• Atendimento Semi-Intensivo: nessa modalidade de atendimento, o usuário pode ser atendido até 12 dias no mês. Essa modalidade é oferecida quando o sofrimento e a desestruturação psíquica da pessoa diminuíram, melhorando as possibilidades de relacionamento, mas a pessoa ainda necessita de atenção direta da equipe para se estruturar e recuperar sua autonomia. Esse atendimento pode ser domiciliar, se necessário;
• Atendimento Não-Intensivo: oferecido quando a pessoa não precisa de suporte contínuo da equipe para viver em seu território e realizar suas atividades na família e/ou no trabalho, podendo ser atendido até três dias no mês. Esse atendimento também pode ser domiciliar (PORTARIA GM 336/02).
Deve-se mencionar que o CAPSad destina-se a pacientes cujo problema é ocasionado pelo uso de álcool e outras drogas. Nessa instituição o Assistente Social atua promovendo o fortalecimento de vínculos afetivos, o estreitamento de laços sociais e a melhora da autoestima das pessoas.
2.DESENVOLVIMENTO
2.1 Delimitação e Formulação do Problema
Um fator importante na formação que cada um deve receber enquanto ser humano. Esse é um dos principais motivos de jovens do mundo inteiro recorrerem às drogas, o fato de se sentirem sozinhos ou perdidos, sem muitas experiências de vida e sem boas referências para descobrirem que caminhos querem seguir, mais principalmente pela desassistência dos pais, que somente após os filhos se envolverem com drogas é que eles se mostram preocupados.
O contexto sobre drogas é muito abrangente, por isso através do estudo bibliográfico, pode-se delimitar o seu processo com a atuação do profissional de serviços social no âmbito da saúde para efetiva a prevenção e tratamento ao uso de drogas.
Nessa perspectiva, buscar respostas sobre os impactos ocasionados pelo uso de drogas e as medidas de Prevenção e Tratamento, bem como a reinserção social.
E a pergunta que nós colocamos, hoje, é como viver numa sociedade que não precise de drogas? Ou como viver numa sociedade onde estas drogas estejam sob controle, apenas para remediar situações que não têm outro jeito, senão por alguns
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