Relatório de Análise de Terreno Observação e Análise dos Aspectos Práticos e Funcionais
Por: Rodrigo.Claudino • 3/6/2018 • 1.590 Palavras (7 Páginas) • 480 Visualizações
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maneiras de transporte devem ser consideradas no projeto a fim de facilitar o acesso e atrair público.
2.2 Serviços / Lazer
O Bairro conta com uma escola municipal e nenhum tipo de serviço de saúde, porém fica próxima ao complexo de fortes de Niterói (uma das principais atrações turísticas do município), e é uma colônia de pescadores, a oferta de peixe fresco acaba atraindo diversos restaurantes e bares para a região, além de ficar próximo a orla de São Francisco e Charitas que possuem a vida noturna mais agitada no município, além de possuir algumas das vistas mais bonitas do município nos topos das muitas pedras espalhadas pelo local acessadas através de trilhas ou por rapel e águas calmas propícias a prática de stand-up paddle.
Segundo levantamento feito pelo FGV Projetos para elaboração de Relatório de Apoio à Revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) do Município de Niterói a pedido da prefeitura de Niterói em treze de agosto de 2015, a região é apontada como um aglomerado subnormal e possui de 80,1% a 100% dos domicílios com agua tratada, coleta de esgoto e coleta de resíduos sólidos, não possui pontos de coleta seletiva (sendo o mais próximo localizado no bairro de Charitas), tem entre 99,2% e 100% de domicílios com serviço de energia elétrica e iluminação pública em todo o bairro. Não é um bairro com muita atividade econômica (que gira principalmente em torno do comércio de pescado) e a renda média (per capita) fica na faixa mais baixa entre 1 e 910 reais.
2.3 Entorno
Do ponto de vista arquitetônico o entorno não tem nada a oferecer de extraordinário, se trata de um bairro residencial com gabarito baixo (2 ou 3 pavimentos) e nenhuma tendência predominante. Um hostel com tendências contemporâneas trará um impacto visual a paisagem, que a curto prazo vai atrair mais público por sua originalidade e a longo prazo poderá atrair mais investimentos semelhantes ao local contribuindo para a melhora de vida na região através da criação de empregos e das práticas sustentáveis utilizadas.
3- Público Alvo
Quando se fala em hostel a imagem que vem em mente é de uma hospedagem desconfortável, apertada, cheia de camas empilhadas umas sobras outras, sem qualquer preocupação com qualidade de serviços ou design do mobiliário, geralmente localizados em casas adaptadas e sem administração formal, além do tarifário muito barato a ponto de não ser chique ou “cool” se hospedar em um, passando a impressão de que só se hospeda nesse tipo de estabelecimento são as pessoas que não tem condições para se hospedar em um hotel mais confortável. Porém esta é uma visão equivocada, a “nova geração de hostels” mudou cada um desses aspectos negativos e hoje se preocupa em garantir não só uma estada confortável, mas uma experiência social única.
O público que mais frequenta este tipo de estabelecimento são os jovens que, tendo ou não viajado ao exterior, conheceu e aprovou o “novo” hostel. Este público busca uma acomodação com preços acessíveis, não necessariamente de baixo custo, em ambiente moderno, confortável e seguro, somado a uma convivência social intensa e prazerosa durante o período de sua viagem.
Além disso, cresce a cada dia o número de brasileiros que desejam viajar sozinhos com interação no próprio hostel. Executivos jovens em viagens de trabalho também são alvos dos Hostels.
4- Legislação
Para elaboração de projeto de Hostel no bairro de Jurujuba uma série de legislações foram consultadas, entre elas podemos destacar as seguintes:
a) Lei 1967/2002 – Pur Praias da Baía.
Define parâmetros para edificação, tais como área edificável, coeficiente de aproveitamento, classificação do empreendimento.
b) Decreto 10912/2011 – Criação da APA Morro do Morcego.
Proíbe empreendimentos que não residenciais, e mesmo os residenciais possuem uma serie de critérios a seguir.
Define gabarito de altura, taxa de ocupação, taxa de impermeabilização, afastamentos.
c) Lei 7661/88 - Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro.
Esta lei impede qualquer construção na região costeira ou encostas e proíbe o fechamento da praia.
d) Lei 25/1937 – Lei do Tombo.
A legislação do tombo impede que seja construída qualquer edificação que venha a obstruir e/ou tirar o foco do patrimônio por ela protegida, mas não especifica uma área protegida. Estando o terreno escolhido a distância considerável do complexo de fortes não há impacto desta Lei sobre o projeto.
e) Lei 3148/2015 – Lei de Hotéis de Niterói
Define parâmetros e classificação do porte do hostel, parâmetros construtivos, impõe restrições sobre o bloqueio de vista para o mar, define afastamentos e critérios de acesso de veículos e hospedes e o impacto causado no transito.
Foram consultadas ainda as NBR’s:
a) NBR 9050 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.
Normas a serem seguidas para tornar o empreendimento acessível a todos.
b) NBR 9077 - Saídas de emergência em edifícios.
Normas visando garantir a saída segura de todos os hóspedes e funcionários em caso de emergências.
c) NBR 15401 – Meios de Hospedagem, Sistema de Gestão da Sustentabilidade.
Conjunto de diretrizes que visam a gestão de maneira sustentável nas três esferas (social, econômica e ambiental).
5- Referências
1- Hotel Vivood, localizado em Virgen Valle de Guadalest, Espanha e assinado pelos arquitetos Daniel Mayo, Agustín Marí e Pablo Vázquez.é uma excelente proposta pois se encaixa perfeitamento em nossa ideia inicial de uma implantação segmentada e elevada parcialmente, obtendo melhor aproveitamento do terreno e fazendo pouco trabalho de terraplanagem para garantir um projeto sustentável, além de melhor integração
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