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A DANÇA NO APRENDIZADO

Por:   •  5/12/2017  •  1.888 Palavras (8 Páginas)  •  530 Visualizações

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Seu surgimento primeiramente teve a função de adorar os deuses e a natureza, em algumas cavernas como por exemplo a serra da Capivara (no Piauí) observa-se desenhos com cenas de pessoas em roda, saltando e se comunicando com o corpo.

Passando por algumas transformações, uma das mais importantes foi na França, durante o reinado de Luis XIV, que fundou a Academia Real da Música e da Dança no ano de 1661, nasce então o conceito de balé, dança executada pelos nobres nas festas da corte. Após, na virada do século 19 para 20, Isadora Duncan, causou enorme sensação ao rejeitar as sapatilhas de ponta, considerada símbolo do balé. Dançando descalça e interpretando as músicas a seu modo.

Como podemos ver, a dança sempre esteve presente na história da humanidade, seja em forma de expressar emoções, manifestar sentimentos, em forma de celebrações, espetáculos, divertimentos e até ao avanço dos dias atuais em que se apresenta como um importante instrumento de aprendizagem. E é neste contexto que podemos associar a dança ao universo pedagógico e atribuir a ela um grande valor.

A dança também é um meio de educação, como afirma o autor abaixo: Nesta perspectiva, Pereira (2001) coloca que:

(...) “a dança é um conteúdo fundamental a ser trabalhado na escola, com ela, pode-se levar os alunos a conhecerem a si próprios e/com os outros, a explorarem o mundo da emoção e imaginação, a criarem, a explorarem novos sentimentos, movimentos livres (..). Verifica-se assim, as infinitas possibilidades de trabalho do/para o aluno com sua corporeidade por meio dessa atividade”.

Partindo desta afirmativa podemos dizer que a dança é um excelente recurso pedagógico e que vai muito além de mera diversão e lazer, não se resume em apenas ensinar técnicas e gestos, ela também vem desenvolver uma linguagem deferente da fala e da escrita, bem como vem promover e aumentar a socialização dos alunos.

Em 1996, a nova Lei de Diretrizes e Bases (LDB) do Brasil instituído o ensino obrigatório de Arte em território nacional “o ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos” ( LDB 9394/96 Art. 26 - § 2º)

Finalmente, em 1997, foram publicados os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) que incluem, pela primeira vez na história do país, a dança em seu rol de disciplinas. Ainda de acordo com PCNs, os principais objetivos da dança seriam “valorizar diversas escolhas de interpretação e criação, em sala de aula e na sociedade, situar e compreender as relações entre corpo, dança e sociedade e buscar informações sobre dança em livros e revistas e ou em conversas com profissionais” (BRASIL, 1997).

A inclusão da dança nos PCNs visava encarar o ensino da dança como uma atividade educativa, recreativa e criativa, e também propiciar situações para a construção do conhecimento, independente de se estar brincando, pulando ou dançando. Teoricamente a proposta de inclusão da dança nos PCNs é bastante significante para a nossa atual visão de educação, porém é preciso ser reavaliada a prática dessa proposta, pois o que temos não é um recurso para o aprendizado, mas uma forma de descanso, de diversão e, até mesmo um recurso na falta de conteúdo programático.

VERDERI (2009) declara que:

“a dança na escola deve proporcionar oportunidades para que o aluno desenvolva todos os seus domínios do comportamento humano e, por meio de diversificações e complexidades, o professora contribua para a formação de estruturas corporais mais complexas.”

Então discorrendo por um breve histórico de sua evolução, a dança desde antigas culturas, apresenta-se primeiramente em caráter de espetáculos, manifestações populares e a seguir na Idade Média passa também na forma de entretenimento das classes altas e as do povo, chegando aos dias atuais a ganhar importante espaço na educação ajudando a desenvolver o aprendizado, a disciplina, a concentração e a organização, garantindo assim um padrão de maior qualidade aos ensinamentos, despertando nos aprendizes um interesse maior para cada atividade do dia a dia, mesmo que naquele determinado momento a dança não esteja presente integralmente.

O nascimento do projeto

Sendo a adolescência um período de transição para a fase da maturidade, formando de certa maneira um elo entre infância e idade adulta e por conta disto a ocorrência de alterações hormonais, havendo grandes transformações no aspecto físico e psicológico da criança, nasce então a necessidade deste adolescente ter um bom acompanhamento e boas orientações, para que saibam qual a melhor maneira de lidar com estas transformações sem que tenham grandes prejuízos futuros. Pois tais transformações fazem com que a adolescente viva intensamente sua sexualidade e sem as orientações muitas vezes acabam se manifestando através de práticas sexuais desprotegidas, podendo se tornar um problema devido à falta de informação, de comunicação entre familiares.

Diante de tais problemáticas tão comuns de serem observadas atualmente, determinada professora com um olhar preocupado, buscou voluntariamente encontrar um meio que pudesse abordar estes assuntos de uma maneira correta para essas adolescentes. Onde surgiu a ideia de usar a dança como atrativo para se chegar até essas adolescentes e oferecer a elas as orientações necessárias.

Nasce então no ano de 2001 o Projeto: “Estamos Dançando Para Não Dançar”, o qual utiliza a dança como instrumento para entrar nas casas das jovens carentes, e assim levar educação e orientação sobre sexo, drogas, violência, entre outros temas. Apesar de ter como grande atrativo a dança, esse não é o grande objetivo do projeto, seu objetivo é a inclusão social dessas meninas, mostrando que elas possuem opções para o futuro.

O projeto atualmente conta com cerca de 60 alunos e as aulas são ministradas na EMEB “Guido Dante”, escola que garante seu sucesso, pois por duas vezes tentou-se mudar o mesmo de escola e ambas tentativas foram fracassadas. No decorrer dos 14 anos de projeto, muitas pessoas participaram na intensão de ajudar, porém o projeto permanece solidário e solitário.

O Projeto “Estamos Dançando para não Dançar” é conhecido por toda a cidade e sempre está presente em vários eventos, como formaturas, festas, etc..

Conclusão

A dança quando realizada de forma lúdica, passa ser agente

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