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DROGAS IÍLCITAS QUE PODEM SER USADAS EM TRATAMENTO MÉDICO

Por:   •  27/6/2018  •  2.486 Palavras (10 Páginas)  •  281 Visualizações

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PROPRIEDADES MEDICINAIS DA CANNABIS

Os benefícios medicinais que a planta traz já são conhecidos há pelo menos seis mil anos, quando chineses já relatavam sugestões de uso da maconha para tratar a asma, cólicas menstruais e inflamações de pele. Até 1937, empresas dos Estados Unidos comercializavam chás feitos com substâncias da maconha para combater asma, dor e estresse. O negócio fechou as portas quando a erva foi proibida no país.

Mas é importante deixar claro que a erva não faz só bem ao corpo, como alguns defensores da legalização defendem. Quando não é usada adequadamente ou com acompanhamento médico, a substância pode ser prejudicial à saúde em vários aspectos, como na perda de memória, no agravamento de sintomas da esquizofrenia, além de disfunção erétil, esclerose múltipla e até mesmo encolhimento do cérebro.

Neste trabalho iremos apenas mostrar as propriedades medicinais que já foram descobertas cerca de 400 compostos químicos, e a planta conta com 60 canabinóides – princípios ativos específicos. Abaixo, confira algumas das doenças que a maconha pode ajudar a combater:

1 – CÂNCER

A cannabis não cura o câncer, mas alivia o sofrimento causado pela quimioterapia, diminuindo as crises de náusea e vômitos. Isso pode ser essencial no tratamento, já que muitos pacientes desistem dele por não aguentar as reações causadas no organismo. Em uma pesquisa feita em 1991 pela Universidade Harvard (EUA), 70% dos médicos que tratam câncer afirmaram que recomendariam o uso de maconha se ela fosse legalizada nos EUA. Nesse mesmo ano, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu a maconha como medicamento. Medicamentos baseados em cannabis podem aliviar a dor sem efeitos psicóticos

2 – AIDS

A cura definitiva para a Aids ainda não foi encontrada. Mas os portadores da doença podem conseguir um efeito importante no corpo usando a erva natural: o aumento de apetite. Isso que popularmente conhecemos como “larica”. Pacientes com Aids podem perder até quatro quilos por mês e morrer por desnutrição. Mas a maconha não é indispensável, já que existem outros medicamentos que produzem o mesmo efeito.

3 – DOR CRÔNICA

No início dos anos 90, foi descoberta uma substância na cannabis que é muito eficiente no combate à dor. A erva natural é tão eficaz nisso que esse efeito já aparece em relatos chineses de mais de quatro mil anos. Um americano chamado Burton Aldrich, tetraplégico, afirmou que a maconha foi a única solução para o fim das dores insuportáveis que ele sentia. “Depois de cinco minutos fumando maconha, os espasmos foram embora e a dor neuropática desapareceu”, afirmou ele. A maconha tem poder analgésico para tratar dores persistentes, inclusive as causadas pelo sistema nervoso, que reduz o consumo de outros remédios.

4 – GLAUCOMA

O glaucoma faz com que a pressão no olho aumente, o que torna a doença a maior causa de cegueira no Brasil. A maconha diminui essa pressão na órbita ocular, pois o THC – substância química que compõe a planta – controla a ação dos líquidos que correm na córnea e na íris.

5 – ANSIEDADE

Chocolate, cigarro, chicletes… Muitas pessoas tentam combater a ansiedade com essas substâncias. A maconha é proibida, mas também pode ser usada para tentar diminuir a agitação. Algumas pessoas, principalmente as que não estão habituadas à erva, podem ter o efeito oposto, entretanto. A maconha é usada também para o tratamento da depressão e insônia – que podem surgir em decorrência da ansiedade em excesso.

6 - DOENÇAS DE CROHN

A maconha ameniza náuseas e dores intestinais e pode atacar (e ate erradicar) as células que provocam a infecção.

7 – HEPATITE C

Doses pequenas aliviam a depressão e as dores musculares causadas pelos fortes remédios.

8 – ESCLEROSE MÚLTIPLA

Reduz espasmos, falta de sono e rigidez muscular. Mas pode aumentar a perda de memória e déficit de atenção, comuns a quem tem a doença.

PRINCIPAIS SUBSTÂNCIAS PRESENTES DA CANNABIS

THC

O Tetrahidrocanabinol é o princípio ativo da droga responsável pela sensação de 'barato' em seus usuários. No entanto, além de já ser base de remédios no controle de enjôos de indivíduos com câncer e Aids, os pesquisadores acreditam haver perspectivas de uso em pessoas com dores crônicas. Isso, devido à capacidade desses canabinóides se conectarem aos neurônios, intervindo em seu comportamento, inclusive na sensação de dor. Por causa dessa manipulação, ele também tem sido uma esperança a mais na guerra contra o excesso de peso. A suspeita originou-se a partir da constatação de que os usuários da maconha costumam sentir fome após o término de seus efeitos. Usada adequadamente, segundo os cientistas, o THC pode aumentar ou mesmo diminuir o apetite. Aliás, no Canadá já é comercializado um medicamento para emagrecer com essas atribuições.

CANABIDIOL

Livre de efeitos alucinógenos, esse canabinóide mostrou eficácia no controle da ansiedade e de sintomas psicóticos em experimentos com animais. Esse resultado, considerado pioneiro no início dos anos 80, já estava registrado na tese de doutorado do atual professor de psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto, Antonio Waldo Zuardi. Duas décadas mais tarde, um de seus alunos, José Alexandre Crippa, confirmou através de imagens que o canabidiol realmente ativa as regiões cerebrais ligadas à sensação de ansiedade. "Se comprovada a mesma eficácia nos seres humanos constatada em testes com animais, o canabidiol representará um passo relevante no domínio das alucinações em pacientes com esquizofrenia", explica o professor. "Até porque o canabidiol provoca em menor intensidade o efeito colateral de sedação do que os outros medicamentos com indicação similar", afirma.

A MACONHA NO BRASIL

O uso da “maconha” no Brasil é proibido pela lei 11343/2006/ Portaria SVS/MS Nº 344, de 12 de maio de 1998.

A Maconha

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