O Desenvolvimento de Porto Alegre
Por: Juliana2017 • 2/10/2018 • 1.962 Palavras (8 Páginas) • 405 Visualizações
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Outro aspecto importante foi o êxodo rural rumo à Grande Porto Alegre, decorrente do protecionismo supracitado, que favorecia os industriais e causava descontentamento ao proletariado. Acredita-se que esse ocorrido tenha sido “sem dúvida, o mais intenso fluxo de migrantes na atualidade” (COSTA, 1986, p.68), gerando a saída de cerca de 600 mil pessoas do cenário rural, o que agravou a questão das desigualdades entre a parcela rural da população e a urbana.
MOBILIDADE URBANA
Entre 1772 e 1820, PorTo alegre possuía uma larga produção de trigo, vinda dos Açorianos que ocupavam a região. A oportunidade de desenvolvimento urbano e portuário começou com a necessidade de escoar esta produção que, primeiramente, era feita através do único porto de mar do estado. Nesta época o sistema de transportes ainda era muito pobre, tendo poucas estradas para uso geral da população sob um custo altíssimo.
O Cais não era só visto como ponto de distribuição comercial, mas também foi pensado para atender questões de insalubridade da região, ocupação territorial e, também, para simbolizar a “porta de entrada” da cidade, capital do estado do Rio Grande do Sul.
Com a Constituição Castilhista de 1891 a capital pôde se reorganizar como cidade, com investimento em educação e reconhecendo a necessidade de técnicas para desenvolver o espaço urbano e atender a demanda comercial e populacional que se despendia do incentivo ao crescimento. Até então o traçado da cidade era resumido em simples vias sem pavimentação e criadas da necessidade de atravessar um território, sem nenhum estudo técnico de uso espacial. A construção do cais foi acompanhada por várias reformas e formas de “embelezar” a cidade, usando a estética para representar a vontade de crescer como cidade de fluxos.
Com a chegada do pensamento sansimonista foi-se criando a expectativa da vila dos açorianos virar uma cidade de fato, chamando a atenção para questões de intraestrutura e de mobilidade urbana. Eles acreditavam, também, que a coordenação da cidade deveria ser dada aos engenheiros, conhecedores técnicos que poderiam compor a cidade de forma estruturada para atender a demanda do crescimento populacional e econômico. Eles promoveram a discussão em torno do uso territorial da cidade, de construção de linhas para transporte que ligasse todo a nação (E conseguiram criar uma rede em Porto Alegre) e o impasse entre a cidade tradicional e a capital “porta de entrada”.
A partir desta época a cidade se desenvolveu em meio a crises no sistema hidroviário, econômico e político, de forma a incentivar ainda mais o planejamento da malha urbana de acordo com as necessidades e interesses políticos presentes em cada época.
Em 1940 a cidade já tem uma forte marca administrativa, comercial e financeira do Estado, assumindo seu papel de capital em todos os sentidos.
DEMOGRAFIA – PORTO ALEGRE
A cidade de Porto Alegre conta com uma população de 1.409,351 no ano de 2010. Sendo 53,61% mulheres e 46,39% homens, concentrando-se 13,2% da população do Estado do Rio Grande do Sul. A estimativa para a cidade segundo o IBGE para 2015 foi de 1.476.867 ficando em 10° lugar no ranking, tenho o menor crescimento populacional da última década.
Porto Alegre possui uma densidade demográfica de 2.837.52 hab/km² tendo maior concentração no centro e em bairros próximos.
A cidade concentra-se uma população de idosos (com mais de 60 anos) tendo um crescimento de 32% em comparação a última década já a população de jovens (entre 0 a 24 anos) sofreu um decréscimo de 13,68%, sendo assim Porto alegre é considerada a cidade onde se concentra maior número de idosos do Brasil.
Porto alegre é a terceira capital brasileira com a maior expectativa de vida de média 77 anos, havendo uma melhora de 3,62% entre os últimos anos comparados, ocorrendo um aumento de 2,8 anos na última década.
A cidade também se destaca por ter uma grande predominação população branca, tendo em média como composição étnica 82,4% de brancos, 8,7% negros, 7,8% de pardos, 0,5% de índios, 0,2% de amarelos e 0,4% de etnia não declarada. A cidade apresenta também traços de três ancestralidades diferentes, europeia, africana e ameríndia.
Umas das capitais brasileiras que serviram lar para muitos imigrantes alemães e italianos no século 19. Após o terremoto em 2010 no Haiti a cidade gaúcha voltou a receber refugiados, que segundo o (CONARE) Comitê Nacional de Refugiados o número oficial dobrou em 4 anos, de 4.200 em 2011 para 8.200 em 2015.
Ao longo das décadas Porto Alegre apresentou também uma grande mudança no perfil religioso da população, de acordo com o censo de 2010 os católicos apresentavam 64,29% da população que sofreu uma queda de 12% nos últimos anos, e um crescimento de fiéis em outras crenças como Espirita de 6,86%, Evangélica de 11,69% e Sem Religião de 10,69%.
Nas ultimas 5 décadas apresentou-se um grande número significativo no nível reprodutivo das mulheres brasileiras. Nos anos 60, elas tinham em média mais de 6 filhos enquanto em Porto Alegre as mulheres tinham apenas 1 filho em média.
Arquitetura de Porto Alegre
A arquitetura de Porto Alegre, começou a se projetar no inicio dos anos 20, até a metade dos anos 40.
Inspirados pela Segunda Guerra Mundial e pela Revolução de outubro de 1917, alguns arquitetos vanguardistas, ansiavam na construção de um mundo novo calçado na imagem universal da máquina idealizada.
Por volta de 1931, o arquiteto russo Gregory Warchavchik, divulgou suas ideias, onde afirmava que a tradição deveria ser descartada, dando inicio a “arquitetura nova”. Sendo inspirado na arquitetura Europeia, se consolidou assim, em Porto Alegre a nova arquitetura.
Como em outros centros urbanos, abriu-se uma nova forma de beleza na cidade, dando destaque de maneira gloriosa as edificações altas, também chamadas de arranha-céus.
Porto Alegre, porém, passou por algumas modificações em sua arquitetura, destacando-se algumas fases como:
° A arquitetura de cunho modernista, com influências do Rio de Janeiro, Buenos Aires e Montevideu, por volta dos anos 30.
° Expressionismo, caracterizou-se amplamente na arquitetura em soluções em curvas, linhas côncavos-convexas
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